O repórter do Grupo Globo, Victor Ferreira informa a morte de dom Pedro Casaldáliga.
Dom Pedro Casaldáliga foi um dos maiores defensores e propulsores da Teologia da Libertação no Brasil. Foi poeta e atuou ativamente contra a Ditadura Militar. Ajudou a defender uma população pobre, esquecida, ameaçada pelo latifúndio e reprimida pelo Estado Militar em uma cidadezinha do interior brasileiro (São Félix do Araguaia).
Em “Um Bispo Contra Todas as Cercas”, Ana Helena Tavares resgata a vida do clérigo desde seus dias como Pere Casaldáliga (seu nome de batismo), até transformar-se em Pedro, bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia – um lugar escondido no Mato Grosso que teria destaque nacional pela chegada do espanhol.
CNBB - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou em seu site neste sábado (8) nota de falecimento de dom Pedro Casaldáliga:
- Aos 93 anos, faleceu na manhã deste sábado (8), o bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga.
Dom Pedro, que foi um defensor dos Direitos Hhumanos e dos mais pobres, estava internado em um hospital de Batatais (SP) com insuficiência respiratória e agravamento do Parkinson.
O velório acontecerá em três locais:
REPERCUSSÃO - O Blog do Lauriberto traz a repercussão da partida de dom Pedro Casaldáliga:
Presidenciável Ciro Gomes (PDT) - "Brasil perdeu hoje um grande lutador. Seu trabalho importante na defesa dos povos indígenas seguirá sendo exemplo para todos, ainda mais nestes tempos de ataques aos povos tradicionais".
Vereador Professor Evaldo Lima (PCdoB) - "Partiu dom Pedro Casaldáliga, grande defensor dos humildes, índios e pobres. O céu te recebe enquanto seguimos aqui seus ensinamentos. 'Estar em crise não é necessariamente uma desgraça. A crise é a febre do espírito. Onde há febre há vida. Os mortos não tem febre'".
Economista Márcio Pochmann - "De dom Pedro Casaldáliga: 'Nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar'".
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- A morte de dom Pedro Casaldáliga é uma perda incontornável para a Igreja Católica e todos aqueles que lutaram em defesa dos direitos humanos na Amazônia. Catalão, veio para o Brasil em 1968, ano do AI-5. Em 1972, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário. Uma inspiração", lamenta Victor Ferreira.
Dom Pedro Casaldéliga morreu neste sábado (8), aos 92 anos. Ele estava internado em Batatais (SP) com problemas pulmonares agravados pelo Mal de Parkinson.
Em “Um Bispo Contra Todas as Cercas”, Ana Helena Tavares resgata a vida do clérigo desde seus dias como Pere Casaldáliga (seu nome de batismo), até transformar-se em Pedro, bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia – um lugar escondido no Mato Grosso que teria destaque nacional pela chegada do espanhol.
CNBB - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou em seu site neste sábado (8) nota de falecimento de dom Pedro Casaldáliga:
- Aos 93 anos, faleceu na manhã deste sábado (8), o bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga.
Dom Pedro, que foi um defensor dos Direitos Hhumanos e dos mais pobres, estava internado em um hospital de Batatais (SP) com insuficiência respiratória e agravamento do Parkinson.
O velório acontecerá em três locais:
- Neste sábado (8), a partir das 15 horas, na Capela do Centro Universitário de Batatais.
- A Missa de Exéquias será celebrada, em Batatais, neste domingo (9), às 15 horas, na Capela do Centro Universitário de Batatais.
- Na segunda-feira (10), o corpo segue para Ribeirão Cascalheira (MT), onde será velado no Santuário dos Mártires, ainda sem previsão de horário de chegada do corpo.
O sepultamento será em São Félix do Araguaia (MT), após o corpo velado no Centro Comunitário Tia Irene. A data ainda não foi divulgada.
A missa das exéquias será aberta ao público e também será transmitida pelo YouTube no link https://youtu.be/spto8rbKye0. O link estará aberto para que outros veículos de comunicação possam retransmitir.
BIOGRAFIA - Dom Pedro Casaldáliga nasceu em Balsareny, na província de Barcelona, na Espanha, em 16 de fevereiro de 1928.
A missa das exéquias será aberta ao público e também será transmitida pelo YouTube no link https://youtu.be/spto8rbKye0. O link estará aberto para que outros veículos de comunicação possam retransmitir.
BIOGRAFIA - Dom Pedro Casaldáliga nasceu em Balsareny, na província de Barcelona, na Espanha, em 16 de fevereiro de 1928.
Ingressou na Congregação Claretiana (Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria) em 1943, sendo ordenado sacerdote em Montjuïc, Barcelona, no dia 31 de maio de 1952. Depois de ordenado, foi professor de um colégio claretiano em Barbastro, assessor dos Cursilhos de Cristandade e diretor da Revista Iris.
Em 1968, mudou-se para o Brasil para fundar uma missão claretiana no Estado do Mato Grosso, uma região com um alto grau de analfabetismo, marginalização social e concentração fundiária (latifúndios), onde eram comuns os assassinatos.
Foi nomeado administrador apostólico da prelazia de São Félix do Araguaia (MT) no dia 27 de abril de 1970. O Papa Paulo VI o nomeou bispo prelado de São Félix do Araguaia no dia 27 de agosto de 1971. Sua ordenação episcopal deu-se a 23 de outubro de 1971, pelas mãos de Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia, de Dom Tomás Balduíno, OP, e Dom Juvenal Roriz, CSSR.
Sua atividade como bispo teve as seguintes características:
Na década de 1970, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Dom Pedro foi alvo de inúmeras ameaças de morte. A mais grave, em 12 de outubro de 1976, ocorreu em Ribeirão Cascalheira (Mato Grosso). Ao ser informado que duas mulheres estavam sendo torturadas na delegacia local, dirigiu-se até lá acompanhado do padre jesuíta João Bosco Penido Burnier. Após forte discussão com os policiais, o padre Burnier ameaçou denunciá-los às autoridades, sendo então agredido e, em seguida, alvejado com um tiro na nuca. Naquele lugar foi erguida uma igreja.
No ano 2000, foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas. Em 13 de setembro de 2012, recebeu honraria idêntica da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Dom Pedro, que sofria do mal de Parkinson, apresentou sua renúncia à Prelazia, conforme o Can. 401 §1 do Código de Direito Canônico, em 2005. Em dois de fevereiro de 2005, o papa João Paulo II aceitou sua renúncia ao governo pastoral de São Félix. Dom Pedro Casaldáliga, o primeiro prelado de São Félix, foi sucedido por Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner OFM.
NOTA DE PESAR - Eis a Nota de Pesar da CNBB pelo falecimento de dom Pedro Casaldáliga:
"Brasília, 8 de agosto de 2020
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se solidariza com a Prelazia de São Félix do Araguaia e a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria pelo falecimento, ocorrido hoje, de Dom Pedro Casaldáliga Plá, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e Missionário Claretiano.
Dom Pedro marcou sua vida pela solidariedade em relação aos mais pobres e sofridos, fazendo de seu ministério, sua poesia e sua vida um canto à solidariedade. Preocupado em “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar”, contempla agora o Deus da Vida, a quem buscou servir em cada pobre, em cada sofredor.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo - arcebispo de Belo Horizonte (MG) - presidente da CNBB.
Dom Jaime Spengler - arcebispo de Porto Alegre (RS) - primeiro vice-presidente da CNBB.
Dom Mário Antônio da Silva - bispo de Roraima (RR) - segundo vice-presidente da CNBB.
Dom Joel Portella Amado - bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) - secretário-geral da CNBB".
Em 1968, mudou-se para o Brasil para fundar uma missão claretiana no Estado do Mato Grosso, uma região com um alto grau de analfabetismo, marginalização social e concentração fundiária (latifúndios), onde eram comuns os assassinatos.
Foi nomeado administrador apostólico da prelazia de São Félix do Araguaia (MT) no dia 27 de abril de 1970. O Papa Paulo VI o nomeou bispo prelado de São Félix do Araguaia no dia 27 de agosto de 1971. Sua ordenação episcopal deu-se a 23 de outubro de 1971, pelas mãos de Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia, de Dom Tomás Balduíno, OP, e Dom Juvenal Roriz, CSSR.
Sua atividade como bispo teve as seguintes características:
- Evangelização, vinculada à promoção humana e à defesa dos direitos humanos dos mais pobres.
- Criação de comunidades eclesiais de base com líderes que sejam fermento entre os pobres.
- Encarnação na vida, nas lutas e esperanças do povo.
- Estrutura participativa e corresponsável na Diocese.
Na década de 1970, ajudou a fundar o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Dom Pedro foi alvo de inúmeras ameaças de morte. A mais grave, em 12 de outubro de 1976, ocorreu em Ribeirão Cascalheira (Mato Grosso). Ao ser informado que duas mulheres estavam sendo torturadas na delegacia local, dirigiu-se até lá acompanhado do padre jesuíta João Bosco Penido Burnier. Após forte discussão com os policiais, o padre Burnier ameaçou denunciá-los às autoridades, sendo então agredido e, em seguida, alvejado com um tiro na nuca. Naquele lugar foi erguida uma igreja.
No ano 2000, foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas. Em 13 de setembro de 2012, recebeu honraria idêntica da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Dom Pedro, que sofria do mal de Parkinson, apresentou sua renúncia à Prelazia, conforme o Can. 401 §1 do Código de Direito Canônico, em 2005. Em dois de fevereiro de 2005, o papa João Paulo II aceitou sua renúncia ao governo pastoral de São Félix. Dom Pedro Casaldáliga, o primeiro prelado de São Félix, foi sucedido por Dom Frei Leonardo Ulrich Steiner OFM.
NOTA DE PESAR - Eis a Nota de Pesar da CNBB pelo falecimento de dom Pedro Casaldáliga:
"Brasília, 8 de agosto de 2020
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se solidariza com a Prelazia de São Félix do Araguaia e a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria pelo falecimento, ocorrido hoje, de Dom Pedro Casaldáliga Plá, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) e Missionário Claretiano.
Dom Pedro marcou sua vida pela solidariedade em relação aos mais pobres e sofridos, fazendo de seu ministério, sua poesia e sua vida um canto à solidariedade. Preocupado em “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar”, contempla agora o Deus da Vida, a quem buscou servir em cada pobre, em cada sofredor.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo - arcebispo de Belo Horizonte (MG) - presidente da CNBB.
Dom Jaime Spengler - arcebispo de Porto Alegre (RS) - primeiro vice-presidente da CNBB.
Dom Mário Antônio da Silva - bispo de Roraima (RR) - segundo vice-presidente da CNBB.
Dom Joel Portella Amado - bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) - secretário-geral da CNBB".
REPERCUSSÃO - O Blog do Lauriberto traz a repercussão da partida de dom Pedro Casaldáliga:
Presidenciável Ciro Gomes (PDT) - "Brasil perdeu hoje um grande lutador. Seu trabalho importante na defesa dos povos indígenas seguirá sendo exemplo para todos, ainda mais nestes tempos de ataques aos povos tradicionais".
Vereador Professor Evaldo Lima (PCdoB) - "Partiu dom Pedro Casaldáliga, grande defensor dos humildes, índios e pobres. O céu te recebe enquanto seguimos aqui seus ensinamentos. 'Estar em crise não é necessariamente uma desgraça. A crise é a febre do espírito. Onde há febre há vida. Os mortos não tem febre'".
Economista Márcio Pochmann - "De dom Pedro Casaldáliga: 'Nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar'".
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Dragão do Mar celebra Dia dos Povos Indígenas
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