Dados registrados no Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, mostram que o Brasil teve média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os números são alarmantes e mostram que a falta de atendimento na saúde da mulher, bem como a carência de recursos e a ausência de políticas para o público feminino têm favorecido os índices galopantes.
O alerta é feito pela advogada e candidata a deputada federal pelo União Brasil (UB), Patrícia Marxs.
- Os números elevamos mostram que o sistema de saúde apresenta fragilidades. O cuidado começa com a atenção primária, com o pré-natal, observando a situação da gestação ou se a futura mamãe apresenta algum tipo de complicação", explica.
Ela ressalta que há carência estrutural para atender gestantes e puérperas, especialmente na parte que envolve leitos de Terapia Intensiva.
- Quando uma mulher morre, toda a estrutura da família desmorona. Isso se deve ao fato de ela ser a figura fundamental na organização não somente da mesma, mas também da comunidade como um todo", argumenta Patrícia Marxs.
Violência Obstétrica - Outro ponto que contribui ativamente para a elevação na mortalidade das gestantes é a chamada violência obstétrica. Ela se caracteriza por abusos sofridos por mulheres quando procuram serviços de saúde antes ou durante o parto, no pré-natal ou durante a gravidez. Os maus tratos podem ocorrer como violência física ou psicológica, gerando vários traumas.
- Essa designação não se refere apenas ao trabalho dos profissionais de saúde, mas também às falhas estruturais de clínicas e hospitais públicos ou particulares", aponta a candidata a deputada federal.
No rol da violência entram humilhações verbais, negar tratamento durante o parto, desconsiderar as necessidades da mulher, intervenções médicas forçadas, desumanização e tratamento rude estão entre as mais "comuns".
Há ainda discriminação, seja ela baseada em raça, origem étnica ou econômica, além de pura e simples negligência.
Para proceder com uma denúncia em caso de violência obstétrica, a mulher deve fazê-la no hospital ou serviço de saúde em que foi atendida. Também pode buscar a secretaria de saúde do município, Estado ou distrito e nos Conselhos de classe de Medicina (CRM) para médicos e o Coren para enfermeiros ou técnicos de enfermagem.
- Em caso de dúvidas, procurar um advogado particular ou a Defensoria Pública para dar início ao processo judicial", finaliza.
Comentários
Postar um comentário