Está no Jornalistas & Cia edição desta semana:
- Marcos André Borges CEO da VSM Comunicação (CE) - A pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, serviu para reforçar a relação de confiança entre a imprensa e a sociedade. Se as redes sociais e canais independentes haviam conquistado importante espaço com a polarização política recente, muitas vezes propagando notícias de procedência e veracidade duvidosa, a crise sanitária fez com que muitas pessoas voltassem a buscar a credibilidade dos grandes veículos, elevando a audiência e reafirmando a posição que a imprensa formal sempre teve ao longo da história. Vale ressaltar que, neste cenário, além dos conglomerados de comunicação, sites e blogs de jornalistas conceituados também tendem a ganhar com essa migração em andamento. Após reconquistar o público com informações sobre a Covid-19, a imprensa formal e os jornalistas terão o desafio de manter essa relação viva. A tendência é que os bastidores políticos voltem ao foco da cobertura e mais uma eleição em tempos de polarização se apresenta, com potencial de acirrar ainda mais os ânimos. Uma das maneiras de segurar a audiência talvez seja levar essa credibilidade para as redes sociais, incorporando soluções encontradas nesse período de crise sanitária, como a promoção de debates online e lives.
- Mauro Costa Fundador e diretor da AD2M Engenharia de Comunicação (CE) - Há alguns anos o jornalismo já vinha se questionando em muitos aspectos de processos e do seu papel na sociedade, da mesma forma que vinha também sendo questionado, especialmente no que dizia respeito às mudanças exponenciais trazidas pelo mundo digital. A pandemia da Covid-19 acelerou essa caminhada e colocou o jornalismo em um ponto de encruzilhada ou oportunidade. Por um lado positivo, o fato é que a pandemia da Covid-19 descortinou-se como uma chance de referendar o papel do jornalismo como indutor da democracia e como o espaço melhor indicado para o consumo de informações e para a apresentação de cenários baseados em credibilidade da informação. E as pessoas passaram mesmo a buscar desesperadamente por essa oferta noticiosa de qualidade. Por outro, o jornalismo, enquanto modelo de negócios, está passando por uma crise cujas saídas exigirão muita criatividade para olhar para dentro sem perder a visão do que está se passando fora. Como garantir essa qualidade em meio a tantas cobranças externas e a uma concorrência cada vez mais acirrada com as redes sociais, e ao mesmo tempo como manter saudáveis economicamente os veículos de comunicação, é uma equação ainda em busca de solução. Esse cenário ainda está muito indefinido no momento, devido a diversos fatores. Um deles é o das recentes reduções de quadros na ampla maioria dos veículos de comunicação, o que pode vir a impactar agora e futuramente na qualidade do trabalho jornalístico. Isso sem se ter uma perspectiva de mudança e melhoria em breve. E o outro são os constantes ataques políticos ao jornalismo como atividade, à imprensa enquanto instituição e até mesmo aos profissionais jornalistas em sua lide diária nas atividades de cobertura. A questão financeira pode ter um impacto grande, bem como a busca por esse reforço do jornalismo como atividade de relevância para o mundo veloz e mutável que vivemos. A precarização da atividade jornalística deve ser observada atentamente, ao mesmo tempo em que se nota a consolidação da imprensa como mais um espaço de curadoria de conteúdos relevantes. A experiência de se fazer jornalismo em um momento de tantos riscos à saúde e em um período de isolamento social, que restringe o acesso físico dos jornalistas a fontes e a espaços, em paralelo com a massificação do acesso a novas tecnologias que garantem outras formas de contatos com as fontes e permitem às pessoas criarem seus próprios conteúdos, fazem com que o jornalista passe a trabalhar como um editor desses conteúdos com um filtro profissional de checagem e um olhar amplo e de contexto.
- Renata Benevides e Karla Rodrigues comemoram dez anos da Capuchino Press: “Estamos há dez anos contando e ajudando a escrever capítulos importantes da história dos nossos clientes para seus públicos, através da imprensa e formadores de opinião. Esse é um sonho que não sonhamos sozinhas e que se renova a cada retorno positivo dos nossos parceiros e resultados. Esperamos muitas mudanças com o ‘novo normal’, mas nos enchemos de forças sabendo que o essencial, vai permanecer: nosso relacionamento. #capuchino #homeoffice #comunicacao #assessoriadecomunicacao #rp #digital #contemcapuchino #capuchinoeessencial”.
- A VSM, em parceria com a agência de publicidade Mulato, lançou a campanha Nem precisa dizer qual é, que traz como mote a necessidade de trabalhar a marca e a imagem de uma empresa para ser lembrada por seu público-alvo. A ação utiliza elementos de marcas famosas, sem citar quais, para que o público faça a associação por conta própria.
- O Ceará tem 15 agências de Publicidade, sendo matrizes e uma filial. Uma saiu do radar: Metamorfose Comunicação.
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