Substância abundante na natureza e rica em diferentes grupos funcionais (compostos químicos como ácidos, bases, sais e óxidos), a lignina está presente na casca de vários vegetais e tem possibilidade de uso em aplicações na indústria alimentícia, na farmacêutica e no setor de produtos que hoje usa derivados de petróleo para fabricação de pesticidas, fertilizantes, polímeros e aditivos para concreto. Apesar disso, sua extração para uso em escala a partir de resíduos agroindustriais, como a casca do coco ou casca da banana, por exemplo, ainda não é muito difundida.
O grande potencial de produção de lignina a partir desses resíduos foi uma das motivações de pesquisadores do Grupo de Biopolímeros e Materiais Avançados (BioMat) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Iguatu. Eles estudaram a extração de lignina da casca de banana através de um processo de biorefinaria sustentável. O material, de acordo com os cientistas, existe em abundância no Ceará e hoje é descartado ou usado apenas como combustível em fornos industriais. O trabalho contou com a participação de pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC). E recebeu apoio da Funcap.
O suporte da Funcap foi efetivado através do edital 3/2019 – Auxílio para despesas de pequeno valor para o Projeto “Avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade de lignina organossolve da casca da banana”. Um dos frutos do trabalho foi o artigo “Tailored organosolv banana peel lignins: improved thermal, antioxidant and antimicrobial performances by controlling process parameters”, que foi publicado no periódico International Journal of Biological Macromolecules.
Bastante usado em matérias orgânicas, o processo organossolve permite o fracionamento de biomassa vegetal em celulose, hemicelulose e lignina. Uma das metas da pesquisa foi a obtenção de lignina com alto teor de pureza para uso, por exemplo, na indústria de alimentos como um dos componentes de embalagens ou como potencial substituta de produtos que hoje são à base de petróleo, como polímeros em geral.
- A novidade do trabalho consiste no uso do processo organossolve na casca de banana. Ele permite o fracionamento de biomassa vegetal em celulose, hemicelulose e lignina com grau de pureza relativamente elevado”, explicam os pesquisadores.
De acordo com o professor Francisco Avelino, coordenador do projeto apoiado pela Funcap, apesar da grande quantidade de resíduos da produção de banana, ainda não há aproveitamento da casca em escala industrial para a fabricação de materiais com alto valor agregado. De acordo com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, a produção brasileira de banana em 2019 chegou a aproximadamente 6,8 milhões de toneladas (cerca de 406 mil no Ceará, sétimo produtor nacional).
Ele destaca o potencial da lignina como um dos componentes gerados a partir de biomassa (matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser usada na produção de energia ou de compostos químicos para a indústria).
O grande potencial de produção de lignina a partir desses resíduos foi uma das motivações de pesquisadores do Grupo de Biopolímeros e Materiais Avançados (BioMat) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Iguatu. Eles estudaram a extração de lignina da casca de banana através de um processo de biorefinaria sustentável. O material, de acordo com os cientistas, existe em abundância no Ceará e hoje é descartado ou usado apenas como combustível em fornos industriais. O trabalho contou com a participação de pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical e da Universidade Federal do Ceará (UFC). E recebeu apoio da Funcap.
O suporte da Funcap foi efetivado através do edital 3/2019 – Auxílio para despesas de pequeno valor para o Projeto “Avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade de lignina organossolve da casca da banana”. Um dos frutos do trabalho foi o artigo “Tailored organosolv banana peel lignins: improved thermal, antioxidant and antimicrobial performances by controlling process parameters”, que foi publicado no periódico International Journal of Biological Macromolecules.
Bastante usado em matérias orgânicas, o processo organossolve permite o fracionamento de biomassa vegetal em celulose, hemicelulose e lignina. Uma das metas da pesquisa foi a obtenção de lignina com alto teor de pureza para uso, por exemplo, na indústria de alimentos como um dos componentes de embalagens ou como potencial substituta de produtos que hoje são à base de petróleo, como polímeros em geral.
- A novidade do trabalho consiste no uso do processo organossolve na casca de banana. Ele permite o fracionamento de biomassa vegetal em celulose, hemicelulose e lignina com grau de pureza relativamente elevado”, explicam os pesquisadores.
De acordo com o professor Francisco Avelino, coordenador do projeto apoiado pela Funcap, apesar da grande quantidade de resíduos da produção de banana, ainda não há aproveitamento da casca em escala industrial para a fabricação de materiais com alto valor agregado. De acordo com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, a produção brasileira de banana em 2019 chegou a aproximadamente 6,8 milhões de toneladas (cerca de 406 mil no Ceará, sétimo produtor nacional).
Ele destaca o potencial da lignina como um dos componentes gerados a partir de biomassa (matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser usada na produção de energia ou de compostos químicos para a indústria).
- Ela pode ser um substituto de fenóis do petróleo que hoje são matéria-prima para fabricação de plásticos, embalagens, resinas, tintas, descontaminantes de efluentes e materiais de alta performance”, afirma.
O próximo passo dos pesquisadores é testar a lignina extraída da casca de banana, através do processo organossolve, como aditivo em um polímero termoplástico ou uma resina epóxi. Também há perspectiva de desenvolver filmes com propriedades antioxidantes e antimicrobianos com o material, para serem empregados como embalagens alimentícias.
O próximo passo dos pesquisadores é testar a lignina extraída da casca de banana, através do processo organossolve, como aditivo em um polímero termoplástico ou uma resina epóxi. Também há perspectiva de desenvolver filmes com propriedades antioxidantes e antimicrobianos com o material, para serem empregados como embalagens alimentícias.
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