Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografai e Estatística (IBGE) mostra, que as mulheres ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas na pesquisa. Mesmo com uma queda na desigualdade salarial entre 2012 e 2018, as trabalhadoras ganham, em média, 20,5% menos que os homens no País.
“As maiores proximidades de rendimento, ainda que não haja igualdade, ocorreram no caso dos professores do ensino fundamental, em que as mulheres recebiam apenas 9,5% menos que os homens”, afirmou a analista da coordenação de Trabalho do IBGE, Adriana Beringuy.
Em seguida, destacam-se os dos trabalhadores de central de atendimento e de limpeza de interiores de edifícios, escritórios e outros estabelecimentos: as mulheres recebiam, respectivamente, 12,9% e 12,4% menos que os homens.
Entretanto, estão na agricultura e nos comércios varejistas e atacadistas as maiores desigualdades salariais entre homens e mulheres. As mulheres agricultoras e as gerentes de comércios varejistas e atacadistas, recebem, respectivamente, 35,8% e 34% menos que os homens.
O estudo do IBGE feito para o Dia Internacional da Mulher teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2018. Ele mostra que a diferença entre carga horária diária trabalhada de homens e mulheres vem diminuindo.
“Verificamos isso todos os anos, essa diferença já foi de seis horas. É uma característica do mercado de trabalho, uma vez que isso indica apenas as horas nesse setor”, disse Adriana Beringuy. Entretanto, este resultado se deu muito mais por conta de uma redução na carga horária de trabalho dos homens. Em 2012, a diferença era de 6h, mas caiu em 2018 para cerca de 4h48min.
Adriana ressalta, no entanto, que a jornada apresentada na pesquisa não reflete de fato o que a mulher trabalha em todo o seu dia. “A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”, afirmou.
Reflexos na participação da mulher no mercado
Hoje, as mulheres respondem por 43,8% dos 93 milhões de brasileiros ocupados. Na população acima de 14 anos, por exemplo, a proporção é diferente: 89,4 milhões (52,4%) são mulheres, enquanto 81,1 milhões (47,6%) são homens, constata o estudo.
Quando a comparação entre os rendimentos das mulheres e dos homens é feita de acordo com a ocupação, o estudo mostra que a desigualdade é disseminada no mercado de trabalho, embora varie de intensidade.
“A mulher acaba tendo participação maior na população desocupada e na população fora da força de trabalho. Temos muitas procurando trabalho ou na inatividade, ou seja, não procuram emprego, por inúmeras questões”, avalia Adriana.
Em 2018, o rendimento médio das mulheres ocupadas com entre 25 e 49 anos de idade (R$ 2.050) equivalia a 79,5% do recebido pelos homens (R$ 2.579) nesse mesmo grupo etário. Considerando-se a cor ou raça, a proporção de rendimento médio da mulher branca ocupada em relação ao do homem branco ocupado (76,2%) era menor que essa razão entre mulher e homem de cor preta ou parda (80,1%).
Ainda no grupo etário dos 25 aos 49 anos, o valor médio da hora trabalhada pelas mulheres era de R$ 13,0, ou 91,5% da hora trabalhada pelos homens (R$14,2). Se não considerarmos o tempo dedicado a afazeres domésticos e cuidados de pessoas, as mulheres trabalhavam, em média, 4,8 horas semanais a menos do que os homens
Considerando-se as ocupações selecionadas, a participação das mulheres era maior entre os Trabalhadores dos serviços domésticos em geral (95,0%), Professores do Ensino fundamental (84,0%), Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos (74,9%) e dos Trabalhadores de centrais de atendimento (72,2%). No grupo de Diretores e gerentes, as mulheres tinham participação de 41,8% e seu rendimento médio (R$ 4.435) correspondia a 71,3% do recebido pelos homens (R$ 6.216). Já entre os Profissionais das ciências e intelectuais, as mulheres tinham participação majoritária (63,0%) mas recebiam 64,8% do rendimento dos homens.
Em seguida, destacam-se os dos trabalhadores de central de atendimento e de limpeza de interiores de edifícios, escritórios e outros estabelecimentos: as mulheres recebiam, respectivamente, 12,9% e 12,4% menos que os homens.
Entretanto, estão na agricultura e nos comércios varejistas e atacadistas as maiores desigualdades salariais entre homens e mulheres. As mulheres agricultoras e as gerentes de comércios varejistas e atacadistas, recebem, respectivamente, 35,8% e 34% menos que os homens.
O estudo do IBGE feito para o Dia Internacional da Mulher teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2018. Ele mostra que a diferença entre carga horária diária trabalhada de homens e mulheres vem diminuindo.
“Verificamos isso todos os anos, essa diferença já foi de seis horas. É uma característica do mercado de trabalho, uma vez que isso indica apenas as horas nesse setor”, disse Adriana Beringuy. Entretanto, este resultado se deu muito mais por conta de uma redução na carga horária de trabalho dos homens. Em 2012, a diferença era de 6h, mas caiu em 2018 para cerca de 4h48min.
Adriana ressalta, no entanto, que a jornada apresentada na pesquisa não reflete de fato o que a mulher trabalha em todo o seu dia. “A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas”, afirmou.
Reflexos na participação da mulher no mercado
Hoje, as mulheres respondem por 43,8% dos 93 milhões de brasileiros ocupados. Na população acima de 14 anos, por exemplo, a proporção é diferente: 89,4 milhões (52,4%) são mulheres, enquanto 81,1 milhões (47,6%) são homens, constata o estudo.
Quando a comparação entre os rendimentos das mulheres e dos homens é feita de acordo com a ocupação, o estudo mostra que a desigualdade é disseminada no mercado de trabalho, embora varie de intensidade.
“A mulher acaba tendo participação maior na população desocupada e na população fora da força de trabalho. Temos muitas procurando trabalho ou na inatividade, ou seja, não procuram emprego, por inúmeras questões”, avalia Adriana.
Em 2018, o rendimento médio das mulheres ocupadas com entre 25 e 49 anos de idade (R$ 2.050) equivalia a 79,5% do recebido pelos homens (R$ 2.579) nesse mesmo grupo etário. Considerando-se a cor ou raça, a proporção de rendimento médio da mulher branca ocupada em relação ao do homem branco ocupado (76,2%) era menor que essa razão entre mulher e homem de cor preta ou parda (80,1%).
Ainda no grupo etário dos 25 aos 49 anos, o valor médio da hora trabalhada pelas mulheres era de R$ 13,0, ou 91,5% da hora trabalhada pelos homens (R$14,2). Se não considerarmos o tempo dedicado a afazeres domésticos e cuidados de pessoas, as mulheres trabalhavam, em média, 4,8 horas semanais a menos do que os homens
Considerando-se as ocupações selecionadas, a participação das mulheres era maior entre os Trabalhadores dos serviços domésticos em geral (95,0%), Professores do Ensino fundamental (84,0%), Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos (74,9%) e dos Trabalhadores de centrais de atendimento (72,2%). No grupo de Diretores e gerentes, as mulheres tinham participação de 41,8% e seu rendimento médio (R$ 4.435) correspondia a 71,3% do recebido pelos homens (R$ 6.216). Já entre os Profissionais das ciências e intelectuais, as mulheres tinham participação majoritária (63,0%) mas recebiam 64,8% do rendimento dos homens.
As ocupações com maior nível de instrução também mostram rendimentos desiguais. Entre os Professores do Ensino fundamental, as mulheres recebiam 90,5% do rendimento dos homens. Já entre os Professores de universidades e do ensino superior, cuja participação (49,8%) era próxima a dos homens, o rendimento das mulheres equivalia a 82,6% do recebido pelos homens. Outras ocupações de nível de instrução mais elevado, como Médicos especialistas e Advogados, mostravam participações femininas em torno de 52% e uma diferença maior entre os rendimentos de mulheres e homens, com percentuais de 71,8% e 72,6%, respectivamente.
O grupamento ocupacional com a menor desigualdade é o dos Membros das forças armadas, policiais, bombeiros e militares, no qual o rendimento das mulheres equivale, em média, a 100,7% do rendimento dos homens.
Essas e outras informações estão disponíveis no Estudo Especial sobre Diferenças no Rendimento do Trabalho de Mulheres e Homens nos Grupos Ocupacionais, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. A publicação completa pode ser acessada do lado direito desta página.
Mulher ganha 79,5% do rendimento médio recebido pelo homem - Em 2018, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13,0 para a mulheres e de R$14,2 para os homens, indicando que o valor do rendimento da mulher representava 91,5% daquele recebido pelos homens. Quando analisada a razão do rendimento de mulheres e homens (percentual do rendimento dos homens que as mulheres ganham), a proporção diminuía, sendo de 79,5%: valores de R$ 2.579 (homem) e R$ 2.050 (mulher).
Em média, o homem trabalhava 42,7 horas por semana, enquanto a mulher trabalhava 37,9 horas, sem considerarmos as horas dedicadas a afazeres domésticos e cuidados de pessoas; ou seja: as mulheres trabalhavam cerca de 4,8 horas a menos por semana na produção voltada para o mercado em 2018. A redução dessa diferença em comparação a 2012, quando era de 6,0 horas, foi decorrente de a redução das horas trabalhadas ter sido mais acentuada entre os homens (queda de 1,6 hora) do que entre as mulheres (0,4 hora).
Razão de rendimentos médios da mulher em relação ao homem cai com a idade - Em todos os anos da série, há uma tendência de queda da razão do rendimento da mulher com o crescimento da idade. Em 2018, a mulher ocupada de 25 a 29 anos de idade recebia 86,9% do rendimento médio do homem; a de 30 a 39 anos chegava a 81,6% e a de 40 a 49 anos baixava para 74,9%. Nesse último grupo, o rendimento médio da mulher era de R$ 2.199 e o do homem, R$ 2.935; já no primeiro (25 a 29 anos de idade) os valores eram de R$1.604 e R$ 1.846, respectivamente, mulheres e homens.
O movimento de queda da proporção de rendimento recebido pelas mulheres mais velhas acompanhava a redução da jornada média: no grupo de 25 a 29 anos de idade ela trabalha cerca de 3,6 horas a menos que o homem da mesma idade e no de grupo de 40 a 49 anos a diferença chega a 5,4 horas em 2018.
Considerando a trajetória de homens e mulheres ao longo do tempo, observou-se que o rendimento médio dos homens de 40 a 49 anos era 59,0% superior ao dos homens de 25 a 29 anos de idade. Entre as mulheres, o rendimento das mais velhas (40 a 49 anos) era 37,0% maior ao das mais jovens (25 a 29 anos).
Razão (%) do rendimento médio habitual de todos os trabalhos de mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados da semana de referência, segundo os grupos de idade - Brasil – 4º trimestre 2012-2018
Por outro lado, as mulheres da ocupação de Agricultores e trabalhadores qualificados em atividades da agricultura (exclusive hortas, viveiros e jardins) - que mostrava a menor proporção de mulheres (23,8%) -, recebiam 64,2% do rendimento dos homens.
Nas ocupações de Médicos especialista e Advogados que mostravam relativo equilíbrio da participação feminina (em torno de 52%) e demandam nível de instrução mais elevado em ambos os casos, a diferença de rendimento aumentava, com percentuais que diminuíam para 71,8% e 72,6%, respectivamente.
O grupamento ocupacional com a menor desigualdade é o dos Membros das forças armadas, policiais, bombeiros e militares, no qual o rendimento das mulheres equivale, em média, a 100,7% do rendimento dos homens.
Essas e outras informações estão disponíveis no Estudo Especial sobre Diferenças no Rendimento do Trabalho de Mulheres e Homens nos Grupos Ocupacionais, feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. A publicação completa pode ser acessada do lado direito desta página.
Mulher ganha 79,5% do rendimento médio recebido pelo homem - Em 2018, o valor médio da hora trabalhada era de R$ 13,0 para a mulheres e de R$14,2 para os homens, indicando que o valor do rendimento da mulher representava 91,5% daquele recebido pelos homens. Quando analisada a razão do rendimento de mulheres e homens (percentual do rendimento dos homens que as mulheres ganham), a proporção diminuía, sendo de 79,5%: valores de R$ 2.579 (homem) e R$ 2.050 (mulher).
Em média, o homem trabalhava 42,7 horas por semana, enquanto a mulher trabalhava 37,9 horas, sem considerarmos as horas dedicadas a afazeres domésticos e cuidados de pessoas; ou seja: as mulheres trabalhavam cerca de 4,8 horas a menos por semana na produção voltada para o mercado em 2018. A redução dessa diferença em comparação a 2012, quando era de 6,0 horas, foi decorrente de a redução das horas trabalhadas ter sido mais acentuada entre os homens (queda de 1,6 hora) do que entre as mulheres (0,4 hora).
Razão de rendimentos médios da mulher em relação ao homem cai com a idade - Em todos os anos da série, há uma tendência de queda da razão do rendimento da mulher com o crescimento da idade. Em 2018, a mulher ocupada de 25 a 29 anos de idade recebia 86,9% do rendimento médio do homem; a de 30 a 39 anos chegava a 81,6% e a de 40 a 49 anos baixava para 74,9%. Nesse último grupo, o rendimento médio da mulher era de R$ 2.199 e o do homem, R$ 2.935; já no primeiro (25 a 29 anos de idade) os valores eram de R$1.604 e R$ 1.846, respectivamente, mulheres e homens.
O movimento de queda da proporção de rendimento recebido pelas mulheres mais velhas acompanhava a redução da jornada média: no grupo de 25 a 29 anos de idade ela trabalha cerca de 3,6 horas a menos que o homem da mesma idade e no de grupo de 40 a 49 anos a diferença chega a 5,4 horas em 2018.
Considerando a trajetória de homens e mulheres ao longo do tempo, observou-se que o rendimento médio dos homens de 40 a 49 anos era 59,0% superior ao dos homens de 25 a 29 anos de idade. Entre as mulheres, o rendimento das mais velhas (40 a 49 anos) era 37,0% maior ao das mais jovens (25 a 29 anos).
Razão (%) do rendimento médio habitual de todos os trabalhos de mulheres em relação ao de homens de 25 a 49 anos de idade ocupados da semana de referência, segundo os grupos de idade - Brasil – 4º trimestre 2012-2018
Razão de rendimento da mulher preta ou parda em relação ao homem da mesma cor é maior do que da mulher branca - A PNAD Contínua mostra que o rendimento médio da população ocupada de cor preta ou parda correspondia, em média, a 60,0% do recebido pelos trabalhadores de cor branca, e que todas as mulheres ocupadas têm rendimento inferior ao dos homens da respectiva cor. No entanto, a proporção de rendimento médio recebido pela mulher branca ocupada em relação ao de homem branco ocupado (76,2%) era menor do que a da mulher de cor preta ou parda (80,1%) em relação ao homem do mesmo grupo de cor ou raça, em 2018. Essa desigualdade menor entre rendimentos de pretos e pardos pode estar relacionada ao fato dessa população ter maior participação em ocupações que frequentemente são remunerados pelo salário mínimo. Esse comportamento foi observado em toda a série histórica.
Nível de instrução da população ocupada aumentou entre 2012 e 2018 - Em 2012, 13,1% dos homens ocupados tinham o Ensino superior, passado para 18,4% em 2018. Entre as mulheres essa estimativa foi de 16,5% (2012) para 22,8% (22,0%). Em 2018, o rendimento médio mais baixo, segundo o nível de instrução, era o da mulher do grupo sem instrução e fundamental incompleto (R$ 880), enquanto o mais elevado era recebido por homens de Nível superior completo (R$ 5.928).
De 2013 a 2018, a razão de rendimento entre mulheres e homens sem instrução e fundamental incompleto tinha o percentual mais elevado entre os níveis de instrução. De 2012 a 2014, a razão crescia com o nível de instrução; já em 2017 e 2018, essa trajetória se inverteu e as mulheres com nível superior completo apresentaram os menores percentuais (62,7% em 2017 e 64,3% em 2018).
Participação das mulheres é maior no apoio administrativo e nas ciências
Ao se fazer a distribuição da população ocupada de 25 a 49 anos de idade segundo os grupamentos ocupacionais, os principais percentuais foram observados entre os Profissionais das ciências e intelectuais(13,0%); Trabalhadores qualificados, operários e artesões (13,0%); Ocupações elementares (16,5%) e os Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (22,1%). Com participação bem menores de ocupados, estavam os Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (1,0%), Diretores e gerentes (4,7%) e Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (4,7%).
A participação das mulheres se destacou nas ocupações elementares (55,3%), trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (59,0%), entre os profissionais das ciências e intelectuais (63,0%) e como trabalhadoras de apoio administrativo (64,5%).
Distribuição percentual (%) da população de 25 a 49 anos de idade ocupada na semana de referência, por grupamentos ocupacionais do trabalho principal, segundo o sexo - Brasil - 4º trimestre - 2018
Foram analisados, para cada grupo ocupacional, o rendimento médio habitual do trabalho principal, a participação percentual das mulheres na ocupação, o percentual de horas trabalhadas pelas mulheres em comparação a dos homens e a diferença do rendimento em 2018. Os maiores rendimentos médios ocorreram nos grupamentos dos Diretores e gerentes, no dos Profissionais das ciências e intelectuais e entre os Membros das forças armadas, policiais e bombeiros, tanto para os homens quanto para as mulheres.
No primeiro grupo (Diretores e gerentes), o rendimento médio das mulheres (R$ 4.435) correspondia a 71,3% do recebido pelos homens (R$ 6.216). Já no grupamento dos Profissionais das ciências e intelectuais, no qual as mulheres tinham participação majoritária (63,0%), a razão dos rendimentos baixava para 64,8%.
As mulheres também apresentavam participação acima de 60% no grupo dos Trabalhadores de apoio administrativo, contudo, o percentual do rendimento médio delas era bastante superior àquele registrado no grupo dos Profissionais das ciências e intelectuais, atingindo a razão de 86,2%.
O grupamento ocupacional com a menor desigualdade é o dos Membros das forças armadas, policiais, bombeiros e militares, no qual o rendimento das mulheres equivale, em média, a 100,7% do rendimento dos homens.
Rendimento médio habitual do trabalho principal da população de 25 a 49 anos de idade ocupada na semana de referência, por sexo, segundo os grupamentos ocupacionais, participação de mulheres na ocupação e razão (%) do rendimento de mulheres em relação ao de homens - Brasil - 4º trimestre -2018
Grupamentos ocupacionais | Rendimento médio habitual do trabalho principal (R$) | Participação de mulheres na poulação ocupada (%) | Percentual de horas trabalhadas na semana de referência pela mulheres em relação a de homens (%) | Razão do rendimento médio habitual de mulheres em relação ao de homens (%) | |
---|---|---|---|---|---|
Homem | Mulher | ||||
Total | 2.491 | 1.978 | 45,6 | 88,4 | 79,4 |
Diretores e gerentes | 6.216 | 4.435 | 41,8 | 95,5 | 71,3 |
Profissionais das ciências e intelectuais | 5.890 | 3.819 | 63,0 | 90,3 | 64,8 |
Técnicos e profissionais de nível médio | 3.320 | 2.386 | 45,2 | 95,4 | 71,9 |
Trabalhadores de apoio administrativo | 2.071 | 1.785 | 64,5 | 97,2 | 86,2 |
Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados | 1.958 | 1.295 | 59,0 | 88,0 | 66,2 |
Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca | 1.397 | 999 | 21,1 | 82,6 | 71,5 |
Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios | 1.752 | 1.150 | 16,2 | 83,0 | 65,7 |
Operadores de instalações e máquinas e montadores | 1.895 | 1.303 | 13,8 | 92,3 | 68,8 |
Ocupações elementares | 1.060 | 951 | 55,3 | 86,1 | 89,8 |
Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares | 5.301 | 5.338 | 13,2 | 89,8 | 100,7 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. |
Sem considerar os afazeres domésticos, a jornada de trabalho das mulheres é menor que a dos homens - Em média, sem considerarmos os afazeres domésticos e cuidados de pessoas, a jornada de trabalho semanal da mulher era 4,9 horas inferior à jornada dos homens. Essa diferença era menor nos grupamentos de Dirigentes e gerentes (-2,0 horas), dos Técnicos e profissionais de nível médio (-1,9 hora) e a de Trabalhadores de apoio administrativo (-1,2 hora).
Por outo lado, as mulheres dos grupos de Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios trabalhavam, em média, 7,0 horas a menos que os homens. Nesses dois últimos grupamentos, entretanto, estavam as menores diferença de valor da hora trabalhada (menos R$ 1,1 e R$ 1,6, respectivamente). As mulheres tinham o valor da hora trabalhada superior a dos homens apenas nas Ocupações elementares (R$ 0,70) e entre os Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (R$ 3,90).
Foi observada a tendência de redução do percentual de ganho de rendimento da mulher com o aumento da idade em, praticamente, todos os grupos ocupacionais. A maior redução ocorria no grupamento dos Trabalhadoras qualificadas da agropecuária, florestais, da caça e da pesca, grupamento em que a mulher de 25 a 29 anos recebia 88,4% do rendimento masculino, enquanto a de 40 a 49 anos tinham essa proporção caia para 64,5%. Por outro lado, as mulheres das Ocupações elementares foram as únicas a não registrarem esse movimento de queda conforme o aumento da idade, mantendo a razão em torno de 89,0%.
Quanto à cor ou raça, os grupamentos de Dirigentes e gerentes (64,1%) e Profissionais das ciências e intelectuais (60,4%) tinham as maiores proporções de pessoas brancas, enquanto os das ocupações elementares (69,1%) e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (60,3%) registravam as principais participações de trabalhadores da cor preta ou parda.
A diferença de rendimentos da mulher branca em relação ao homem branco era maior do que aquela existente entre a mulher preta ou parda frete ao homem de cor preta ou parda. Esse mesmo comportamento foi, principalmente, reproduzido nos grupamentos de Dirigentes e gerentes (70,5% e 81,3%), Profissionais das ciências e intelectuais (62,9% e 70,3%) e dos Trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (66,4% e 72,1%). Por outro lado, nos grupamentos dos Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (66,8% e 65,7%) e dos Trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (68,1% e 60,8%) as razões de rendimento das mulheres pretas ou parda eram inferiores as das mulheres cor branca frente ao homem branco.
Ocupações com maior nível de instrução também mostram rendimentos desiguais - Em 2018, o rendimento médio da população ocupada de 25 a 49 anos de idade era de R$ 2.260. O percentual do rendimento médio recebido pelas mulheres era predominantemente inferior ao dos homens em todas as ocupações selecionadas, independentemente de a ocupação apresentar baixa ou elevada participação feminina ou ter rendimentos baixos ou elevados.
A participação das mulheres no contingente de ocupados era maior entre os Trabalhadores dos serviços domésticos em geral (95,0%), Professores do Ensino fundamental (84,0%), Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos (74,9%) e dos Trabalhadores de centrais de atendimento (72,2%).
Dessas ocupações, a de Professores do Ensino fundamental tinha a maior razão de rendimento entre mulheres e homens (90,5%). Já entre os Professores de universidades e do ensino superior, o rendimento das mulheres equivalia a 82,6% do recebido pelos homens, enquanto sua participação era praticamente a metade (49,8%).
Média de horas trabalhadas e rendimento médio habitual do trabalho principal da população de 25 a 49 anos ocupada semana de referência, por sexo, segundo as ocupações selecionadas - Brasil - 4º trimestre – 2018
Famílias ocupacionais | Média de horas trabalhadas na semana de referência (h) | Rendimento médio habitual(R$) | Participação da mulher no contingente da ocupação (%) | Percentual de horas trabalhadas na semana de referência pela mulheres em relação a de homens (%) | Percentual do valor do rendimento médio habtual recebido pelas mulheres em relação a de homens (%) | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Total | Homem | Mulher | Total | Homem | Mulher | ||||
Total | 39,8 | 42,0 | 37,1 | 2.260 | 2.491 | 1.978 | 45,6 | 88,4 | 79,4 |
Gerentes de comércios atacadistas e varejistas | 46,4 | 47,9 | 44,8 | 3.390 | 4.045 | 2.668 | 47,7 | 93,5 | 66,0 |
Professores de universidades e do ensino superior | 34,4 | 36,0 | 32,9 | 6.525 | 7.145 | 5.901 | 49,8 | 91,5 | 82,6 |
Professores do ensino fundamental | 31,3 | 31,5 | 31,2 | 2.506 | 2.723 | 2.465 | 84,0 | 99,0 | 90,5 |
Médicos especialistas | 41,6 | 43,2 | 40,2 | 14.929 | 17.572 | 12.618 | 53,2 | 93,0 | 71,8 |
Advogados e juristas | 39,5 | 40,6 | 38,4 | 5.978 | 6.931 | 5.033 | 50,1 | 94,6 | 72,6 |
Escriturários gerais | 40,0 | 40,1 | 40,0 | 2.062 | 2.264 | 1.966 | 67,9 | 99,7 | 86,9 |
Trabalhadores de centrais de atendimento | 38,8 | 39,2 | 38,7 | 1.275 | 1.405 | 1.225 | 72,2 | 98,7 | 87,1 |
Balconistas e vendedores de lojas | 43,3 | 44,0 | 42,9 | 1.471 | 1.791 | 1.279 | 62,9 | 97,4 | 71,4 |
Agricultores e trabalhadores qualificados em atividades da agricultura (exclusive hortas, viveiros e jardins) | 39,2 | 40,7 | 34,4 | 1.298 | 1.373 | 882 | 23,8 | 84,6 | 64,2 |
Trabalhadores dos serviços domésticos em geral | 31,1 | 41,8 | 30,5 | 855 | 1.041 | 845 | 95,0 | 72,9 | 81,2 |
Trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos | 39,6 | 41,7 | 38,9 | 1.153 | 1.270 | 1.113 | 74,9 | 93,1 | 87,6 |
Por outro lado, as mulheres da ocupação de Agricultores e trabalhadores qualificados em atividades da agricultura (exclusive hortas, viveiros e jardins) - que mostrava a menor proporção de mulheres (23,8%) -, recebiam 64,2% do rendimento dos homens.
Nas ocupações de Médicos especialista e Advogados que mostravam relativo equilíbrio da participação feminina (em torno de 52%) e demandam nível de instrução mais elevado em ambos os casos, a diferença de rendimento aumentava, com percentuais que diminuíam para 71,8% e 72,6%, respectivamente.
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