Confira Crônica de Nirez sobre Dedé de Castro (foto):
- Conheci Dedé de Castro, que se chamava José Edmundo de Castro nas ruas da cidade. Sempre o via conversando com muitas pessoas e um dia me coloquei na roda onde ele estava e conversamos juntos.
A partir daquele dia ficamos amigos e sempre que nos encontrávamos corria uma conversa amigável movida pelas perguntas intrigantes de Dedé.
Ele sabia como começar uma conversa e extraía da gente o que a gente queria dizer, parece que adivinhava nossos pensamentos.
Não me recordo de haver discordado de Dedé de Castro em algum momento nem me recordo de Dedé de Castro haver discordado de algo que eu tenha dito ou feito. Sempre concordávamos um com o outro, acho que pela sábia maneira como ele levava a vida. Parece que ele sabia nossos pensamentos.
Dedé de Castro era jornalista com letra maiúscula e com seu jornalismo conquistou vários prêmios, entre eles dois Prêmios Esso.
Gostava de escrever sobre pessoas, principalmente sobre pessoas que tinham importância para a comunidade em que vivia. Era um jornalista muito humano.
Ele trabalhou inicialmente com Jáder de Carvalho passando para o jornal “O Estado”, “Tribuna do Ceará”, “Gazeta de Notícias”, “Unitário”, onde foi redator chefe e por fim trabalhou no Diário do Nordeste convidado que foi por Francisco Bilas.
Era de estranhar como ele se dava bem em todos os jornais e fazia amigos de todos os naipes, já que era esquerdista. Mas ele se amoldava a todas as equipes ou todas as equipes se amoldavam a ele.
As passagens por diversas redações não mudaram as ideias de Dedé de Castro mas tenho certeza que suas ideias ficaram plantadas como sementes em todas as redações por onde passou.
Era assim Dedé de Castro, contaminava as pessoas com quem tinha contato e era muito querido e respeitado.
Dedé de Castro faleceu aos 94 anos de causas naturais como natural foi sua vida.
Miguel Ângelo Nirez".
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