- É muito prazeroso a gente ver que a pessoa com deficiência consegue, sim, ultrapassar os seus limites e alcançar o que almeja e quer. Elas só precisam de oportunidade".
A frase é da presidente da Associação Fortaleza Down, Shirley Chaves, após acompanhar a rotina de ensaios do Projeto Arte de Incluir, que há cinco meses vem reunindo cerca de 50 pessoas com Síndrome de Down em aulas de teatro e dança, desenvolvendo nelas habilidades artísticas, cognitivas e, principalmente, de sociabilidade.
A culminância do Projeto poderá ser vista nesta quarta-feira (20) e quinta-feira (21 de dezembro de 2023), num palco profissional, onde apresentarão, em uma sessão em dois atos, os espetáculos "Cidade da Harmonia-Um Musical Inclusivo" e "Simples Assim, mas faz uma diferença danada", protagonizados por crianças, jovens e adultos com a Trissomia do Cromossomo 21. Ambos têm em seus enredos narrativas sobre amizade, inclusão e superação, buscando sensibilizar o público para a desconstrução do preconceito e a compreensão sobre as potencialidades das pessoas com Down.
Na reta final antes da estreia, a rotina desses novos artistas se divide entre ensaios, prova de figurino, gravação de textos, tudo sob a orientação de arte-educadores e de uma equipe multidisciplinar que acompanha cada passo do processo. A direção artística é do premiado coreógrafo Cid Neto. A direção cênica da turma de adultos é da atriz Andréa Piol. As arte-educadoras Luiza Torres e Carol Benjamim dirigem as turmas infantojuvenis.
- Em Cidade da Harmonia - Um Musical Inclusivo, o público vai conhecer a menina Flor, única habitante da cidade de Harmonia a não ter a Síndrome de Down. Com medo de que Flor seja excluída pelos amigos por ser diferente, seus pais a escondem em casa, a impedindo de realizar seu sonho de ser uma artista. Mas Flor vai contar com uma ajuda especial para se sentir incluída e realizar seu desejo.
- Já em Simples Assim, mas faz uma diferença danada, crianças e adolescentes do Projeto darão vida a uma fábula sobre amizade e inclusão por meio de pequenas esquetes.
- Desejamos que a partir desse espetáculo o público saia do teatro com uma nova ideia sobre o que sentem e podem as pessoas com Down, e se tornem também multiplicadores da inclusão", convida Shirley Chaves.
Sobre o Arte de Incluir: O Arte de Incluir é uma iniciativa da Organização Não Governamental (ONG) Associação Fortaleza Down, com apoio da Casa Sensi e do Espaço de Arte Rossana Pucci, e patrocínio da empresa Eneva S.A, através de recursos da Lei Rouanet.
O Projeto está em sua segunda edição e os participantes foram escolhidos mediante inscrição prévia. Uma equipe multidisciplinar acompanha as atividades com práticas inclusivas, tanto de caráter prático como teórico, com o intuito de desenvolver o talento e as habilidades artísticas dos integrantes.
Sobre a Associação Fortaleza Down: A Associação Fortaleza Down coordena ações voltadas à defesa e garantia de direitos das pessoas com Trissomia do Cromossomo 21 por meio de iniciativas que promovam sua inserção na sociedade e no mercado de trabalho sem a barreira do preconceito. A Associação também combate a desinformação sobre o tema, ajudando a prevenir ilegalidades e abusos, além de prestar apoio aos familiares de pessoas com Síndrome de Down. Entre as atividades realizadas pela associação estão iniciativas no âmbito da arte, da cultura, do esporte e do lazer. Atualmente a Associação é composta por mais de 500 famílias de pessoas com T21.
Serviço
- "Cidade da Harmonia - Um Musical Inclusivo" + "Simples assim - Mas faz uma diferença danada"
- Quarta-feira (20) e quinta-feira (21 de dezembro de 2023), com sessões às 16 horas (gratuita) e 20 horas
- Teatro Brasil Tropical (Avenida da Abolição, 2323 - Meireles)
- Ingressos: R$ 30,00 (meia), adquiridos pela Plataforma Sympla.
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