Informa o jornal Zero Hora, de Porto Alegre (RS), que o professor aposentado e comunicólogo Nelson Traquina, morreu nesta quinta-feira (26), aos 71 anos. Apenas neste sábado (28), jornalistas, pesquisadores e docentes que o conheceram começaram a divulgar a morte dele.
Autor e organizador de obras voltadas ao Jornalismo, Traquina foi professor na Universidade Nova de Lisboa, integrante do Departamento de Ciências da Comunicação (DCC) e fundador do Centro de Investigação Media e Jornalismo. Ele estava aposentado desde 2011 – mesmo ano em que voltou a morar nos Estados Unidos, onde morreu nesta semana. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido nos Estados Unidos, estudou em Denver (Estados Unidos) e em Paris (França). Em 1974, transferiu-se para Portugal, onde atuou durante a Revolução de Abril como correspondente de agências de notícias. No início dos anos de 1980, ingressou na Universidade Nova de Lisboa.
Nascido nos Estados Unidos, estudou em Denver (Estados Unidos) e em Paris (França). Em 1974, transferiu-se para Portugal, onde atuou durante a Revolução de Abril como correspondente de agências de notícias. No início dos anos de 1980, ingressou na Universidade Nova de Lisboa.
Ao longo de três décadas dedicadas aos estudos jornalísticos, tornou-se o investigador mais influente no campo em terras portuguesas. No Brasil, até hoje é um dos autores mais referenciados nos estudos em Jornalismo.
O Zero Hora destaca que "Traquina contribuiu para a formação de novos docentes e investigadores e marcou uma geração. Em 2012, ganhou um livro em sua homenagem: Pesquisa em Media e Jornalismo - Homenagem a Nelson Traquina, organizado por Isabel Ferin Cunha, Ana Cabrera, Jorge Pedro Sousa.
O Zero Hora destaca que "Traquina contribuiu para a formação de novos docentes e investigadores e marcou uma geração. Em 2012, ganhou um livro em sua homenagem: Pesquisa em Media e Jornalismo - Homenagem a Nelson Traquina, organizado por Isabel Ferin Cunha, Ana Cabrera, Jorge Pedro Sousa.
Na obra, ex-alunos e admiradores escreveram 12 artigos que refletem o legado e a influência de Traquina. Em 2013 recebeu homenagem da Universidade Nova de Lisboa como o principal incentivador dos estudos jornalísticos em Portugal.
Nas redes sociais, o Núcleo de Estudos de Rádio, grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), prestou homenagens ao professor pelas contribuições dele às Teorias do Jornalismo.
Nas redes sociais, o Núcleo de Estudos de Rádio, grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), prestou homenagens ao professor pelas contribuições dele às Teorias do Jornalismo.
"A sua contribuição às teorias do jornalismo inspirou pesquisas de vários dos nossos integrantes. Temos a certeza de que não será diferente no futuro. Sempre, em relação ao rádio ou a outros meios, alguém vai procurar o porquê das notícias serem como são".
Integrante do grupo, o professor Luiz Artur Ferraretto postou em sua página pessoal no Facebook "nossa solidariedade à família, amigos e colegas de Nelson Traquina, uma das mais importantes referências para a reflexão a respeito do Jornalismo e dos meios de comunicação no mundo lusófono".
A jornalista e pesquisadora gaúcha Janaína Kalsing foi orientada por Traquina durante o Mestrado na Universidade de Lisboa, entre 2009 e 2010. Ela lembra com carinho da relação com o mestre:
"Além de um grande pesquisar, o professor Traquina também era uma pessoa muito generosa e entusiasmada com o Jornalismo. Lembro que, na condição de estrangeira, ele sempre se preocupava se eu estava bem inserida na nova cidade, se precisava de qualquer tipo de auxílio. Antes ou depois da aula, costumávamos tomar um café na cantina da universidade, momento no qual falamos sobre nossas vidas, nossos sonhos. Ele era uma daquelas figuras de fala mansa e profunda. Quando a conversa era sobre jornalismo, o papo se desenrolava por horas, afinal, quem falava era um pensador e profundo conhecedor da área. Na nossa última troca de e-mail, em julho, havíamos combinado de nos ligar, para trocar algumas ideias. Ele escreveu: “estou em casa todos os dias. Irei sair às nove horas para comprar jornal, mas quase sempre estou em casa”. Ou seja, das poucas saídas, tendo em vista as limitações causadas pela convivência com uma diabetes que o acompanhava há várias décadas, o jornalismo estava presente. Estava planejando tê-lo na minha banca de doutorado, no final de 2020. Infelizmente, não será possível. Mas, fica a lembrança da sua imensa generosidade e humanidade".
Integrante do grupo, o professor Luiz Artur Ferraretto postou em sua página pessoal no Facebook "nossa solidariedade à família, amigos e colegas de Nelson Traquina, uma das mais importantes referências para a reflexão a respeito do Jornalismo e dos meios de comunicação no mundo lusófono".
A jornalista e pesquisadora gaúcha Janaína Kalsing foi orientada por Traquina durante o Mestrado na Universidade de Lisboa, entre 2009 e 2010. Ela lembra com carinho da relação com o mestre:
"Além de um grande pesquisar, o professor Traquina também era uma pessoa muito generosa e entusiasmada com o Jornalismo. Lembro que, na condição de estrangeira, ele sempre se preocupava se eu estava bem inserida na nova cidade, se precisava de qualquer tipo de auxílio. Antes ou depois da aula, costumávamos tomar um café na cantina da universidade, momento no qual falamos sobre nossas vidas, nossos sonhos. Ele era uma daquelas figuras de fala mansa e profunda. Quando a conversa era sobre jornalismo, o papo se desenrolava por horas, afinal, quem falava era um pensador e profundo conhecedor da área. Na nossa última troca de e-mail, em julho, havíamos combinado de nos ligar, para trocar algumas ideias. Ele escreveu: “estou em casa todos os dias. Irei sair às nove horas para comprar jornal, mas quase sempre estou em casa”. Ou seja, das poucas saídas, tendo em vista as limitações causadas pela convivência com uma diabetes que o acompanhava há várias décadas, o jornalismo estava presente. Estava planejando tê-lo na minha banca de doutorado, no final de 2020. Infelizmente, não será possível. Mas, fica a lembrança da sua imensa generosidade e humanidade".
LÁ VOU EU - "Adoto Tranquina em todas disciplinas que leciono há 15 anos na Estácio do Ceará. Tudo pelas suas teorias aliadas à pratica do bom Jornalismo, ético e defensor do social.
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