Boteco, Futebol, Ptisco, uma Cervejinha e está pronto um dos cenários mais deliciosos e apaixonantes da nossa Cultura: a Cultura do Boteco. Historicamente, os botecos acabam sendo espaços de discussão sobre diversos temas.
De fato, culturalmente, os botecos são, muitas vezes, locais para debates acalorados, reforçando o papel social que exercem. Seja para falar sobre Política, seja para falar sobre o amor e, especialmente, discussões em torno de uma paixão nacional: o Futebol. Enquanto a bola rola no gramado, as altas emoções rolam coração adentro. Os sustos, os gritos, acompanhados de deliciosos e divinos petiscos.
Assim acontece no boteco Tamo Junto (@tamojuntobotequimofc), localizado no Largo da Saúde, aos pés da Igreja da Saúde-Salvador (BA) dos sócios Doriedson Guimarães e Richard Wagner Cerqueira, que confirmam a deliciosa tradição cultural tão brasileira.
- Eu acho que os botecos da cidade são espaços de grande visibilidade para se discutir diversos temas. O Tamo Junto já foi palco de diversos debates, como a Política. Já fizemos acompanhamento de Eleições, mas, principalmente, o Futebol. O ambiente é totalmente descontraído, as transmissões dos jogos criam um clima de emoção, expectativa e interação intensa para todos que estão ali”, relata Doriedson.
Doriedson ressalta, que o bar viveu e ainda vive grandes momentos de debates e torcidas — seja na política, no futebol ou em outras discussões memoráveis. Um desses momentos foi a participação de Davi no Big Brother, que reuniu no espaço uma torcida apaixonada pelo campeão baiano.
- O bar já foi palco de diversos momentos históricos, né? Além do futebol, a política, finais de novela e entretenimento, como o Big Brother Brasil. No ano passado, quando o baiano Davi começou a ganhar destaque, eles [os clientes] adoraram e vieram assistir. Aqui ficou uma loucura. A gente também já teve momentos desses de eliminatória [no futebol] e na política também", conta.
O sócio-proprietário ressalta a importância de captar a necessidade desse público, oferecendo condições para que os clientes se sintam à vontade e no clima do clássico boteco.
- A gente tem aqui nossas televisões bem instaladas, posicionadas para que o público possa se sentir privilegiado em poder acompanhar seus jogos, cerveja gelada e muita conversa. O local acaba se tornando uma verdadeira arena de debate. Cada lance, cada marcação, que a arbitragem faz, duvidosa ou certa, o desempenho do time acaba gerando análise fervorosa entre os torcedores, né?”, conta.
Não foi à toa que, para estes momentos, Doriedson e Richard Wagner prepararam uma surpresinha para acompanhar esses grandes eventos: o pastel Tome na Costela. Aos adversários e aos amigos, Tome na Costela! Eles, que se preparem para aguentar tanta gostosura, pois a iguaria vai fazer uma festa deliciosa em meio aos grandes debates neste simpático ambiente de grandes memórias.
E não há petisco tão característico em um bar como o pastel, uma iguaria com alta aceitação. Com sabores, que vão das receitas mais simples às mais sofisticadas, ele é praticamente uma unanimidade.
- O pastel tem uma relação forte com o futebol e o boteco, porque é um dos petiscos mais populares nesse ambiente, sendo uma combinação perfeita com a experiência de assistir a uma partida de futebol, por exemplo. Nos botecos, na verdade, ele é uma escolha prática e saborosa, fácil de fazer e de comer enquanto se toma uma bebida gelada e acompanha a transmissão de um jogo favorito”, reforça Doriedson.
À base de carne de Costela, toda desfiadinha, a receita é, de fato, de dar água na boca. É um pastel de costela de boi defumada, que fica por seis horas em defumação no equipamento conhecido como Pitsmoker. A finalização fica por conta da chef Jô Santana, que lida com os ingredientes de forma magistral!
E aqui vale um parêntese para contar uma historinha interessante sobre essa técnica de assar e defumar carne por horas, uma técnica, que evoluiu ao longo dos tempos. A história é citada por Michael Pollan, jornalista e escritor, autor do livro Cooked. Ele descreve como a técnica do sul dos Estados Unidos levou a carne — naquele caso, o churrasco — à fama, transformando a técnica em uma cultura, que conquistou o coração de meio mundo. Os cozinheiros, negros escravizados do sul dos Estados Unidos, cozinhavam a carne em grandes fossos abertos por horas, conferindo maciez e outros benefícios à iguaria. Michael conta o feito de uma forma sedutora, misturando técnica a uma Cultura Gastronômica irresistível.
Guardadas às devidas proporções, a ideia do Pitsmoker tem essa mesma pegada, que lembra a técnica secular no sul dos Estados Unidos, embora o método de espera seja bem menor e apenas lembre o processo. Porém, o fato de ficar seis horas assando e defumando confere à carne maciez e sabor desejado ao recheio saboroso do Tome na Costela. Imperdível!
A iguaria é feita com “a cebola roxa refogada e o creme de gorgonzola. Acompanha o prato, molho pesto de manjericão e o famoso molho lambão para os adeptos da pimenta”, finaliza Doriedson.
O Tome na Costela é uma mistura do nome do boteco com o principal ingrediente do pastel, que nasceu como símbolo dos que amam uma conversa no boteco. Por sinal, o Tamo Junto celebra, nesta segunda-feira (7/4) uma data muito significativa para quem é apaixonado pelo esporte: o Dia Internacional do Esporte para o Desenvolvimento e a Paz.
Uma ótima oportunidade para celebrar a paz com ótimo debate e um pastel de dar água na boca! Tome na Costela!
Vamos conferir a Receita desta iguaria deliciosa!
Tome na Costela-Ingredientes-
Recheio de Costela:
- 350g de Costela Bovina Defumada, Assada e Desfiada
- 100g de cebola roxa picada em cubos
- 50g de margarina
- 100ml de molho de tomate
- 150ml de vinho tinto seco
Creme de Gorgonzola:
- 200g de queijo gorgonzola
- 50g de margarina
- 50g de farinha de trigo
- 100ml de leite
Para empanar e fritar:
- 900ml de óleo
Modo de Preparo
- A Costela: em uma panela, colocar a margarina e deixar derreter. Colocar a cebola roxa e deixar refogar por 3 minutos. Colocar o molho de tomate junto com o vinho tinto seco e deixar cozinhar por 5 minutos. Adicionar a costela já assada e defumada e envolver no molho.
- O molho: refogar a cebola na margarina até dourar. Adicionar a farinha de trigo, misturar bem e ir adicionando o leite aos poucos. Depois de cozido, colocar no liquidificador o molho, o queijo gorgonzola e bater.
Montagem:
- Abra a massa de pastel e coloque uma porção do recheio de costela e, por cima, uma colher do creme de gorgonzola.
- Feche bem a massa, pressionando as bordas com um garfo.
- Aqueça o óleo em temperatura média e frite os pastéis até dourarem.
- Retire e escorra em papel toalha.
- Serve 6 unidades de pastéis.
- Sugestão: servir com molho pesto e molho lambão.
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