O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), da rede pública do Governo do Ceará, em parceria com o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Governo Federal, realizou o primeiro transplante de medula óssea para tratamento da micose fungóide, um tipo de linfoma de pele raro. O procedimento, inédito no Estado, foi realizado em uma paciente que apresentava estágio avançado da doença.
“Ela já não respondia mais ao tratamento de quimioterapia, então a única opção era realizar o transplante de medula óssea para eliminar as células cancerígenas”, afirma o hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe de transplante do Hemoce e do HUWC.
Segundo o médico, a micose fungóide provoca lesões na pele com grandes tumores. “É um linfoma raro que para cada cem mil pessoas acontece 0,36 caso. No Brasil, existem poucos relatos de transplantes como esse. Apesar de ser rara, em algumas situações, cerca de 50%, a doença pode ser avançada e se não houver resposta a um tratamento convencional, o transplante de medula óssea é a única alternativa”, explica.
A paciente transplantada tem 46 anos e mora em Juazeiro do Norte, município a 500 quilômetros de Fortaleza. Ela se recupera bem do procedimento que foi realizado há um mês. “O primeiro passo foi localizar o doador na família. Os parentes da receptora fizeram alguns exames no Hemoce como, por exemplo, o HLA, que faz o mapeamento genético para verificar se existe ou não a compatibilidade de células”, fala Fernando Barroso. A compatibilidade, neste caso, foi com um irmão da paciente que apresentou boas condições de saúde para ser doador.
Todo o procedimento da doação de medula óssea aconteceu no Hemoce. A coleta foi feita através da máquina de aférese, equipamento que retira apenas uma das células desejadas do sangue pela veia do braço. Após a doação, o material foi enviado para o Hospital Universitário Walter Cantídio onde o transplante foi realizado. O procedimento que durou cerca de uma hora contou com uma equipe multidisciplinar de 40 profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social, psicólogo, entre outros. “É uma conquista para o nosso estado ter realizado com sucesso o primeiro transplante de micose fungóide no Ceará. Para nós é motivo de felicidade saber que através da medicina, dos avanços e de uma equipe do serviço público preparada, é possível salvar a vida de pacientes tanto da capital como do interior”, afirma o hematologista.
Ainda de acordo com Fernando Barroso, a chance de sobrevida do paciente após o transplante é alta. “Os casos registrados mostram que 100% dos pacientes transplantados respondem bem ao procedimento e após um ano a taxa de sobrevida aumenta em até 75%. No caso da paciente no Ceará, ela recebeu alta, passa bem e as lesões apresentadas na pele por conta doença diminuíram significativamente após o procedimento”, comemora.
Transplantes
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue. A parceria do Hemoce com o Walter Cantídio acontece desde 2008 com a realização de transplantes de medula óssea autólogo, quando a medula transplantada é do próprio paciente. A partir de 2013, foi possível também oferecer à população o transplante alogênico, quando o tecido transplantado provém de outra pessoa, o doador. Já foram realizados 366 transplantes de medula óssea no Estado.
Além da realização dos exames, o Hemoce também coleta células para transplante alogênico não aparentado em pacientes de outros estados e países. Esse procedimento começou a ser realizado em 2012. Foram feitas 44 coletas sendo 20 para transplante de medula óssea em outros estados e 24 em outros países (Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia).
Doe medula óssea
Para se cadastrar, o voluntário precisa ter entre 18 e 55 anos de idade, estar saudável, não tenha tido câncer e apresentar um documento de identificação oficial com foto. O doador preenche uma ficha com dados pessoais e é coletada uma amostra de 5ml de sangue. O cadastro é realizado em todas as unidades de coleta do Hemoce.
“Ela já não respondia mais ao tratamento de quimioterapia, então a única opção era realizar o transplante de medula óssea para eliminar as células cancerígenas”, afirma o hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe de transplante do Hemoce e do HUWC.
Segundo o médico, a micose fungóide provoca lesões na pele com grandes tumores. “É um linfoma raro que para cada cem mil pessoas acontece 0,36 caso. No Brasil, existem poucos relatos de transplantes como esse. Apesar de ser rara, em algumas situações, cerca de 50%, a doença pode ser avançada e se não houver resposta a um tratamento convencional, o transplante de medula óssea é a única alternativa”, explica.
A paciente transplantada tem 46 anos e mora em Juazeiro do Norte, município a 500 quilômetros de Fortaleza. Ela se recupera bem do procedimento que foi realizado há um mês. “O primeiro passo foi localizar o doador na família. Os parentes da receptora fizeram alguns exames no Hemoce como, por exemplo, o HLA, que faz o mapeamento genético para verificar se existe ou não a compatibilidade de células”, fala Fernando Barroso. A compatibilidade, neste caso, foi com um irmão da paciente que apresentou boas condições de saúde para ser doador.
Todo o procedimento da doação de medula óssea aconteceu no Hemoce. A coleta foi feita através da máquina de aférese, equipamento que retira apenas uma das células desejadas do sangue pela veia do braço. Após a doação, o material foi enviado para o Hospital Universitário Walter Cantídio onde o transplante foi realizado. O procedimento que durou cerca de uma hora contou com uma equipe multidisciplinar de 40 profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social, psicólogo, entre outros. “É uma conquista para o nosso estado ter realizado com sucesso o primeiro transplante de micose fungóide no Ceará. Para nós é motivo de felicidade saber que através da medicina, dos avanços e de uma equipe do serviço público preparada, é possível salvar a vida de pacientes tanto da capital como do interior”, afirma o hematologista.
Ainda de acordo com Fernando Barroso, a chance de sobrevida do paciente após o transplante é alta. “Os casos registrados mostram que 100% dos pacientes transplantados respondem bem ao procedimento e após um ano a taxa de sobrevida aumenta em até 75%. No caso da paciente no Ceará, ela recebeu alta, passa bem e as lesões apresentadas na pele por conta doença diminuíram significativamente após o procedimento”, comemora.
Transplantes
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue. A parceria do Hemoce com o Walter Cantídio acontece desde 2008 com a realização de transplantes de medula óssea autólogo, quando a medula transplantada é do próprio paciente. A partir de 2013, foi possível também oferecer à população o transplante alogênico, quando o tecido transplantado provém de outra pessoa, o doador. Já foram realizados 366 transplantes de medula óssea no Estado.
Além da realização dos exames, o Hemoce também coleta células para transplante alogênico não aparentado em pacientes de outros estados e países. Esse procedimento começou a ser realizado em 2012. Foram feitas 44 coletas sendo 20 para transplante de medula óssea em outros estados e 24 em outros países (Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia).
Doe medula óssea
Para se cadastrar, o voluntário precisa ter entre 18 e 55 anos de idade, estar saudável, não tenha tido câncer e apresentar um documento de identificação oficial com foto. O doador preenche uma ficha com dados pessoais e é coletada uma amostra de 5ml de sangue. O cadastro é realizado em todas as unidades de coleta do Hemoce.
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