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Local de crime e a importância da preservação das provas nas investigações

Para matar a curiosidade e a sede de conhecimento de muitas pessoas interessadas pela rotina do profissional de perícia, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) realiza uma série de publicações relacionadas à atividade forense, que vai desde os tipos de perícias à atuação dos profissionais e outras curiosidades do âmbito da investigação criminal.


A série de textos inicia, nesta terça-feira (9), pelo local de ocorrência, também chamado de local de crime, e a importância da preservação de provas para solucionar casos em investigação.

O trabalho em campo da Pefoce começa logo após o acionamento da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Geralmente, quem chega primeiro são os policiais militares. Eles realizam o isolamento e a preservação do local da ocorrência aguardando a chegada dos peritos e investigadores da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

Os peritos criminais chegam em seguida para identificar e coletar vestígios, analisar a dinâmica do fato, realizar fotografia forense para compor o laudo e a perícia externa na vítima (quando existir vítima fatal). Os peritos realizam o agrupamento do máximo de fatos e evidências relacionados ao caso para compor a prova material. Na maior parte dos casos, o trabalho resulta no “triângulo dos vestígios”, que é a interligação direta entre o local, o suspeito e vítima.

Os peritos criminais de natureza oficial analisam o local da ocorrência de forma minuciosa, buscando ‘conversar’ com os elementos que estão dispostos ali e revelar os vestígios obscuros. O perito identifica peças de um quebra cabeça que ele monta através dos princípios técnicos e científicos, gerando a prova material irrefutável, que é encaminhada à autoridade que preside o inquérito policial: o delegado de Polícia Civil. Muito do que se busca saber sobre a vítima e sobre a autoria de um crime, por vezes, está ali, no local de crime, no corpo, nos fragmentos e vestígios que serão analisados minuciosamente nos laboratórios da Pefoce.



As ocorrências se dividem em três tipos: ocorrências de crime contra o patrimônio, quando há depredação, arrombamento, danos ao imóvel, automóvel ou algum outro patrimônio público ou privado. Há também as ocorrências de vida, quando há como resultado pessoas que perderam a vida de forma violenta ou com morte suspeita que origine um inquérito policial, que é instaurado nas delegacias de Polícia Civil para investigação.

Por fim, existem as ocorrências de trânsito, quando há vítimas letais e vítimas feridas criminalmente. Neste caso, o perito vai ao local avaliar as vítimas para, em casos de óbitos, tipificar o tipo de acidente, se colisão, capotamento ou atropelamento, analisar os danos nos veículos envolvidos, analisar marcas de frenagens e fricções, que ajudam a construir a dinâmica do acidente. O perito criminal também consegue realizar a identificação veicular, saber se houve adulteração no automóvel, como por exemplo, a troca de placas e outros itens que sofrem modificações criminosas.


A perita criminal, Leda Queiroz Trindade, que possui sete anos de carreira como perita criminal, inicia os seus plantões sem saber o que terá ao longo do dia. Ela conta que sempre chega ao local de ocorrência de vida com a certeza de que ela pode ser a última ‘voz’ da vítima. A pessoa que vai ajudar a contar o que ocorreu nas últimas horas e, com isso, colaborar para que a Justiça seja feita. “No local de crime, a primeira coisa que faço é observar o que ‘a vítima tem a me dizer’, pois o corpo nos dá informações. O local pode dar indícios do que houve nas últimas horas e últimos instantes da vítima com o agressor. Com isso buscamos uma indicação da autoria do crime”, explica.

Entre os principais procedimentos realizados pelos peritos de local de crime é o exame perinecroscópico, ou seja, de constatação dos tipos de lesões das vítimas, se foi causada por arma de fogo, se o disparo realizado foi de longa ou curta distância, se foi provocado por arma branca, objeto contundente, ou se há sinais de esganadura, por exemplo.

Os peritos também realizam um croqui com dados sobre o local da ocorrência. Informações de como o corpo da vítima foi encontrado, como estão formadas as manchas de sangue, se existem elementos no local que possam dar pistas sobre a dinâmica do crime. Amostras biológicas e outros vestígios também são coletados para serem encaminhados para exame complementar, que pode ser realizado pelo próprio perito ou pelos laboratórios que compõem a Perícia Forense.

Com informações da Coordenadoria de Imprensa do Governo do Ceará.

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