Morre o radialista e publicitário Luiz Carlos Amaral (foto Facebook), aos 59 anos.
O Blog publica textos de Cláudio Teran e Nonato Albuquerque sobre Luiz Carlos Amaral, que ao se formar em Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Estácio do Ceará, onde participei da banca dele como orientador tinha muitos planos para a Comunicação e cursar Jornalismo.
Com a palavra Cláudio Teran:
"Luiz Carlos Amaral saiu da vida aos 59 anos. Ele foi atropelado por uma motocicleta no bairro onde vivia, na noite de sexta-feira (26). Chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Maranhense de Caxias, Amaral estava no Ceará desde 1985. Cheguei uns meses antes dele. O começo não foi fácil, mas ele não desistiu, até obter um contrato na Rádio Verdes Mares como repórter.
Sentia saudades da família, e não tinha dinheiro para trazer mulher e filhos, então jogou na extinta Loto, e acertou na quadra. Não era o prêmio máximo, mas rendeu um bom dinheiro. Ele alugou casa, mobiliou, e foi buscar seus familiares.
A carreira - Luiz Carlos Amaral amava o Rádio e começou nas emissoras de sua terra, narrando futebol. A decisão de tentar a sorte no Ceará foi por achar que poderia se destacar em Fortaleza. No Sistema Verdes Mares (SVM) ele de fato despontou na reportagem, foi apresentador de programas, repórter esportivo e narrador. O SVM o demitiu em 1992, e então ele foi acolhido pelo saudoso Moreira Neto na equipe de Rádio do Governo do Estado (Era Tasso).
As viagens pelo Ceará o tornaram conhecido de todos os profissionais do Radio e mídias. Ao lado dele fizemos coberturas memoráveis entre elas a inauguração do Açude Castanhão. Passou também pelas rádios O Povo; Metro; Ceará Rádio Clube; e Cidade AM. Como repórter foi um sujeito versátil, encarava qualquer pauta, mas gostava mesmo, de verdade de narrar partidas de futebol. O neguinho também era teimoso, obstinado, motivado e dono um humor especial, irônico, e ao mesmo tempo metido a valente, apesar do físico. "Metido não, eu sou cabra valente, não venha não", dizia entre gargalhadas. No começo dos anos dois mil, Luiz Carlos decidiu estudar e formou-se em Comunicação Social, o que o orgulhava. "Diploma é outro nível", dizia. Também narrou jogos para a TV Diário, e atuou como animador de eventos e festas.
O AVENTUREIRO - Amaral se candidatou a deputado estadual (2002) e, antes, fez uma pesquisa para saber o que os colegas de Cambeba achavam. Ninguém aprovou, e ele; "já que é assim vou ser candidato". Outra dele foi a formação como juiz de futebol, o que de início o entusiasmou. Chegou a apitar uns jogos, mas desistiu, "por excesso de monotonia", me disse quando perguntei a razão.
ÚLTIMOS ANOS - Passou por quatro governos como membro da assessoria de imprensa do Estado. Por último atuou na Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).
Desde 2015, Amaral se debatia com problemas pessoais que o afastaram de tudo. Não trabalhava, e enfrentava uma depressão longa
EPITÁFIO - Dele guardarei as risadas, e as paródias que costumava fazer para tirar onda com os colegas e com a chefia. Algumas tinham letras de puro non sense, e impublicáveis. E a frase: "Sabe porque eu me visto bem? ´Não é vaidade, é pra mostrar que nego é gente, e que nesta munheca aqui ninguém pega"...
EPITÁFIO - Dele guardarei as risadas, e as paródias que costumava fazer para tirar onda com os colegas e com a chefia. Algumas tinham letras de puro non sense, e impublicáveis. E a frase: "Sabe porque eu me visto bem? ´Não é vaidade, é pra mostrar que nego é gente, e que nesta munheca aqui ninguém pega"...
Com a palavra Nonato Albuquerque:
"Tomei conhecimento, via postagem de Cláudio Teran, da morte física do radialista Luiz Carlos Amaral. Ele foi vítima de um acidente. Chegou a ser socorrido mas não resistiu.
Trabalhei com ele e nutria um profundo respeito pela maneira gentil e de trato dele para com todos. Senti muito quando ele foi demitido, ficando longe do veículo que ele mais gostava, o Rádio. Entrou em profunda depressão.
Conversei com ele e sua esposa, no intuito de agilizarmos uma ajuda médica para o seu tratamento mas, diante das ofertas minha e da Dina Sampaio, não surtiu efeito".
Trabalhei com ele e nutria um profundo respeito pela maneira gentil e de trato dele para com todos. Senti muito quando ele foi demitido, ficando longe do veículo que ele mais gostava, o Rádio. Entrou em profunda depressão.
Conversei com ele e sua esposa, no intuito de agilizarmos uma ajuda médica para o seu tratamento mas, diante das ofertas minha e da Dina Sampaio, não surtiu efeito".
O corpo de Luiz Carlos Amaral foi enterrado neste domingo (28) no Memorial Sol Poente, em Fortaleza..
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