O júri da Mostra Competitiva de Longas-Metragens Brasileiros, formado pelo diretor e roteirista Allan Ribeiro, pelo cineasta e professor Bertrand Lira e pela atriz, roteirista e diretora Fernanda Chicolet, consagraram Sertânia (foto Miguel Vassy), dirigido por Geraldo Sarno, como o melhor filme no VI Festival Latino-Americano de Cinema de Belo Jardim-PE. O anuncio foi feito na noite deste sábado (28 de agosto).
A coprodução Bahia/Ceará também recebeu os prêmios de:
- Melhor Montagem para Renato Vallone.
- Melhor Concepção de Som.
- Melhor atuação para a dupla Julio Adrião e Vertin Moura.
O longa-metragem pernambucano Casa, de Letícia Simões, saiu com os prêmios de melhor direção e melhor trilha sonora. Também foram premiados o roteiro de Vermelha, de Getúlio Ribeiro, e a imagem de VIL, MÁ, de Gustavo Vinagre. O longa A Mulher da Luz Própria, de Sinai Sganzerla, recebeu o Prêmio Especial do Júri Oficial e o Prêmio do Júri Popular.
Já a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Latino-Americanos teve como jurados o diretor e roteirista Eduardo Mattos, a pesquisadora e produtora executiva Gabriela Saldanha e a atriz, curadora e produtora Majeca Angelucci. O troféu de melhor filme foi para animação pernambucana Nimbus, de Marcos Buccini, que também conquistou o Prêmio Edina Fujii no valor de R$ 6 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinária da empresa Naymovie. Outras sete obras dividiram os demais prêmios da competição.
O Júri Jovem, formado por participantes da Oficina de Crítica de Cinema do festival, reconheceu o curta-metragem Cadeia Alimentar, de Raphael Medeiros, que recebeu também o prêmio Mistika Post com R$ 4 mil em serviços de pós-produção. A votação do Júri Popular consagrou Memórias de Quintal, de Lorena D’Avila e Simony Leite Siqueira.
Além das mostras principais, o VI Cine Jardim organizou outros cinco programas paralelos. O júri oficial da Mostra Diversidade de Voos, formada por filmes que contribuem para a humanização dos corpos trans em espaços de poder na nossa sociedade, foi formado pela atriz e performer Divina Núbia e pela realizadora audiovisual Mariana Luiza, que concederam o Troféu Roberta Gretchen Coppola de melhor curta-metragem para Piu Piu, de Alexandre Figueirôa. Para o júri popular, o destaque ficou com o paraibano Batom Vermelho Sangue, de R.B. Lima.
As Mostras Rotas de Imigração, Voo Livre, Revoada e Passarinho foram avaliadas pelo público por meio de votação nas plataformas de exibição do Cine Jardim. Os vencedores foram:
- Elevador (PB), de Heleno Florentino (Rotas de Imigração).
- Azul (PE), de Tauana Uchôa (Voo Livre).
- Hoje Sou Felicidade (PE), de João Luís e Tiago Aguiar (Revoada).
- Vento Viajante (CE), realizado pelos Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí (Passarinho).
Por fim, o Prêmio de Aquisição Elo Company, que se compromete a representar o filme comercialmente em território nacional pelo período de 12 meses, ficou com o curta-metragem mineiro Angela, de Marília Nogueira.
PREMIADOS – VI CINE JARDIM
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
- MELHOR FILME: SERTÂNIA (BA/CE), de Geraldo Sarno
- PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: A MULHER DA LUZ PRÓPRIA (SP), de Sinai Sganzerla
- MELHOR DIREÇÃO: CASA (PE), de Letícia Simões
- MELHOR ATUAÇÃO: JÚLIO ADRIÃO e VERTIN MOURA em SERTÂNIA (BA/CE)
- MELHOR IMAGEM: VIL, MÁ (SP), de Gustavo Vinagre
- MELHOR ROTEIRO: VERMELHA (GO), de Getúlio Ribeiro
- MELHOR MONTAGEM: Renato Vallone por SERTÂNIA (BA/CE)
- MELHOR TRILHA SONORA: CASA (PE), de Letícia Simões
- MELHOR CONCEPÇÃO DE SOM: SERTÂNIA (BA/CE), de Geraldo Sarno
- JÚRI POPULAR: A MULHER DA LUZ PRÓPRIA (SP), de Sinai Sganzerla
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS
- MELHOR FILME: NIMBUS (PE), de Marcos Buccini
- PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: 23 MINUTOS (MG), de Rodrigo Beetz e Wesley Figueiredo
- MELHOR DIREÇÃO: REBENTO (BA), de Vinícius Eliziário
- MELHOR ATUAÇÃO: TEUDA BARA em ANGELA (MG), de Marília Nogueira
- MELHOR IMAGEM: EPIRENOV (Argentina), de Alejandro Ariel Martin
- MELHOR ROTEIRO: BAILE (SC), de Cíntia Domit Bittar
- MELHOR MONTAGEM: ATORDOADO, EU PERMANEÇO ATENTO (RJ), de Lucas H. Rossi dos Santos e Henrique Amud
- MELHOR CONCEPÇÃO DE SOM: EX-HUMANOS (PE), de Mariana Porto
- JÚRI POPULAR: MEMÓRIAS DE QUINTAL (ES), de Lorena D’Avila e Simony Leite Siqueira
- JÚRI JOVEM: CADEIA ALIMENTAR (RJ), de Raphael Medeiros
MOSTRA DIVERSIDADE DE VOOS
- JÚRI OFICIAL: PIU PIU (PE), de Alexandre Figueirôa
- JÚRI POPULAR: BATOM VERMELHO SANGUE (PB), de R.B. Lima
MOSTRA ROTAS DE MIGRAÇÃO-JÚRI POPULAR: ELEVADOR (PB), de Heleno Florentino
MOSTRA VOO LIVRE-JÚRI POPULAR: AZUL (PE), de Tauana Uchôa
MOSTRA REVOADA-JÚRI POPULAR: HOJE SOU FELICIDADE (PE), de João Luís e Tiago Aguiar
MOSTRA PASSARINHO-JÚRI POPULAR: VENTO VIAJANTE (CE), dos Alunos do Projeto Animação Ambiental, Escolas Municipais de Icapuí–CE.
VI JARDIM - Dezenas de filmes passaram pelo VI Jardim. As atividades do Festival, sediado originalmente em Belo Jardim, no Interior Pernambucano, começaram em nove de agosto com oito oficinas voltadas ao audiovisual, em sua maioria remotas.
Segundo o diretor do Festival, Leo Tabosa, o Cine Jardim já faz parte do calendário cultural da cidade e, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, a programação ofereceu experiências de Cinema diversas para o público
O Cine Jardim é uma realização da Pontilhado Cinematográfico, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. Conta com o patrocínio da Moura e parcerias do Instituto Conceição Moura, da Universidade Católica de Pernambuco, através da Pró-Reitoria Comunitária, do Instituto Humanitas da Unicap, do Armazém Coral Acha Aqui, Mistika, CiaRio, NayMovie, Elo Company, TVPE e Vou Ser Acessibilidade.
SOBRE O CINE JARDIM - O Cine Jardim é uma janela destinada à divulgação da produção cinematográfica latino-americana, à profissionalização de jovens por meio do audiovisual e à democratização dos bens culturais.
O Festival de caráter competitivo e visa premiar filmes latino-americanos de curtas-metragens e longas-metragens brasileiros das mostras competitivas. É importante ter esta janela aberta no interior, especialmente para compreender e apreciar outros mundos reais e possíveis, que na mágica tela branca projetam-se infinitas possibilidades de encontros e intercâmbios com um único compromisso, fazer deste mundo um mundo mais humano e mais perto de todos.
Comentários
Postar um comentário