As desigualdades de gênero têm repercussões econômicas e sociais que tornam as mulheres mais vulneráveis ao tráfico de pessoas. O alerta foi feito pela procuradora regional dos Direitos do Cidadão, Nilce Cunha Rodrigues, durante o Workshop em Migração e Tráfico de Pessoas, realizado nesta sexta-feira, 4 de maio, em Fortaleza, pela Escola Superior do Ministério Público do Ceará (ESMP).
Como resultado das desigualdades de gênero, as mulheres, lembrou Nilce, são mais afetadas pela pobreza e, consequentemente, pela falta de acesso a trabalho, moradia e alimentação. “O tráfico de pessoas só existe onde há desigualdades sociais e a situação de vulnerabilidade torna mais fácil que uma pessoa seja aliciada”, concluiu a procuradora.
Ao lado das mulheres, os refugiados formam outro grupo representativo entre as vítimas do tráfico de pessoas no mundo. Obrigados a deixarem o país de origem por questões políticas, econômicas e guerras, os refugiados ficam suscetíveis ao aliciamento para trabalhos forçados e exploração comercial sexual. No mapa de rotas do tráfico, o Brasil, antes identificado como país de origem de vítimas, passou a ser também passagem e destino de pessoas exploradas.
Além da procuradora que representou o Ministério Público Federal (MPF), o workshop foi conduzido pelo juiz federal Danilo Fontenele e pela delegada da Polícia Federal Juliana Pacheco. Fontenele lembrou que Fortaleza está entre as capitais com maior número de vítimas do tráfico internacional e explicou que os integrantes dos grupos criminosos se aproveitam de sonhos de uma vida melhor de pessoas vulneráveis, sendo alvos preferenciais mulheres de baixa renda e subempregadas. “Eles acabam com sonhos transformando a vida dessas pessoas num verdadeiro inferno”, disse.
Quem é aliciado costuma, segundo o juiz, ter vergonha de denunciar o crime quando consegue retornar ao país de origem. O receio da vítima em sofrer discriminação, aliado ao fato dos criminosos atuarem em células, sem conhecerem todos os integrantes do grupo, torna difícil o combate ao tráfico. Como consequência, ressaltou Nilce Cunha, há uma subnotificação dos casos. “Consideramos sempre que o número de vítimas é bem superior ao que apontam as pesquisas”, disse.
A solução para o crime, de acordo com a procuradora, passaria necessariamente por investimentos em formação dos cidadãos. O promotor de justiça Hugo Porto, que integrou a mesa de abertura do evento, chamou a atenção também para a necessidade das instituições públicas trabalharem de forma integrada para o enfrentamento ao crime.
Como resultado das desigualdades de gênero, as mulheres, lembrou Nilce, são mais afetadas pela pobreza e, consequentemente, pela falta de acesso a trabalho, moradia e alimentação. “O tráfico de pessoas só existe onde há desigualdades sociais e a situação de vulnerabilidade torna mais fácil que uma pessoa seja aliciada”, concluiu a procuradora.
Ao lado das mulheres, os refugiados formam outro grupo representativo entre as vítimas do tráfico de pessoas no mundo. Obrigados a deixarem o país de origem por questões políticas, econômicas e guerras, os refugiados ficam suscetíveis ao aliciamento para trabalhos forçados e exploração comercial sexual. No mapa de rotas do tráfico, o Brasil, antes identificado como país de origem de vítimas, passou a ser também passagem e destino de pessoas exploradas.
Além da procuradora que representou o Ministério Público Federal (MPF), o workshop foi conduzido pelo juiz federal Danilo Fontenele e pela delegada da Polícia Federal Juliana Pacheco. Fontenele lembrou que Fortaleza está entre as capitais com maior número de vítimas do tráfico internacional e explicou que os integrantes dos grupos criminosos se aproveitam de sonhos de uma vida melhor de pessoas vulneráveis, sendo alvos preferenciais mulheres de baixa renda e subempregadas. “Eles acabam com sonhos transformando a vida dessas pessoas num verdadeiro inferno”, disse.
Quem é aliciado costuma, segundo o juiz, ter vergonha de denunciar o crime quando consegue retornar ao país de origem. O receio da vítima em sofrer discriminação, aliado ao fato dos criminosos atuarem em células, sem conhecerem todos os integrantes do grupo, torna difícil o combate ao tráfico. Como consequência, ressaltou Nilce Cunha, há uma subnotificação dos casos. “Consideramos sempre que o número de vítimas é bem superior ao que apontam as pesquisas”, disse.
A solução para o crime, de acordo com a procuradora, passaria necessariamente por investimentos em formação dos cidadãos. O promotor de justiça Hugo Porto, que integrou a mesa de abertura do evento, chamou a atenção também para a necessidade das instituições públicas trabalharem de forma integrada para o enfrentamento ao crime.
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