Palhano, no Ceará, registrou às seis e quinze da noite desta quinta-feira (14) mais um terremoto de magnitude superior a dois graus.
A Estação de Palhano foi instalada na região pelos técnicos do LabSis, Eduardo Menezes e Marconi Oliveira na segunda-feira (11) com apoio do INCT de Estudos Tectônicos (INCTET). No mesmo dia, Eduardo Menezes proferiu uma palestra sobre terremotos na Câmara Municipal de Palhano.
De 1989 a 1991, Palhano passou por um ciclo de intensa atividade sísmica, com vários eventos de magnitude maior ou igual a quatro graus. Desde então só tem ocorrido pequenos surtos de atividade sísmica em Palhano.
Segundo o morador Jeilson Santiago, o tremor foi sentido na sede de Palhano e nas localidades de Cajueirinho, Barbada, Luzilândia e Assentamento Chico Mendes (Fazenda Marmouthier).
O terremoto de Palhano foi registrado por diversas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Como se pode ver na Figura 1, a área epicentral da atual atividade não é a mesma de 1988, ficando próxima do limite de Russas e Palhano.
Figura 1: Mapa de localização epicentral. O epicentro está indicado pela estrela vermelha. A estrela amarela indica o epicentro do sismo de 19 de outubro de 1988. O triângulo vermelho indica a localização de estação PLAL (Sítio Almas)
"A atividade continua, embora em menor intensidade que no início do mês de novembro. No entanto, como sempre afirmamos, é impossível prever como a atividade vai evoluir. A estação Palhano tem link de Internet com o Laboratório Sismológico do Nordeste (LabSis) permitindo acompanhar a sismicidade em tempo real", atestam os pesquisadores Eduardo Menezes, Joaquim Ferreira, Marconi Oliveira e Flauber Costa.
Figura 2: Registro do evento em Estação de Palhano
Desde o início de novembro agora de 2019, Palhano registrou 15 terremotos variando de dois a dois virgula quatro graus de magnitude.
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