Um dos maiores nomes dos Recursos Hídricos do Mundo, engenheiro Manfredo Cássio de Aguiar Borges, morreu, na tarde desta quinta-feira (20 de julho de 2023), aos 89 anos, de causas naturais. Diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), doutor Cássio Borges escreveu livros sobre os Recursos Hídricos, principalmente sobre o Açude Castanhão.
Durante sua trajetória profissional, doutor Cássio desempenhou papel significativo na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde contribuiu para estudos essenciais para o desenvolvimento da Região Nordeste.
Pela relevância dos serviços prestados ao Estado e por sua paixão pelos livros, Cássio Borges, em celebração aos seus 80 anos de vida, foi condecorado como cidadão fortalezense em novembro de 2013, título concedido pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).
Coração Tricolor: Além de sua atuação profissional, Cássio era conhecido por seu amor pelo futebol, especialmente pelo Fortaleza Esporte Clube, onde é, até hoje e eternamente, figura importante na história do Fortaleza.
A paixão pelo Fortaleza, se perpetuou por toda sua família, conforme lembra Marcos André Borges, filho do engenheiro.
- Neste momento de dor e saudade, estou buscando manter em foco os momentos felizes e todo o legado que meu pai deixou. Ele foi um dos homens mais marcantes que já conheci e vai sempre estar na minha memória. Penso que nunca mais assistirei um jogo do nosso tricolor sem lembrar daquela figura em polvorosa torcida ao lado da família”, descreve o jornalista e CEO da VSM Comunicação.
Graduado em 1960 pela Escola Politécnica de Pernambuco, em Engenharia. Em 1962, especializou-se em Recursos Hídricos pela Escola Nacional de Engenharia do Rio de Janeiro e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)do Rio de Janeiro, em 1965.
Na solenidade de comemoração aos 110 anos do Dnocs, no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), em 2019, Cássio Borges foi homenageado, como um dos mais respeitados especialistas na área de recursos hídricos do Estado do Ceará. Cássio Borges é um dos autores do livro intitulado “Dnocs: Desenvolvimento e Gestão dos Recursos Hídricos no Semiárido Nordestino', que foi será lançado na ocasião.
Cássio Borges, ressaltou o conhecimento acumulado pelo órgão ao longo de mais de um século de atuação e enfatizou que o Dnocs é o único com capacidade técnica para gerir a obra de Transposição do Rio São Francisco.
- Recebi honroso convite da Assembleia Legislativa do Estado Ceará para participar das comemorações dos 110 anos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Por ocasião desta solenidade constou uma homenagem que foi prestada a mim, um dos seis autores do livro intitulado “Dnocs: Desenvolvimento e Gestão dos Recursos Hídricos do Semiárido Nordestino' que foi lançado na ocasião. O requerimento foi solicitado pela presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, deputada Fernanda Pessoa. Este é o segundo livro da minha lavra, com a participação de mais cinco conceituados técnicos cearenses, publicado no decorrer do corrente ano de 2019. O primeiro, intitulado 'Sugestões para o Fortalecimento das Instituições de Desenvolvimento do Nordeste do Brasil' foi concluído e entregue ao ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ainda em forma de e-mail, em fevereiro último. Este livro somente foi publicado em maio", destacou Cássio Borges.
VSM Comunicação: Um homem muito à frente de seu tempo. De um tempo que insistiu em passar tão depressa, como as águas, livres, que insistem em correr para o mar. As mesmas águas que encantaram e ajudaram a traçar a tão límpida passagem deste homem por aqui. Dono de um agigantado coração tricolor, este mesmo homem contou histórias, fez história e ajudou a escrever a história do Estado por meio do conhecimento, do saber, por entender tão bem das águas como entendia da vida. A vida… ah, essa vida que nos inunda com tantas lições e que constrói legados infindáveis. Como o deste homem. Viva Cássio Borges, viva o tempo, viva as águas, viva o coração tricolor, viva o conhecimento. Viva o seu sempre tão vivo legado, erguendo represas celestiais a partir de agora, ao lado de tantos amigos e companheiros de jornada. A VSM, enlutada, agradece ao grande mestre Cássio Borges, pai do nosso CEO @marcosandre.borges , por fomentar, dentre tantas coisas, a relevância da comunicação como um agente transformador na sociedade e, consequentemente, incentivar a fundação da mais antiga agência de comunicação do Estado. Ao senhor, Doutor Cássio, fica o nosso eterno agradecimento. Seu legado perdurará para sempre".
Cássio Borges: Não pode haver maior demonstração do total desconhecimento das características hidroclimáticas do Nordeste brasileiro do que a declaração da secretária do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo Alves, na 21ª Reunião Ordinária da Associação Nordeste Forte, realizada na Federação das Indústrias do Estado do Ceará, no último dia 2, sem que tenha citado uma única vez o nome do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Questionada por um dos presentes na plateia, disse que o Dnocs “fazia o que está fazendo, hoje, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Ela foi explicita ao dizer que a Codevasf, empresa a qual ela pertence, faz em nossa região o mesmo que o Dnocs faz. Por essa descabida declaração, eu diria, inicialmente, à referida secretária que o Dnocs atua na região semiárida do Nordeste brasileiro em rios temporários, isto é, em rios intermitentes, enquanto a Codevasf atua em rios perenes, no caso os Rios São Francisco e Parnaíba.
Portanto, o Dnocs tem expertise de 109 anos num região problemática, densamente povoada, que requer água acumulada em açudes e gerenciamento eficaz dos recursos hídricos acumulados através de uma gestão eficiente. A Codevasf não precisa “fazer a água” porque onde ela atua já tem água em abundância. O Dnocs, ao contrário, tem que “fabricar água” e, como tenho dito, ele é o maior ”fabricante de água do mundo em regiões semiáridas”. Assim sendo, a Codevasf não precisa construir açudes de acumulação d`água – e nem tem expertise para isso. Já o Dnocs, construiu, em nossa região, 331 grandes e médios açudes públicos, e 622, com acumulação máxima de 10 milhões de metros cúbicos de água, em regime de cooperação com estados, municípios e particulares, acumulando, no total, 26,9 bilhões de metros cúbicos de água. Graças à construção desses açudes, o Dnocs perenizou cerca de 3.000 quilômetros de rios intermitentes que superam a extensão do Rio Danúbio (constituindo fronteira natural de dez nações europeias) e do Rio São Francisco, com 2.650 quilômetros. Portanto, como conhecedor da problemática hídrica nordestina, com capilaridade administrativa em todas a região, é o Dnocs o órgão mais capacitado a assumir qualquer modelo de gerenciamento de águas dirigido às peculiaridades do Nordeste. A propósito, faço aqui uma provocação aos que defendem a Codevasf para gerenciar o Projeto de Integração do Rio São Francisco-PISF: “Citem-me uma só razão que possa indicar ser aquela empresa a mais indicada instituição para gerenciar aquele importante empreendimento. Dirijo-me especialmente aos especialistas da área do Ceará, estado onde há maior número de pessoas interessadas e trabalhando, diuturnamente, para a extinção do Dnocs. Faço, ainda, outra pergunta: “Citem-me um só beneficio feito pela Codevasf ao Ceará, por exemplo, justamente o estado que mais se opõe ao Dnocs (acho que só ele) trabalha pela sua extinção. Cássio Borges é engenheiro civil, formado pela Escola Politécnica de Pernambuco, com especialização em Recursos Hídricos, pela Escola Nacional de Engenharia e Barragens, pela Escola Politécnica da Universidade Católica do Rio de Janeiro".
O Velório de Cássio Borges será na Funerária Ternura (Rua Padre Valdevino 22,55 esquina com Rua Tibúrcio Cavalcante-Aldeota) nesta sexta-feira (21), às 8 da manhã. A Missa de Corpo presente será às dez da manhã. O Sepultamento acontecerá no Parque da Paz (Avenida Presidente Juscelino Kubstschek, 4454-Passaré), no final da manhã desta sexta-feira.
Fortalezense: Nascido em 6 de setembro de 1933, em Sobral, Cássio Borges graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Católica de Pernambuco, em 1960. Sua carreira foi marcada por contribuições valiosas, tendo ingressado no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) em 1958, onde por décadas participou ativamente de projetos relevantes na área hidrológica e de planejamento, sendo alçado a diretor geral da entidade.
Durante sua trajetória profissional, doutor Cássio desempenhou papel significativo na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), onde contribuiu para estudos essenciais para o desenvolvimento da Região Nordeste.
Pela relevância dos serviços prestados ao Estado e por sua paixão pelos livros, Cássio Borges, em celebração aos seus 80 anos de vida, foi condecorado como cidadão fortalezense em novembro de 2013, título concedido pela Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).
Coração Tricolor: Além de sua atuação profissional, Cássio era conhecido por seu amor pelo futebol, especialmente pelo Fortaleza Esporte Clube, onde é, até hoje e eternamente, figura importante na história do Fortaleza.
A paixão pelo Fortaleza, se perpetuou por toda sua família, conforme lembra Marcos André Borges, filho do engenheiro.
- Neste momento de dor e saudade, estou buscando manter em foco os momentos felizes e todo o legado que meu pai deixou. Ele foi um dos homens mais marcantes que já conheci e vai sempre estar na minha memória. Penso que nunca mais assistirei um jogo do nosso tricolor sem lembrar daquela figura em polvorosa torcida ao lado da família”, descreve o jornalista e CEO da VSM Comunicação.
Na solenidade de comemoração aos 110 anos do Dnocs, no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), em 2019, Cássio Borges foi homenageado, como um dos mais respeitados especialistas na área de recursos hídricos do Estado do Ceará. Cássio Borges é um dos autores do livro intitulado “Dnocs: Desenvolvimento e Gestão dos Recursos Hídricos no Semiárido Nordestino', que foi será lançado na ocasião.
Cássio Borges, ressaltou o conhecimento acumulado pelo órgão ao longo de mais de um século de atuação e enfatizou que o Dnocs é o único com capacidade técnica para gerir a obra de Transposição do Rio São Francisco.
- Recebi honroso convite da Assembleia Legislativa do Estado Ceará para participar das comemorações dos 110 anos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Por ocasião desta solenidade constou uma homenagem que foi prestada a mim, um dos seis autores do livro intitulado “Dnocs: Desenvolvimento e Gestão dos Recursos Hídricos do Semiárido Nordestino' que foi lançado na ocasião. O requerimento foi solicitado pela presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, deputada Fernanda Pessoa. Este é o segundo livro da minha lavra, com a participação de mais cinco conceituados técnicos cearenses, publicado no decorrer do corrente ano de 2019. O primeiro, intitulado 'Sugestões para o Fortalecimento das Instituições de Desenvolvimento do Nordeste do Brasil' foi concluído e entregue ao ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, ainda em forma de e-mail, em fevereiro último. Este livro somente foi publicado em maio", destacou Cássio Borges.
Cássio Borges: Não pode haver maior demonstração do total desconhecimento das características hidroclimáticas do Nordeste brasileiro do que a declaração da secretária do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo Alves, na 21ª Reunião Ordinária da Associação Nordeste Forte, realizada na Federação das Indústrias do Estado do Ceará, no último dia 2, sem que tenha citado uma única vez o nome do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Questionada por um dos presentes na plateia, disse que o Dnocs “fazia o que está fazendo, hoje, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Ela foi explicita ao dizer que a Codevasf, empresa a qual ela pertence, faz em nossa região o mesmo que o Dnocs faz. Por essa descabida declaração, eu diria, inicialmente, à referida secretária que o Dnocs atua na região semiárida do Nordeste brasileiro em rios temporários, isto é, em rios intermitentes, enquanto a Codevasf atua em rios perenes, no caso os Rios São Francisco e Parnaíba.
Portanto, o Dnocs tem expertise de 109 anos num região problemática, densamente povoada, que requer água acumulada em açudes e gerenciamento eficaz dos recursos hídricos acumulados através de uma gestão eficiente. A Codevasf não precisa “fazer a água” porque onde ela atua já tem água em abundância. O Dnocs, ao contrário, tem que “fabricar água” e, como tenho dito, ele é o maior ”fabricante de água do mundo em regiões semiáridas”. Assim sendo, a Codevasf não precisa construir açudes de acumulação d`água – e nem tem expertise para isso. Já o Dnocs, construiu, em nossa região, 331 grandes e médios açudes públicos, e 622, com acumulação máxima de 10 milhões de metros cúbicos de água, em regime de cooperação com estados, municípios e particulares, acumulando, no total, 26,9 bilhões de metros cúbicos de água. Graças à construção desses açudes, o Dnocs perenizou cerca de 3.000 quilômetros de rios intermitentes que superam a extensão do Rio Danúbio (constituindo fronteira natural de dez nações europeias) e do Rio São Francisco, com 2.650 quilômetros. Portanto, como conhecedor da problemática hídrica nordestina, com capilaridade administrativa em todas a região, é o Dnocs o órgão mais capacitado a assumir qualquer modelo de gerenciamento de águas dirigido às peculiaridades do Nordeste. A propósito, faço aqui uma provocação aos que defendem a Codevasf para gerenciar o Projeto de Integração do Rio São Francisco-PISF: “Citem-me uma só razão que possa indicar ser aquela empresa a mais indicada instituição para gerenciar aquele importante empreendimento. Dirijo-me especialmente aos especialistas da área do Ceará, estado onde há maior número de pessoas interessadas e trabalhando, diuturnamente, para a extinção do Dnocs. Faço, ainda, outra pergunta: “Citem-me um só beneficio feito pela Codevasf ao Ceará, por exemplo, justamente o estado que mais se opõe ao Dnocs (acho que só ele) trabalha pela sua extinção. Cássio Borges é engenheiro civil, formado pela Escola Politécnica de Pernambuco, com especialização em Recursos Hídricos, pela Escola Nacional de Engenharia e Barragens, pela Escola Politécnica da Universidade Católica do Rio de Janeiro".
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