Rosa Maria Ferreira da Fonsêca, nasceu em Quixadá, em 24 de abril de 1949; e morreu em Fortaleza, em 1 de junho de 2022.
Lauriberto Braga - Rosa da Fonsêca, a quem entrevistei muitas vezes sempre na luta dos Direitos Sociais da Educação, Saúde e Educação. Fica a obra dela como professora, vereadora e militante da causa social.
Prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT) - Recebi com pesar a notícia de falecimento da Rosa da Fonsêca. Dividimos bancada na Câmara Municipal quando fomos vereadores, e acompanhei a trajetória dessa mulher de luta, militante firme, que confrontou a ditadura militar e escreveu uma história de resistência e defesa de seus ideais. Dedico meus sentimentos a familiares e amigos.
Governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT) - Recebi com muito pesar a notícia da morte da professora e ex-vereadora Rosa da Fonsêca. Mulher de luta, foi representante de movimentos sindicais e sempre guiou sua atuação pela igualdade dos direitos aos mais necessitados. Além disso, desafiou a Ditadura Militar com muita bravura. Meus sentimentos a todos os familiares, amigos e admiradores de Rosa da Fonsêca".
Presidenciável Ciro Gomes - Recebo a triste noticia de que faleceu Rosa da Fonsêca. A nenhum cearense que tenha vivido dos anos 1960 até aqui é justo que não lamente esta grande perda para toda a nossa comunidade. Rosa foi a mais disciplinada, aguerrida e destemida militante da causa do povo, especialmente dos pobres, com quem já convivi. Valente, nunca mediu distância na luta para defender os Direitos Humanos, as liberdades , a Democracia verdadeira. Fica muito mais pobre nosso Ceará com esta morte. Meus sentimentos à família, aos amigos e todos os que tivemos o privilegio de com Ela conviver".

Érico Firmo - O jornalista Érico Firmo escreveu o livro 'Rosa da Fonsêca', pela Edições Demócrito Rocha. Ex-vereadora da cidade de Fortaleza, Rosa da Fonsêca teve importante participação na luta estudantil nos anos de ditadura militar no Brasil. Foi presa política e vítima de tortura antes de fundar, em 1973, o Grupo Crítica Radical. Ao lado de Jorge Paiva, Célia Zanetti, Maria Luiza Fontenele e outros militantes, Rosa contribuiu para a ação e reorganização dos movimentos sociais nos últimos trinta anos de História Política no Brasil". escreveu Érico Firmo no livro 'Rosa da Fonsêca'.
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará-Sindjorce - Com profunda tristeza, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) comunica o falecimento de Rosa da Fonsêca, militante histórica dos Movimentos Populares e Sindicais. Rosa foi professora, vereadora de Fortaleza e presidenta da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT-CE) e do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute). Em todo uma história de lutas, ela nos deixou nesta quarta-feira (1 de junho), vítima de um Câncer de Ovário. Ao fim de sua jornada na longa estrada da vida, a professora deixa importantes lições: sempre é tempo de lutar! “A Rosa é a Rosa. O resto não é flor que se cheire! Rosa da Fonsêca, presente!” Saudades eternas de todos nós fazemos a luta sindical dos jornalistas!
- Jornalista Eliézer Rodrigues - Convivi com a Rosa da Fonsêca mais amiúde lá nos anos de 1980. Ela, exímia manifestante na política e nas questões sociais, eu chefe de reportagem do jornal O Povo. Eu entendia e divulgava nas páginas do O Povo, as propostas e os ideais que ela defendia. Isso, em plena mudança de regime de governos, no Brasil. A democracia estava renascendo. A minha amiga, morreu, hoje. Fica a saudade e um imenso vazio nas lutas sociais".
- Presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames Nacional e Regional do Ceará), Raimundo José Arruda Bastos-Foi com muito pesar que recebemos a notícia da morte da irmã do nosso diretor, Manuel Fonsêca: a professora, ex-vereadora e mulher de luta, Rosa da Fonsêca. Rosa sempre guiou sua atuação pela igualdade e equidade de direitos e pela defesa dos mais necessitados e vulneráveis. Além disso, desafiou a Ditadura Militar com muita bravura. Nossos sentimentos ao querido confrade escritor Manoel Fonsêca e a todos os familiares, amigos e admiradores da agora saudosa professora Rosa da Fonsêca. A Sociedade Brasileira de Médicos Escritores Regional do Ceará-Sobrames sente-se enlutada fazendo aqui constar sua NOTA DE PESAR. Que o Criador em seu Reino de Bem-aventurança possa recebê-la e confortar o coração dos colegas, amigos e familiares".
- Jornalista Nonato Albuquerque - Um dos mais expressivos nomes da vida desta cidade, com atuação nas áreas da Educação, da Política e das lutas sociais, Rosa da Fonsêca, deixou o corpo físico nesta 4a feira, e um luminoso rastro como exemplo aos descendentes do Ceará e do Brasil, a coragem de ser, sem nunca compactuar com as forças conservadoras desta Nação. A sua passagem nos deixa tristes mas confiantes de que o legado histórico dessa mulher saberá honrar a sua trajetória terrena".
- Deputado estadual Tin Gomes (PDT) - Recebi com muito pesar a notícia da morte da Rosa da Fonsêca, ex-vereadora de Fortaleza e fundadora do movimento Crítica Radical. A Rosa tem trabalhos relevantes prestados para nossa sociedade, uma mulher de força, de luta, uma pessoa que merece todo nosso reconhecimento por muito que já fez. Minhas condolências à todos os familiares e parentes. Que Deus a receba no descanso eterno".
- Professora Ana Cristina Guilherme - É com muita tristeza que recebemos agora a notícia do falecimento da Companheira Rosa da Fonsêca. Nossa solidariedade a dor da família, da militância, e de amigos., estamos aguardando as informações sobre velório. Rosa da Fonsêca presente!
- De Assis Diniz - A morte da Rosa Maria da Fonsêca, uma grande companheira, uma amiga que tive o privilégio de compartilhar, pelas ruas, nas lutas, nas praças, no enfrentamento cotidiano na militância política na construção de um novo mundo. Rosa é uma das maiores e mais importantes militantes políticas da esquerda do Ceará e do Brasil. Uma companheira destemida que orgulhava e trazia brilho, força e coragem sem ter medo do enfrentamento. Rosa da Fonsêca que a conheci na sua bravura destemida e muito corajosa; esta é sem sombra de dúvidas uma energia pulsante para a a esquerda no Brasil. Descanse em paz".
- Eudes Bayma - Soube agora do falecimento da companheira Rosa da Fonsêca. Conhecia Rosa há 40 anos. Ela era de uma geração de militantes anterior à minha. Fui membro da 1ª direção, ainda Provisória, da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Ceará), ao lado dela. Depois, rompidos com o PCdoB, ela e seu grupo, então chamado PRC, ingressaram no PT para conseguir legenda para a candidatura de Maria Luiza à Prefeitura. Depois de formar entre os que de opuseram a este tipo de ingresso no PT, trabalhamos juntos para eleger Maria. Na breve passagem de seu grupo pelo PT, tivemos novas divergências e oposições. É próprio desta vida que optamos por levar. Rosa, no pós-PT, teve um mandato de vereadora pelo PSB, quando, se não me engano, foi a vereadora mais votada naquela eleição. Nossa Corrente, O Trabalho, esteve muito próxima ao Grupo de Rosa na construção do Sindiute, do qual foi talvez a principal dirigente. Convergimos e divergimos bastante no Sindiute, até que ela e sua corrente passaram a se opor ao sindicato que passaram a identificar como elemento legitimador do Capital. Tivemos portanto convergências bastante importantes e igualmente enormes diferenças, sobretudo na última quadra de sua atividade Política, quando passou a se opor ao movimento operário tal como se instituiu, em nome de uma espécie de humanismo radical. Rosa foi, sempre ao seu modo, uma inimiga do capital que não se vergou até os últimos dias de sua vida. Era uma das nossas. Rosa da Fonsêca, presente".
- Ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) - Perdemos uma mulher de luta. A história de vida de Rosa da Fonsêca tem como sinônimo um permanente compromisso com a defesa do seu povo. Uma mulher de fibra que desafiou regimes ditatoriais e que soube, como poucos, fazer da luta política um sacerdócio de muita fé para a organização de mulheres e de homens que sempre acreditaram e buscaram a Fraternidade e a Justiça!
- Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), vereador Antônio Henrique (PDT) - Tive a triste notícia do falecimento da ex-vereadora Rosa da Fonsêca, que é um símbolo da luta pelos direitos das pessoas mais vulneráveis do nosso Estado. Ao longo de toda a sua trajetória, a política sempre esteve presente como uma missão, dentro ou fora de estruturas partidárias. Foi presa política, enfrentou a ditadura e sonhou com um mundo mais igualitário para todos. Rosa deixou importantes marcas em Fortaleza".
- Vereador Guilherme Sampaio (PT) - Este primeiro de junho fez a sua passagem, aos 73 anos, sem nunca arredar o pé da luta, a guerreira Rosa da Fonsêca, ex-vereadora de Fortaleza e uma das fundadoras do Grupo Crítica Radical. Incansável na busca por uma alternativa ao Capitalismo, Rosa carrega em sua história a garra e luta pelo fortalecimento da esquerda no Ceará e no Brasil, tendo sofrido os horrores da ditadura na época do AI-5, quando foi presa no Governo Médici. Teve um papel fundamental durante o governo da ex-prefeita de Fortaleza pelo Partido dos Trabalhadores, Maria Luiza Fontenele, e coordenou o movimento Fora Collor na capital. Como militante política teve forte passagem pelos partidos do PT, PCdoB, PSTU. E, embora tenha rompido com todos, Rosa sempre foi e será inspiração para aqueles que fazem militância estudantil, política e lutam por uma nova alternativa possível de melhoria de vida para o povo. A vida de Rosa se confunde com a luta dos povos oprimidos e pela construção de criticas contundentes ao capitalismo, razão pela qual lutava veemente por sua superação. Paz e luz! Rosa da Fonsêca, Presente!
- Vereadora Larissa Gaspar (PT) - Rosa é a Rosa. Com profundo pesar fomos tomadas pela triste notícia da partida da querida guerreira e amiga de lutas Rosa da Fonsêca! Uma mulher combativa, que sempre lutou pela democracia, pelas liberdades individuais e coletivas e pela sociedade do bem viver! Há poucos dias estivemos comemorando seu aniversário na ADUFC, infelizmente sem sua presença, pois a companheira estava em mais uma batalha contra o Câncer. Na Câmara Municipal de Fortaleza estamos com um título de cidadã de Fortaleza tramitando para homenagear essa grande mulher. Fortaleza fará essa homenagem sem a sua presença física, por uma questão de reconhecimento e gratidão a sua vida de luta dedicada aos cidadãos e cidadãs da nossa cidade. Tenho certeza que seu espírito combativo continuará a acompanhar todos os corações e mentes que lutam por uma sociedade igualitária! Aos familiares e amigos(as) toda nossa solidariedade! Rosa Presente!
- Ex-vereador Deodato Ramalho (PT) - Recebo com imensa tristeza e dor a notícia do falecimento da extraordinária revolucionário Rosa Fonsêca, exemplo de dignidade pessoal e coerência política em toda a sua vida. Mesmo diante de todas as adversidades da vida, que lhe impôs grandes sacrifícios, inclusive tortura dos meganha da ditadura militar, nunca se vergou, nunca se submeteu, nunca abriu mão do seu sonho e de sua luta pela “emancipação humana”. Sempre com seu sorriso largo e alegria contagiante ficará sempre na memória histórica do nosso país. Posso dizer, com incontido orgulho, que tive a honra de ser seu amigo. Hasta siempre querida Rosa!!!
- Deputado estadual Acrísio Sena (PT) - Muito triste com a passagem da companheira Rosa da Fonsêca, com a qual militei lado a lado diversas vezes. Ela era uma referência de luta no meio popular e sindical. Seu exemplo e seu legado de busca incessante de melhores condições de vida para a classe trabalhadora será lembrado para sempre, como as rosas que teimam em nascer qualquer que seja o jardim!
- Rosa da Fonsêca: a Rosa que fala e luta, de Aurísio Cajazeira Gomes - O sambista do morro carioca Cartola, certa vez, em uma de suas famosas composições, escreveu que “as rosas não falam”. Com a devida vênia ao saudoso compositor, apresento nesta obra uma Rosa brotada do árido chão do sertão central cearense, especificamente, em Quixadá. Uma região banhada pelo açude Cedro e cercada dos monólitos que enfeitam a dura realidade da vida sertaneja. De agora em diante, vai ser preciso contar muitos causos reais, para se entender o passado, o presente e futuro dessa mulher rosa, cearense, nordestina, a Rosa que fala e luta, sem trégua. O filme “a morte comanda o cangaço”, rodado em Quixadá, no final da década de 1960, prova o quanto a realidade sertaneja é fruto de uma vida de secas, pedras, xiquexiques e fé. Assim é o sertão central, o sertão onde Rosa foi brotada. Foi na terra dos monólitos que nasceu Rosa Maria Ferreira da Fonsêca, em 24 de abril de 1949. Quis o destino que a menina interiorana, focada no desejo de aprender numa cidade ainda pequena e sem expressão na busca do conhecimento, viesse para Fortaleza, para ingressar na Universidade Federal do Ceará (UFC), orgulhando os familiares e conterrâneos. Não era fácil naqueles anos, um estudante do Interior ingressar na universidade. Ela vem pra cidade grande em busca do sonho de vencer na vida, mas já com gosto de luta e tempero de liberdade (os irmãos e os amigos dela já estavam na luta), que faz dessa jovem menina do interior enveredar por caminhos espinhosos, na batalha por justiça, respeito, igualdade e tantas coisas mais, em sua caminhada de mulher e revolucionária.[...]
- Rosa Fonsêca - Ao ser presa, Rosa Fonsêca suspendeu os estudos, mas ela concluiu o Curso de Ciências Sociais na Universidade Federal do Ceará (UFC) e inclusive fez Mestrado em Educação na UFC.
- Fica a saudade da luta de Rosa da Fonsêca.
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