Confira Crônica da editora executiva do Blog do Lauriberto, Carmen Pompeu, sobre o fim do Diário do Nordeste Impresso:
Jornalista Carmen Pompeu - Repórter no Diário no Nordeste foi meu primeiro emprego no Jornalismo. Era uma quinta-feira, 25 de julho de 1991, quando Luciano de Paiva, então chefe de reportagem me telefonou. Eu havia ido até a redação, no final de março, com minha BFF da faculdade, Leônia Vieira, atrás de uma vaga na editoria de Cidades. Mas já havia sido preenchida. Deixei meu número de telefone. Quatro meses depois, ele me ligou.
Ainda era estudante, indo para o sexto semestre. Mas acabei sendo contratada. Naquele tempo, não tinha isso de estágio. Eu era e ganhava salário de profissional. Talvez porque a concorrência fosse menor. Afinal, só havia um curso de formação de jornalista. Então, a peneira era feita no vestibular mesmo. Jornalismo era o quarto curso mais concorrido da UFC, atrás de Medicina, Direito e Odontologia.
Foi um deslumbre com a vida de repórter. Eu me sentia a toda poderosa quando saía com fotógrafo e motorista cumprir as pautas de cidade. Entrevistar pessoas, ouvir, ser o megafone dos que não tinham voz.
Três pautas diárias. Bater o texto nas máquinas de escrever. E ir para casa com o frio na barriga: será que cometi algum erro? Era a dúvida que sempre me atormentava no final do expediente. Sensação que só passava no dia seguinte, quando via o texto no jornal impresso.
Um frio na barriga que os jornalistas do Diário daqui por diante não mais terão.
Mas virão outras sensações.
Porque o Jornalismo é, essencialmente, feito de sensações.
1 - Encontrei minha alma gêmea Lauriberto Carneiro Braga (foto comemorando Carnaval, depois do expediente no Diário do Nordeste).
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