Fala jornalista Kaio Cézar (foto):
- A quem sempre acreditou em mim, muito obrigado. Mesmo.
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Depois de longo período cuidando da minha saúde emocional, pensei muito, confesso, antes de escrever sobre este tema por um motivo simples: não gosto de revisitar algumas experiências. No entanto, como não posso – nem devo - fugir delas e como muitas pessoas se identificam com minha história, neste momento eu me sinto obrigado a lhes atualizar sobre um fato importante.
Como sabem, há cerca de dois anos, no ápice da minha desesperança, após sofrer todo tipo de arbitrariedade e depois de me negarem soluções para eu seguir meu caminho, enfim saí de um emprego denunciando, dentre vários outros excessos, o desrespeito com o qual eu e minha família fomos tratados.
Muitos me entenderam e ficaram do meu lado. Outros nem tanto. Mas o pior mesmo foi ter que lidar com uma parcela maldosa que, a fim de afagar o patrão, levantou suspeitas e até mentiu sobre mim, como se eu, um pai de um filho de um ano com uma mulher então desempregada - e de forma injusta -, estivesse fazendo aquilo apenas para aparecer ou por qualquer outro interesse escuso.
De funcionário “exemplar” e de "caráter", como antes diziam, rapidamente passei a ser levianamente chamado - por essa parcela - de “mau profissional”, “covarde”, "mau-caráter", que eu tinha jogado minha “carreira no lixo”, algo que me prejudicou sobremaneira e que certamente contribuiu para que tudo ficasse ainda mais difícil durante um logo tempo aqui em Fortaleza. E isso me doeu muito.
Doeu principalmente por saber que muitas dessas pessoas tinham presenciado o que denunciei. Elas, portanto, sabiam e sabem que eu sempre falei a verdade, chave da nossa ética profissional.
Apesar da profunda decepção, procurei encarar tudo com serenidade, dando o melhor de mim, trabalhando duro e de forma independente. Sempre acreditei que o tempo - que passa - é instrumento de Deus para que toda a justiça seja feita. E com Ele as respostas podem até demorar, mas aparecem.
Pois bem.
Hoje estou aqui para dizer que, após mais de dois anos, o que denunciei publicamente não são apenas “palavras soltas ao vento”, como certa vez dissimuladamente sugeriram, mas a verdade.
Digo mais. A verdade agora com a chancela da Justiça do Trabalho, cuja sentença em primeira instância me confere, dentre várias outras decisões favoráveis, uma vitória pelo DANO MORAL sofrido diante de um - aí sim - mau profissional e ex-diretor.
E aqui faço questão de ressaltar o brilhante trabalho dos competentes advogados do escritório Teles & Alves, dentre os quais agradeço e destaco o doutor Teles Bezerra Júnior, a doutora Helen Santos, o doutor Italo Juan Garcia e o doutor Haylton Alves (em memória).
Repito para que não esqueçam: eu jamais mentiria sobre algo tão grave. Eu estou do lado da verdade. E por isso mesmo continuarei em busca da justiça plena de cabeça erguida.
Para encerrar este importante e necessário desabafo, devo recorrer às palavras de Pedro Munhoz, enviadas por um seguidor, as quais me serviram como grande fonte de inspiração para não me abater diante dos injustos:
- Tenho morrido muitas vezes. Depois, respiro fundo, lavo o rosto, sigo em frente. Não é fácil morrer, difícil é renascer, fingir-se de sol, cegar a lua, beber o mar. Detestável seria ter a covardia dos que me mataram. Eu sigo renascendo, eles seguem covardes”.
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