Morreu de Coronavírus, em Salvador (BA), o ex-zagueiro do Fortaleza, Sapatão, aos 72 anos.
Quem presta homenagem a Sapatão é o radialista Jota Lacerda:
- Élcio Nogueira da Silva, 72 anos, era cardiopata, hipertenso e renal crônico. A Covid-19 foi apenas o pavio aceso nesse cenário de saúde precária do ex-zagueiro e treinador, que não suportou e nos deixou nessa sexta-feira (5), depois de alguns dias internado no Hospital da Bahia, em Salvador.
Eu relutei, não queria escrever esse post, escrevi o primeiro e perdi (a máquina deu pau), escrevi esse segundo. Na verdade, eu fui impulsionado pela omissão de alguns colegas que lembram de Sapatão, exclusivamente, como o zagueiro heptacampeão pelo ECBahia.
Antes disso, é importante lembrar que a estrela de Sapatão começou a brilhar com a camisa do Fluminense de Feira na conquista do título baiano de 1969 (o segundo e último da história do clube).
Esse Fluminense (olha a coincidência no gentílico), de Campos dos Goytacazes/RJ, desembarcou em Feira de Santana, com apenas 22 anos, levado pelo treinador Valter Miraglia. Brilhou e alçou voo na carreira.
Além de Sapatão (do Flamengo), Miraglia tinha uma turma jovem e promissora com destaques para Ubirajara, Ubaldo, Mário Braga, Merrinho, João Daniel e Freitas. Alto, magro, bom na bola aérea e líder, Sapatão também era goleador – contra e a favor.
Destaque no Flu, Sapatão foi direto para o Bahia e conquistou sete dos nove títulos da década de 1970 (de 1973 a 1979). O zagueiro também ia lá na área adversária e assim marcou 12 gols nesse período, qualidade que o diferenciava dos demais defensores.
Já no final da carreira, em 1980, Sapatão passou rapidamente por aqui e vestiu a camisa do FortalezaEC. Quarenta anos se foram, mas os torcedores de boa memória não esqueceram e a história é implacável.
Acho que nem o próprio Sapatão lembrava ter nascido no Rio de Janeiro. Mesmo quando “pendurou as chuteiras” e iniciou a peregrinação como treinador, ele sempre optou pelo Nordeste e fincou moradia em solo baiano. Os altos e baixos da carreira não o fizeram olhar para trás.
Por isso, Sapatão merece as nossas despedidas com honras.
Eu quis apenas lembrar alguns detalhes de uma carreira recheada de erros e acertos. Os erros não importam mais. Os acertos jamais serão apagados dos sonhos de cada torcedor campeão e jamais serão retirados das páginas que contam a história do futebol brasileiro.
Cada torcedor pode contar um pouco do que conhece da carreira de Élcio Nogueira da Silva, o Sapatão.
BAHIA - O Bahia emitiu uma nota de pesar:
- A diretoria do Esporte Clube Bahia manifesta solidariedade aos familiares e amigos de Élcio Nogueira da Silva, o ídolo Sapatão, que faleceu nesta sexta (5), aos 72 anos, em Salvador.
Capitão tricolor em todos os títulos da inigualável conquista do heptacampeonato estadual, entre 1973 e 1979, ele estava internado no Hospital da Bahia desde 17 de maio. Nos últimos dias, já na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), contraiu a Covid-19.
O presidente Guilherme Bellintani entrou em contato com a filha Renata, prestou todas as condolências e providenciou uma bandeira para o seu sepultamento. O clube vinha acompanhando o caso desde a semana retrasada através do gerente de negócios Lênin Franco, amigo da família.
Ao todo, o ex-zagueiro disputou 450 jogos pelo Esquadrão de Aço – em 224 deles o time não sofreu gols – e balançou as redes 12 vezes. Nascido a 15 de outubro de 1947, em Campos-RJ, defendeu a equipe de 73 a 1980.
De acordo com o boletim médico, Sapatão era portador de comorbidades como hipertensão arterial, cardiopatia, neuropatia crônica e suporte dialítico. Chegou a ser intubado, em suporte ventilatório, mas apresentou parada cardiorrespiratória por volta das 11 horas da manhã.
Deixa três filhos e quatro netos.
Descanse em paz, craque".
Quem presta homenagem a Sapatão é o radialista Jota Lacerda:
- Élcio Nogueira da Silva, 72 anos, era cardiopata, hipertenso e renal crônico. A Covid-19 foi apenas o pavio aceso nesse cenário de saúde precária do ex-zagueiro e treinador, que não suportou e nos deixou nessa sexta-feira (5), depois de alguns dias internado no Hospital da Bahia, em Salvador.
Eu relutei, não queria escrever esse post, escrevi o primeiro e perdi (a máquina deu pau), escrevi esse segundo. Na verdade, eu fui impulsionado pela omissão de alguns colegas que lembram de Sapatão, exclusivamente, como o zagueiro heptacampeão pelo ECBahia.
Antes disso, é importante lembrar que a estrela de Sapatão começou a brilhar com a camisa do Fluminense de Feira na conquista do título baiano de 1969 (o segundo e último da história do clube).
Esse Fluminense (olha a coincidência no gentílico), de Campos dos Goytacazes/RJ, desembarcou em Feira de Santana, com apenas 22 anos, levado pelo treinador Valter Miraglia. Brilhou e alçou voo na carreira.
Além de Sapatão (do Flamengo), Miraglia tinha uma turma jovem e promissora com destaques para Ubirajara, Ubaldo, Mário Braga, Merrinho, João Daniel e Freitas. Alto, magro, bom na bola aérea e líder, Sapatão também era goleador – contra e a favor.
Destaque no Flu, Sapatão foi direto para o Bahia e conquistou sete dos nove títulos da década de 1970 (de 1973 a 1979). O zagueiro também ia lá na área adversária e assim marcou 12 gols nesse período, qualidade que o diferenciava dos demais defensores.
Já no final da carreira, em 1980, Sapatão passou rapidamente por aqui e vestiu a camisa do FortalezaEC. Quarenta anos se foram, mas os torcedores de boa memória não esqueceram e a história é implacável.
Acho que nem o próprio Sapatão lembrava ter nascido no Rio de Janeiro. Mesmo quando “pendurou as chuteiras” e iniciou a peregrinação como treinador, ele sempre optou pelo Nordeste e fincou moradia em solo baiano. Os altos e baixos da carreira não o fizeram olhar para trás.
Por isso, Sapatão merece as nossas despedidas com honras.
Eu quis apenas lembrar alguns detalhes de uma carreira recheada de erros e acertos. Os erros não importam mais. Os acertos jamais serão apagados dos sonhos de cada torcedor campeão e jamais serão retirados das páginas que contam a história do futebol brasileiro.
Cada torcedor pode contar um pouco do que conhece da carreira de Élcio Nogueira da Silva, o Sapatão.
- A diretoria do Esporte Clube Bahia manifesta solidariedade aos familiares e amigos de Élcio Nogueira da Silva, o ídolo Sapatão, que faleceu nesta sexta (5), aos 72 anos, em Salvador.
Capitão tricolor em todos os títulos da inigualável conquista do heptacampeonato estadual, entre 1973 e 1979, ele estava internado no Hospital da Bahia desde 17 de maio. Nos últimos dias, já na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), contraiu a Covid-19.
O presidente Guilherme Bellintani entrou em contato com a filha Renata, prestou todas as condolências e providenciou uma bandeira para o seu sepultamento. O clube vinha acompanhando o caso desde a semana retrasada através do gerente de negócios Lênin Franco, amigo da família.
Ao todo, o ex-zagueiro disputou 450 jogos pelo Esquadrão de Aço – em 224 deles o time não sofreu gols – e balançou as redes 12 vezes. Nascido a 15 de outubro de 1947, em Campos-RJ, defendeu a equipe de 73 a 1980.
De acordo com o boletim médico, Sapatão era portador de comorbidades como hipertensão arterial, cardiopatia, neuropatia crônica e suporte dialítico. Chegou a ser intubado, em suporte ventilatório, mas apresentou parada cardiorrespiratória por volta das 11 horas da manhã.
Deixa três filhos e quatro netos.
Descanse em paz, craque".
- O Fortaleza não se manifestou sobre a morte de Sapatão.
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