Giselle Soares informa a morte de seu pai:
- O luto faz parte da vida e por mais que nos preparemos para o momento da perda, o sentimento de tristeza é inevitável. Ontem, após dois anos e meio de idas e vindas de internações hospitalares e home care, perdi meu pai. Esse, da foto.
- Nosso relacionamento nem sempre foi fácil. Por mais de dez anos, devido ao alcoolismo, não existiu, até que, em 2018, no papel de filha me vi cuidadora e diante de uma avalanche de circunstâncias e termos desconhecidos que desafiaram meus limites físicos e mentais.
- Aprendi o que são cuidados paliativos, aprendi que o luto tem múltiplas fases, reaprendi a conversar com ele, deixamos nossas diferenças e desavenças no passado e reconstruímos um relacionamento baseado em cuidado mútuo e afeto.
- Não há um relacionamento perfeito ou ideal, se é que algo assim existe, mas um relacionamento possível. Transformamos feridas em carinho nesses anos e passei a admirar sua força e resistência, que tantas vezes surpreendeu as equipes de Saúde que o acompanharam, mesmo nos últimos dias. Creio que essa experiência era necessária para nós dois.
- Não consigo evitar a tristeza, que em algum momento se transformará em saudade, mas os sentimentos predominantes são alívio pelo fim do sofrimento e gratidão pela oportunidade de reconstruir nossa História.
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