Destino Jericoacoara
SILVIA HERRERA
Estadão.
Esta praia paradisíaca é umas das etapas do Circuito Cearense Beach Run, que une corrida de rua e turismo, e será realizada nos dias 7 e 8 de abril, com percursos de 7, 12 e 21K .
No sábado (7/4/18) serão realizadas as corridas de 7 e 12 km, com largada às 16h, em frente ao Club Ventos. E no domingo (8/4/18) a meia maratona largará às 6h, na Barraca Chez Loran (Lagoa do Paraíso). Organizado pela RR Soluções em Eventos, o Circuito Cearense Beach Run terá ainda etapas em Mundaú (CE), Porto das Dunas (CE) e Canoa Quebrada (CE). E uma etapa na Praia de Pipa (RN). Os inscritos nos cinco destinos cearenses ganham automaticamente a inscrição para a prova em Pipa. Além disso, existe a possibilidade da realização da etapa em Porto de Galinhas/PE, em outubro.
Este é o quarto ano do circuito, a primeira etapa ocorreu na Praia de Beberibe, com etapas de 5K e 15K. O campeão do trajeto mais longo foi Dicson Falcão, que aliás venceu o circuito completo nas três primeiras edições e já começou com vitória este ano. “Em Jeri, o trajeto é basicamente areia dura e fofa e alguns trechos curtos de vegetação rasteira, terra batida e alguns pedaços com rastros de água”, explica o campeão. Falcão é de Fortaleza e começou a correr aos 9 anos, na tradicional “Corrida de São Pivete”, sempre realizada em dezembro. Hoje ele tem sua própria assessoria esportiva, a KM, e leva sempre grupos para correr em outras cidades. “Os alunos adoram juntar o útil ao agradável, e este circuito é muito bom para isso, conheci essas praias correndo”, conta. Aliás, para quem desejar correr em Jeri ainda vagas. Falcão conta, que no trajeto da meia maratona a pior parte é subir o Serrote e a melhor parte, é a vista decima dessa elevação. “O visual é fora do comum”, avisa.
Para quem quer mais, há o Desafio do Jacaré. O corredor corre uma prova no sábado – de 7k ou de 12K – mais os 21k no domingo. Os concluintes do desafio vão ganhar uma medalha especial. “O desafio é uma supertarefa preparada para os mais resistentes e aficionados pela corrida. Por isso, resolvemos premiar os atletas que participarem das provas de sábado e também de domingo com uma medalha diferenciada, que honra o esforço por completar as duas provas. O nome surgiu porque alguns pescadores antigos alegam que o nome Jericoacoara vem do formato do Serrote (pequena serra ao lado da Vila), que visto do alto mar, tem o formato de um jacaré deitado, ou numa expressão local, de um ‘jacaré quarando ao sol'”, observa Ricardo Ramalho, organizador da prova.
Dicas de campeão
Dicson Falcão/arquivo pessoal
O percurso dos 21k reserva também 4k a beira da Lagoa do Paraíso, outro pedaço abençoado por natureza; e passa pela Duna do Coração, área de proteção ambiental que não é visitado por turistas. Desta vez Falcão vai fazer o trecho de 12K, sorte dos concorrentes da meia maratona. Há hidratação em postos da organização e um deles com isotônico. Quanto ao calçado, Falcão aconselha calçar um bem leve, de preferência de performance e com o cabedal bem fechado, para não deixar a areia entrar. Não há premiação em dinheiro, apenas medalhas de participação aos concluintes e troféus para os vencedores. Nesse circuito a intenção é oferecer uma experiência de corrida diferente, em cartões postais do nosso Nordeste.
Ricardo Ramalho é corredor amador e está no segmento há 12 anos. “Como amante de corridas, notei um crescimento muito grande do mercado aqui no Ceará. Nos três últimos anos, por exemplo, organizamos Encontro das Assessorias Esportivas, que justamente debate esse mercado. Vendo as demandas potenciais, lembrei de um grande hobby que tenho, o de viajar pelo litoral cearense. Comecei a experimentar então o desafio de organizar uma corrida na praia. Começamos justamente por Jericoacoara, com a Jeri Beach Run em 2015. No ano seguinte iniciamos o projeto em Canoa Quebrada. Fomos então identificando outros locais com potencial para receber etapas. Até que, em 2017, realizamos um projeto piloto em Jericoacoara, Mundaú, Beach Park, Canoa Quebrada – no litoral cearense – e Pipa, no Rio Grande do Norte”, explica Ramalho.
Os três trajetos em Jeri passam pelo Parque Nacional de Jericoacoara e próximo da Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Jijoca e por isso a organização toma uma série de cuidados com meio ambiente. No congresso técnico, por exemplo, representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque, realizam palestra para conscientizar os corredores sobre a conduta necessária na unidade de conservação. Uma das orientações é só descartar os copos de próximo ao staff da prova. Outra diferença, em vez de moto, o staff utiliza cavalos. E a limpeza do local se inicia imediatamente após o término das provas. Em caso de acidente, o primeiro atendimento será feito via quadriciclo, com suporte da ambulância da UPA de Jijoca.
“Apesar de já termos experiência de outras três provas em Jeri, todos os anos o desafio é grande. Temos que nos preocupar com diversos fatores. Destaco inicialmente o meio ambiente, já que na região de Jericoacoara temos duas unidades de conservação ambiental: o Parque Nacional de Jericoacoara e a Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Jijoca (que é estadual). Por isso, na sexta-feira, dia 6, os corredores participarão de um Congresso Técnico, onde recebem informações sobre a prova e também participam de uma palestra para conscientizá-los sobre a conduta necessária na unidade de conservação. A palestra é realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é responsável pela administração do Parque. Outros desafios que temos vêm da busca por apoios institucionais, patrocínios, sensibilização da rede hoteleira e de bares e restaurantes. Tudo isso para garantir que as corridas sejam um sucesso não só para nós quer organizamos, mas principalmente para o município. A montagem dos percursos é um grande desafio. Não podemos utilizar automóveis na maior parte. Carroças, cavalos, a colaboração dos coordenadores e staffs que trabalham na prova, diminui as dificuldades. Mas tudo é recompensado pelos belos cenários que a corrida percorre. É uma mistura de lagoa, dunas, trilhas, areia, coqueirais, praia”, destaca o organizador.
Vence o circuito o atleta que melhor se classificar em cada uma das etapas. Este ano a solenidade de premiação final está marcada para 10 de dezembro. Já acreditando no potencial do Circuito, está incluído no projeto a Beach Run Brasil Pipa, que entra como bonificação este ano, os inscritos nos cinco destinos cearense, ganham automaticamente a inscrição para a prova em Pipa, no Rio Grande do Norte. Além de Pipa existe a possibilidade da realização da Corrida em Porto De Galinhas/PE, em outubro. Dando a largada ao Circuito Nordestino Beach Run para 2019.
Próximas etapas:
16/6 – Praia de Mundaú (5km e 15km)
1º/9 – Night Beach Run / Beach Park (8km) – Porto das Dunas
3 e 4/11 – Canoa Quebrada (5km, 10km e 21km), mais Desafio da Lua
1º/12 – Praia de Pipa (5km, 10km)
SILVIA HERRERA
Estadão.
Esta praia paradisíaca é umas das etapas do Circuito Cearense Beach Run, que une corrida de rua e turismo, e será realizada nos dias 7 e 8 de abril, com percursos de 7, 12 e 21K .
No sábado (7/4/18) serão realizadas as corridas de 7 e 12 km, com largada às 16h, em frente ao Club Ventos. E no domingo (8/4/18) a meia maratona largará às 6h, na Barraca Chez Loran (Lagoa do Paraíso). Organizado pela RR Soluções em Eventos, o Circuito Cearense Beach Run terá ainda etapas em Mundaú (CE), Porto das Dunas (CE) e Canoa Quebrada (CE). E uma etapa na Praia de Pipa (RN). Os inscritos nos cinco destinos cearenses ganham automaticamente a inscrição para a prova em Pipa. Além disso, existe a possibilidade da realização da etapa em Porto de Galinhas/PE, em outubro.
Este é o quarto ano do circuito, a primeira etapa ocorreu na Praia de Beberibe, com etapas de 5K e 15K. O campeão do trajeto mais longo foi Dicson Falcão, que aliás venceu o circuito completo nas três primeiras edições e já começou com vitória este ano. “Em Jeri, o trajeto é basicamente areia dura e fofa e alguns trechos curtos de vegetação rasteira, terra batida e alguns pedaços com rastros de água”, explica o campeão. Falcão é de Fortaleza e começou a correr aos 9 anos, na tradicional “Corrida de São Pivete”, sempre realizada em dezembro. Hoje ele tem sua própria assessoria esportiva, a KM, e leva sempre grupos para correr em outras cidades. “Os alunos adoram juntar o útil ao agradável, e este circuito é muito bom para isso, conheci essas praias correndo”, conta. Aliás, para quem desejar correr em Jeri ainda vagas. Falcão conta, que no trajeto da meia maratona a pior parte é subir o Serrote e a melhor parte, é a vista decima dessa elevação. “O visual é fora do comum”, avisa.
Para quem quer mais, há o Desafio do Jacaré. O corredor corre uma prova no sábado – de 7k ou de 12K – mais os 21k no domingo. Os concluintes do desafio vão ganhar uma medalha especial. “O desafio é uma supertarefa preparada para os mais resistentes e aficionados pela corrida. Por isso, resolvemos premiar os atletas que participarem das provas de sábado e também de domingo com uma medalha diferenciada, que honra o esforço por completar as duas provas. O nome surgiu porque alguns pescadores antigos alegam que o nome Jericoacoara vem do formato do Serrote (pequena serra ao lado da Vila), que visto do alto mar, tem o formato de um jacaré deitado, ou numa expressão local, de um ‘jacaré quarando ao sol'”, observa Ricardo Ramalho, organizador da prova.
Dicas de campeão
Dicson Falcão/arquivo pessoal
O percurso dos 21k reserva também 4k a beira da Lagoa do Paraíso, outro pedaço abençoado por natureza; e passa pela Duna do Coração, área de proteção ambiental que não é visitado por turistas. Desta vez Falcão vai fazer o trecho de 12K, sorte dos concorrentes da meia maratona. Há hidratação em postos da organização e um deles com isotônico. Quanto ao calçado, Falcão aconselha calçar um bem leve, de preferência de performance e com o cabedal bem fechado, para não deixar a areia entrar. Não há premiação em dinheiro, apenas medalhas de participação aos concluintes e troféus para os vencedores. Nesse circuito a intenção é oferecer uma experiência de corrida diferente, em cartões postais do nosso Nordeste.
Ricardo Ramalho é corredor amador e está no segmento há 12 anos. “Como amante de corridas, notei um crescimento muito grande do mercado aqui no Ceará. Nos três últimos anos, por exemplo, organizamos Encontro das Assessorias Esportivas, que justamente debate esse mercado. Vendo as demandas potenciais, lembrei de um grande hobby que tenho, o de viajar pelo litoral cearense. Comecei a experimentar então o desafio de organizar uma corrida na praia. Começamos justamente por Jericoacoara, com a Jeri Beach Run em 2015. No ano seguinte iniciamos o projeto em Canoa Quebrada. Fomos então identificando outros locais com potencial para receber etapas. Até que, em 2017, realizamos um projeto piloto em Jericoacoara, Mundaú, Beach Park, Canoa Quebrada – no litoral cearense – e Pipa, no Rio Grande do Norte”, explica Ramalho.
Os três trajetos em Jeri passam pelo Parque Nacional de Jericoacoara e próximo da Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Jijoca e por isso a organização toma uma série de cuidados com meio ambiente. No congresso técnico, por exemplo, representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque, realizam palestra para conscientizar os corredores sobre a conduta necessária na unidade de conservação. Uma das orientações é só descartar os copos de próximo ao staff da prova. Outra diferença, em vez de moto, o staff utiliza cavalos. E a limpeza do local se inicia imediatamente após o término das provas. Em caso de acidente, o primeiro atendimento será feito via quadriciclo, com suporte da ambulância da UPA de Jijoca.
“Apesar de já termos experiência de outras três provas em Jeri, todos os anos o desafio é grande. Temos que nos preocupar com diversos fatores. Destaco inicialmente o meio ambiente, já que na região de Jericoacoara temos duas unidades de conservação ambiental: o Parque Nacional de Jericoacoara e a Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Jijoca (que é estadual). Por isso, na sexta-feira, dia 6, os corredores participarão de um Congresso Técnico, onde recebem informações sobre a prova e também participam de uma palestra para conscientizá-los sobre a conduta necessária na unidade de conservação. A palestra é realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é responsável pela administração do Parque. Outros desafios que temos vêm da busca por apoios institucionais, patrocínios, sensibilização da rede hoteleira e de bares e restaurantes. Tudo isso para garantir que as corridas sejam um sucesso não só para nós quer organizamos, mas principalmente para o município. A montagem dos percursos é um grande desafio. Não podemos utilizar automóveis na maior parte. Carroças, cavalos, a colaboração dos coordenadores e staffs que trabalham na prova, diminui as dificuldades. Mas tudo é recompensado pelos belos cenários que a corrida percorre. É uma mistura de lagoa, dunas, trilhas, areia, coqueirais, praia”, destaca o organizador.
Vence o circuito o atleta que melhor se classificar em cada uma das etapas. Este ano a solenidade de premiação final está marcada para 10 de dezembro. Já acreditando no potencial do Circuito, está incluído no projeto a Beach Run Brasil Pipa, que entra como bonificação este ano, os inscritos nos cinco destinos cearense, ganham automaticamente a inscrição para a prova em Pipa, no Rio Grande do Norte. Além de Pipa existe a possibilidade da realização da Corrida em Porto De Galinhas/PE, em outubro. Dando a largada ao Circuito Nordestino Beach Run para 2019.
Próximas etapas:
16/6 – Praia de Mundaú (5km e 15km)
1º/9 – Night Beach Run / Beach Park (8km) – Porto das Dunas
3 e 4/11 – Canoa Quebrada (5km, 10km e 21km), mais Desafio da Lua
1º/12 – Praia de Pipa (5km, 10km)
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