Desde agosto, vem sendo conduzido um experimento de restauração ambiental na Fazenda Raposa, localizada em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza. O experimento utiliza uma técnica inovadora de produção de mudas com raízes alongadas, aumentando a taxa de sobrevivência das espécies da Caatinga de 30% para 70% (foto Viviane Mesquita)
A pesquisadora responsável pela atividade, Iali Fernandes, do Laboratório de Ecologia da Restauração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explica que a técnica consiste na utilização de canos de PVC como vasos para que as raízes das mudas cresçam antes do plantio.
- Após um período em estufa, as raízes das mudas atingem um metro de extensão, facilitando sua adaptação ao ambiente de plantio e aumentando as chances de sobrevivência na semiaridez da Caatinga”, enfatiza a profissional Iali Fernandes.
O experimento é realizado em parceria com a Associação Caatinga e foi desenvolvido pela professora Gislene Ganade, mentora de Iali.
O experimento é realizado em parceria com a Associação Caatinga e foi desenvolvido pela professora Gislene Ganade, mentora de Iali.
- Esse método inovador foi reconhecido pela ONU e recebeu o prêmio Dryland Champions pela sua contribuição no combate à desertificação”, destaca Iali Fernandes.
O projeto prevê a implementação de até 40 parcelas experimentais, nas quais serão testados quatro tipos de manejo: aplicação de água, remoção de herbáceas, uma combinação de ambos, e a ausência de tratamentos. O objetivo é avaliar o impacto dessas condições na sobrevivência e crescimento das plantas nativas da Caatinga, além de entender o papel das herbáceas nesse processo.
Além disso, as mudas estão sendo plantadas durante o período de estiagem na Caatinga. A ideia é avaliar a capacidade de sobrevivência dessas plantas em condições adversas. Segundo Marília Nascimento, coordenadora de programas socioambientais da Associação Caatinga, o experimento pode representar uma mudança significativa nas práticas de recuperação ambiental.
O projeto prevê a implementação de até 40 parcelas experimentais, nas quais serão testados quatro tipos de manejo: aplicação de água, remoção de herbáceas, uma combinação de ambos, e a ausência de tratamentos. O objetivo é avaliar o impacto dessas condições na sobrevivência e crescimento das plantas nativas da Caatinga, além de entender o papel das herbáceas nesse processo.
Além disso, as mudas estão sendo plantadas durante o período de estiagem na Caatinga. A ideia é avaliar a capacidade de sobrevivência dessas plantas em condições adversas. Segundo Marília Nascimento, coordenadora de programas socioambientais da Associação Caatinga, o experimento pode representar uma mudança significativa nas práticas de recuperação ambiental.
- As pessoas preferem plantar na Caatinga durante o período chuvoso, pois a chuva favorece o desenvolvimento das mudas. Mas, se esse experimento for bem-sucedido na seca, será um grande avanço para a restauração da Caatinga", destaca.
A Associação Caatinga, além desse experimento, realiza diversos outros projetos de conservação e restauração na Fazenda Raposa, onde já foram plantadas mais de 31.550 mudas.
A Associação Caatinga, além desse experimento, realiza diversos outros projetos de conservação e restauração na Fazenda Raposa, onde já foram plantadas mais de 31.550 mudas.
- Essa pesquisa não apenas visa proteger ainda mais a Fazenda Raposa, mas também avançar nas tecnologias de restauração do bioma Caatinga, contribuindo para a preservação desse ecossistema único”, finaliza Marília Nascimento.
Sobre a Associação Caatinga: A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é conservar a Caatinga, difundir suas riquezas e inspirar as pessoas a cuidar da natureza. Desde 1998, atua na proteção da Caatinga e no fomento ao desenvolvimento local sustentável, incrementando a resiliência de comunidades rurais à semiaridez e aos efeitos do aquecimento global.
Sobre a Associação Caatinga: A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja missão é conservar a Caatinga, difundir suas riquezas e inspirar as pessoas a cuidar da natureza. Desde 1998, atua na proteção da Caatinga e no fomento ao desenvolvimento local sustentável, incrementando a resiliência de comunidades rurais à semiaridez e aos efeitos do aquecimento global.
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