A Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Laboratório de Materiais de Construção Civil (LMCC), está auxiliando a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) na investigação das causas do desabamento do Edifício Andrea, ocorrido em 15 de outubro, em Fortaleza. A equipe do LMCC esteve no local da tragédia no último domingo (20) para realizar ensaios e fazer coleta de materiais (fotos Viktor Braga).
Com o corpo de prova coletado, o laboratório analisa as características de conservação dos materiais que compunham o prédio, avaliando fatores como carbonatação, presença de sais, cloretos e sulfatos e ferrugem das estruturas, todos pontos importantes para determinar o estado em que estava a construção. Os resultados, ainda não obtidos, serão repassadas à Pefoce para a elaboração de um laudo oficial.
Um dos ensaios realizados pelo LMCC consiste na determinação do nível de carbonatação da estrutura, processo físico-químico resultante da interação entre gases da atmosfera com os componentes do cimento. É algo comum, por exemplo, em regiões com alto nível de maresia, como é o caso de Fortaleza, ou quando há uma alta presença de gás carbônico (CO2), o que pode ocorrer pela grande circulação de veículos.
Uma estrutura que passa por carbonatação torna-se enfraquecida e suscetível a ferrugem e corrosão, podendo perder a capacidade de sustentação. Para determinar se há ou não esse processo no material, os pesquisadores do laboratório o colocam em contato com uma substância chamada fenolftaleína, espécie de indicador de pH. Caso o material reaja à substância, ficando com uma coloração violeta, não há carbonatação. Do contrário, ele permanece sem mudar a cor.
“A carbonatação permite que a ação de corrosão aconteça dentro do pilar. Se isso acontecer, vai atingir a barra de aço, a armadura. Chegando lá, vai ocorrer processo de ferrugem, o que vai fragilizando a barra e diminuindo o diâmetro dela”, explica o engenheiro do LMCC, Helano Pimentel.
Outros ensaios são os de resistência à compressão (feito com prensa hidráulica), de absorção de água (para verificar a porosidade do material, que não deve ser excessiva), e de ultrassom, que avalia a velocidade com que uma onda sonora passa pelo material: caso demore a passar, há sinal de que o corpo analisado não está bem preenchido, possuindo vazios que atrapalham o caminho da onda e que podem significar maior fragilidade.
MODELAGEM – Segundo o coordenador do laboratório, professor Eduardo Cabral, após a solicitação de apoio pela Pefoce, foi esperada a conclusão do trabalho de resgate realizado pelo Corpo de Bombeiros, para só então começarem as análises dos materiais da estrutura. Com o último resgate feito no sábado (19), a visita do LMCC ocorreu já no dia seguinte.
Um dos ensaios realizados pelo LMCC consiste na determinação do nível de carbonatação da estrutura, processo físico-químico resultante da interação entre gases da atmosfera com os componentes do cimento. É algo comum, por exemplo, em regiões com alto nível de maresia, como é o caso de Fortaleza, ou quando há uma alta presença de gás carbônico (CO2), o que pode ocorrer pela grande circulação de veículos.
Uma estrutura que passa por carbonatação torna-se enfraquecida e suscetível a ferrugem e corrosão, podendo perder a capacidade de sustentação. Para determinar se há ou não esse processo no material, os pesquisadores do laboratório o colocam em contato com uma substância chamada fenolftaleína, espécie de indicador de pH. Caso o material reaja à substância, ficando com uma coloração violeta, não há carbonatação. Do contrário, ele permanece sem mudar a cor.
“A carbonatação permite que a ação de corrosão aconteça dentro do pilar. Se isso acontecer, vai atingir a barra de aço, a armadura. Chegando lá, vai ocorrer processo de ferrugem, o que vai fragilizando a barra e diminuindo o diâmetro dela”, explica o engenheiro do LMCC, Helano Pimentel.
Outros ensaios são os de resistência à compressão (feito com prensa hidráulica), de absorção de água (para verificar a porosidade do material, que não deve ser excessiva), e de ultrassom, que avalia a velocidade com que uma onda sonora passa pelo material: caso demore a passar, há sinal de que o corpo analisado não está bem preenchido, possuindo vazios que atrapalham o caminho da onda e que podem significar maior fragilidade.
MODELAGEM – Segundo o coordenador do laboratório, professor Eduardo Cabral, após a solicitação de apoio pela Pefoce, foi esperada a conclusão do trabalho de resgate realizado pelo Corpo de Bombeiros, para só então começarem as análises dos materiais da estrutura. Com o último resgate feito no sábado (19), a visita do LMCC ocorreu já no dia seguinte.
“Há primeiro um levantamento geométrico, para saber a disposição dos pilares, onde estão e a dimensão deles. Depois é feito o levantamento de características de materiais, que é onde a gente entra. Depois vai ter a modelagem do prédio para verificar o que aconteceu para ele cair, se estava bem dimensionado, se os pilares foram muito fragilizados”, detalhe Cabral.
Para Helano Pimentel, a procura por parte da Pefoce é um indicativo da capacidade de produção e análise do laboratório, especializado nesse tipo de estudo. “Sermos procurados nesse momento mostra o quanto estamos preparados para dar suporte neste nível em um evento tão impactante”, pontua. “Estamos evoluindo para que demandas da sociedade não sejam enviadas para fora da região Nordeste. E a UFC tem, sim, capacidade de fazer esses ensaios”, atesta.
Com informações do diretor do Centro de Tecnologia da UFC, professor Carlos Almir Monteiro de Holanda.
Para Helano Pimentel, a procura por parte da Pefoce é um indicativo da capacidade de produção e análise do laboratório, especializado nesse tipo de estudo. “Sermos procurados nesse momento mostra o quanto estamos preparados para dar suporte neste nível em um evento tão impactante”, pontua. “Estamos evoluindo para que demandas da sociedade não sejam enviadas para fora da região Nordeste. E a UFC tem, sim, capacidade de fazer esses ensaios”, atesta.
Com informações do diretor do Centro de Tecnologia da UFC, professor Carlos Almir Monteiro de Holanda.
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