Neste sábado (18 de junho), às duas da tarde, o Museu da Fotografia de Fortaleza (MFF), em parceria com a Associação Fortaleza Azul (@fortalezaazul), exibe o Documentário 'Autismo Vida Real', seguido de um bate-papo sobre o Autismo, no Auditório do MFF (Rua Frederico Borges, 545-Varjota).
O Documentário 'Autismo Vida Real' busca construir uma visão real sobre o Autismo, contando com depoimentos de especialistas, arquivos pessoais das famílias e acompanhando o trabalho da Associação Fortaleza Azul, que desenvolve atividades de protagonismo e luta pelos direitos dos autistas.
O bate-papo, após o filme, abordará o tema e irá contar com a presença de:
- Glairton Santiago.
- Ana Karynne Magalhães.
- João Victor Ipirajá.
- Julia Pinto.
- Mediado pelo jornalista Mauro Costa.
Inscrições: http://sympla.com.br/exibicao-do-documentario-autismo.
A Programação começa às 14 horas com a exibição do documentário “Autismo: Vida Real”, uma realização da FAZ e da Sinfonia Filmes e lançado em abril de 2022, dentro das atividades promovidas pela entidade para o mês de Conscientização sobre o Autismo, cuja data mundial é o 2 de abril. Ao longo de 50 minutos, 'Autismo Vida: Real' traz múltiplas visões acerca do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a partir de experiências, estudos e relatos de cientistas, médicos, psicopedagogos e terapeutas, e de vivências na prática por meio de depoimentos de pessoas autistas, seus pais e familiares, desmistificando estigmas e preconceitos acerca da condição.
Na sequência, será realizado um bate-papo sobre Autismo com as participações de:
- Glairton Santiago é especialista em Musicoterapia e em Arteterapia e professor nas áreas de Musicoterapia e Psicopedagogia. Foi diagnosticado com Autismo na idade adulta
- Ana Karynne Magalhães, de 38 anos é artesã, palestrante, foi diagnosticada autista aos 34 anos, graduanda em Biomedicina e mãe da Mariana.
- Júlia Pinto, de 19 anos, uma autista artista palestrante do movimento autista, artista visual, poetisa e fotógrafa experimental.
- João Victor Ipirajá é um jovem com Autismo, ativista da Neurodiversidade, aluno de Engenharia da Computação no Iinstituto Federal de Educação do Ceará-IFCE Campus Fortaleza e líder do Capítulo IFCE do Google Developer Students Club.
- Conversa mediada pelo jornalista Mauro Costa, pai do George, autista de 9 anos e diagnosticado aos dois anos.
Autistas representam cerca de 1% da População Mundial - Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que 70 milhões de pessoas no mundo vivem com alguma forma do transtorno, o que corresponde a cerca de 1% da População Mundial.
No Brasil, ainda não existem dados oficiais sobre esse público. Sancionada em 2019, a Lei 13.861 passou a obrigar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a perguntar sobre o Autismo no censo populacional.
Devido à Pandemia da Covid-19, o Censo que deveria ter sido realizado em 2020 só acontecerá agora no segundo semestre de 2022. A partir de agosto de 2022, recenseadores do IBGE deverão passar a aplicar perguntas sobre o tema no questionário de amostra, como forma de mapear quantas pessoas vivem com o transtorno no País e quantas outras também podem ter, mas ainda não possuem o diagnóstico.
Para a presidente da FAZ, Daniela Botelho, a falta de um Panorama sobre a População Autista no Brasil dificulta a elaboração de políticas públicas voltadas para esse público.
Por falta de pesquisas concretas sobre a prevalência do Autismo no País, o Brasil se baseia nos estudos do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), Agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que, em dezembro de 2021 divulgou dados a respeito da prevalência de Autismo entre crianças de 8 anos de idade. De acordo com o último relatório do órgão, houve um aumento de 22% em relação ao estudo anterior no número de crianças com Autismo, que passou de 1 para cada 54 para 1 a cada 44.
FAZ - Em Fortaleza, além do trabalho de acolhimento e inclusão junto às pessoas autistas e suas famílias, a Associação Fortaleza Azul (FAZ), em parceria com profissionais de saúde, entidades governamentais e empresas, busca realizar ações que levem informações acerca do TEA para a população geral, para que, a partir do conhecimento possam se conscientizar e diminuir os estigmas sobre as pessoas que possuem a condição.
Entre as ações realizadas pela Associação também estão projetos como sessões de cinema adaptado para autistas; Jornadas de Autismo durante o Dia Mundial do Autismo, palestras em escolas e capacitação de educadores na inclusão de autistas nas escolas regulares; além de ações especiais em datas comemorativas e do projeto (TEA)MAR, que busca proporcionar bem estar, qualidade de vida e inclusão esportiva e social de pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias, por meio de aulas gratuitas de stand-up paddle, esporte aquático que é uma variante do surf, no qual o praticante, em pé numa prancha, usa um remo para se mover através da água.
A atividade ajuda no processo de inclusão, de socialização e até mesmo como processo terapêutico, uma vez que trabalha o desenvolvimento motor e sensorial.
DIA DO ORGULHO AUTISTA - Celebrado desde 2005, o Dia do Orgulho Autista é uma data marcante para promover a conscientização da sociedade sobre a valorização das pessoas neuro diversas, dentro do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), buscando compreendê-las e incluí-las nos diversos ambientes sociais, desde a própria família e a escola, passando pela valorização de habilidades no mercado de trabalho.
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