Em alusão ao "Dia de Proteção às Florestas", celebrado neste sábado (17 de julho), uma alameda de ipês-amarelos será plantada na Rede Cuca Mondubim. A atividade, que começa às 9 horas, faz parte da campanha #EuPlantoComOCuca, que acontece em julho, o Mês da Juventude.
Além da implantação da alameda, será lançada a placa do futuro viveiro de mudas da Rede Cuca. O primeiro, que será instalado no Cuca Mondubim, consiste em uma estufa de produção de mudas para educação ambiental, monitorada pelos voluntários do Programa.
As atividades contam com a parceria da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente e Urbanismo (Seuma), que fornecerá as mudas de ipês, pau pombo e mulungus, árvores nativas cearenses, e também da Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (UrbFor), que disponibilizará mudas de plantas medicinais, ornamentais e florestais também nativas.
A Prefeitura de Fortaleza instituiu, em 9 de março de 2021, o ipê-amarelo, também conhecido como caraúba, como Árvore Símbolo de Fortaleza, de acordo com o Decreto 14.944. A escolha aconteceu por meio de consulta pública e atende os princípios de preservação e conservação ambiental estabelecidos na Política Municipal do Meio Ambiente.
Sobre a Rede Cuca - Rede de proteção social e oportunidades formada por quatro Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas), mantidos pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude.
Geridos pelo Instituto Cuca, os equipamentos localizados na Barra do Ceará, Mondubim, Jangurussu e José Walter atendem, prioritariamente, jovens de 15 a 29 anos, oferecendo cursos, práticas esportivas, difusão cultural, formações e produções na área de comunicação e atividades que fortalecem o protagonismo juvenil e realizam a promoção e a garantia de direitos humanos.
Além disso, a Rede Cuca também visa levar para a periferia de Fortaleza possibilidades e alternativas de fruição cultural por meio da realização de eventos estratégicos, festivais, mostras, exposições e programação permanente de shows, espetáculos e Cinema.
Sema - A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) fará doação de mudas nativas no Viveiro da Área Adahil Barreto, Parque Estadual do Cocó, neste sábado (17 de julho), em alusão ao Dia de Proteção às Florestas. O viveiro tem foco na produção de mudas de mata de tabuleiro e manguezal.
O secretário Artur Bruno explica que a SEMA tem priorizado a preservação das Unidades de Conservação estaduais, com ações de florestamento e reflorestamento.
- Temos atuado principalmente nas áreas de microbacias hidrográficas, como as dos Rios Cocó, Pacoti, Ceará e Jaguaribe”, informou.
A produção de mudas da Sema ocorre em viveiros localizados em UCs (Parques Estaduais do Cocó e Botânico do Ceará, e também na APA da Serra de Baturité) e em parceria com municípios – tais como Acopiara, Campos Sales, Croatá, Tauá – onde houve revitalização de viveiros produtores.
O cultivo de mudas segue o Programa de Valorização de Espécies Vegetais Nativas do Ceará. Além disso, como parte da estratégia de preservação, a Sema investe em ações constantes de educação ambiental e participa de Grupos de Trabalho e Câmaras Técnicas voltados à temática florestal, como o GT do Reflorestamento, Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Câmara Técnica da Carnaúba.
Cobertura Florestal - Segundo o Inventário Florestal Nacional no Estado do Ceará – coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro e executado em parceria com o governo estadual, por meio da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) – o Ceará tem 57% do seu território coberto por tipologias consideradas florestais, o que equivale a 8,5 milhões de hectares.
O levantamento constatou ainda que cerca de metade das árvores mensuradas foram consideradas sadias. 14% das árvores encontravam-se mortas em pé e 35% apresentaram algum tipo de comprometimento da sanidade.
88% desta cobertura florestal remanescente é composta por vegetação de Caatinga, predominante no semiárido cearense, ambiente suscetível à desertificação, como resultado da degradação do solo, dos recursos hídricos e da biodiversidade, especialmente no que diz respeito a supressão de vegetação nativa.
Atualmente, 100% do território do Estado do Ceará é suscetível à desertificação, sendo 11,45% deste percentual considerado como área fortemente degradada, conforme dados de 2015 obtidos pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Conforme base de dados da SOS Mata Atlântica, referente ao ano de 2019, o Estado do Ceará conta com uma área de 138.714 hectares de formações florestais, excetuando-se as da Caatinga. Essas formações têm destaque em áreas de cobertura de mata atlântica, restinga arbórea e mangue, distribuindo-se pelo litoral cearense, serras úmidas e chapadas, sendo as principais:
- Maciço de Baturité.
- Serra de Aratanha.
- Chapada do Araripe.
- Serra da Ibiapaba.
- Região Metropolitana de Fortaleza.
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