Um papo no Facebook provocado pelo jornalista professor Anderson Sandes sobre cobertura de Carnaval me fez recordar, que minha primeira cobertura de Carnaval para o Diário do Nordeste foi nos idos de 1984.
A pauta era Carnaval em Paracuru, naquela época o maior Carnaval do Ceará. Um item da pauta feita pele editor Eliezer Rodrigues era ir nas farmácias de Paracuru para saber da venda de camisinhas. Estava no começo da Aids.
Depois cobri Carnavais de Clubes Suburbanos e Sociais de Fortaleza, tipo:
- Secai.
- Tiradentes.
- Santa Cruz.
- Grêmio dos Ferroviários.
- Cresse.
- B-25.
- Kelps.
- Menfis.
- Grab.
- Clube de Regatas da Barra do Ceará.
- Náutico.
- Circuito Militar.
- Diários.
- Iate.
Cobri também o Carnaval de Rua da Duque de Caxias, Senador Pompeu e Domingos Olímpio com os fotógrafos:
- Stênio Saraiva.
- Kiko Silva.
- André Lima.
- Kid Júnior.
- Miguel Portela.
- Cid Barbosa.
- Eduardo Queiroz.
- Sheila Fontes.
- Neisla Rocha.
Sim, participei do fechamento dos cadernos de Carnaval, que circulavam na Quarta-Feira de Cinzas.
O último Carnaval, que cobri para o Diário do Nordeste foi o Zona Norte em 2011. Há exatos dez anos, quando estava como correspondente da Zona Norte do Ceará.
Eis o papo provocado por Anderson Sandes, que me fez fazer estas reminiscências:
Sábado de Carnaval. Anos 1990. Começava a editar o Caderno de Carnaval, do Diário do Nordeste, às dez da manhã do sábado momino. Varávamos o domingo, a segunda e a terça. Na quarta pela manhã, cedinho, o Caderno do Carnaval estava nas bancas com suas doze, quatorze paginas. A edição do jornal logo se esgotava. Cobríamos praias oeste, leste, clubes, carnaval de rua, desfiles das escolas e maracatus etc etc. Fotógrafos, os melhores; repórteres idem. Texto síntese, quase foto legenda. O trabalho de edição era compartilhado com outros colegas. Uma das editoras mais frequentes, a amiga e querida jornalista Marlyana Lima; o editor de fotografia (importantíssimo) o grande nome do fotojornalismo, Cid Barbosa. O designer do competente William Moura (nosso Sargento). Tudo muito bem planejado com antecedência. Outros tempos.
Celso Gondim - Mesmo sendo da editoria de Política, sempre trabalhava na cobertura do Carnaval - acho que pelo fato de não gostar dessa festa, era "garantia" de que eu estaria focado na pauta, não nas "tentações" da carne -, era algo que eu gostava de fazer. Sempre era mandado para cobrir interior, notadamente o litoral Oeste, quando fazíamos a rota Jericoacoara, Icapuí, Iguape, etc., praticamente sempre a mesma equipe: eu, o repórter fotográfico André Lima e o "piloto" da "vtr" Zezinho. Saíamos bem cedinho na manhã do sábado, naqueles inconfundíveis carros de reportagem Gol branco "quadrado" motor mil, e retornávamos na terça, muitas vezes direto para a redação, redigir o texto e onde uma excelente equipe capitaneada por você Anderson, trabalhava duro e fazia uma cobertura fantástica e completa do Carnaval cearense. Somente uma vez fiquei aqui em Fortaleza, onde o nosso saudoso Bilas inovou: me colocou para "cobrir" o desfile das escolas do RJ, para sair do lugar comum de publicar texto padronizado das agências, igual - nas edições anteriores - na cobertura do carnaval carioca em todos os quatro jornais impressos que circulavam na época, naquele ano o DN saindo com material próprio. Era um show de cobertura jornalística, feito por profissionais da mais alta qualidade, da reportagem à diagramação, passando pela edição, fotografia, coordenação, direção, etc., em um trabalho que na quarta se esgotava rapidinho e toda Cidade lia e via avidamente. Tempos muito bons, com um jornalismo e jornalistas de imensurável qualidade que eu tive a honra de fazer parte. Uma saudade que aperta ainda mais nesses tempos de "novo jornalismo" e de "nova realidade pandêmica", mas que acalenta coração e mente. E aí se vai mais de um quarto de século...
Iracema Sales - Cobrir a Domingos Olímpio com o Stenio Saraiva, lembra Marlyana Lima? Saudade!
Fernando Brito - Tempos que não voltam mais!
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