O chefe da Força Tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, foi taxativo hoje, em Fortaleza: "a Lava Jato não vai morrer, mesmo com os ataques sofridos. Ela vai continuar e não vai cessar só porque está atingindo poderosos". Para o procurador o que aconteceu foi uma redução no número de etapas da Operação "por causa do sufocamento de trabalho da Polícia Federal". Segundo ela força tarefa é "um time bastante preparado tecnicamente que está cheio de energia para combater graves crimes que fazem todos nós sofrermos".
Foto: Luiz Henrique Campos |
O sobre o recurso do Ministério Público Federal quanto a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita pelo juiz Sérgio Moro, de nove anos e meio de prisão, Dallagnol disse que "os pontos do recurso estão em análise, em estudo, mas dentre eles estará a ampliação da pena. O que nós temos visto é que o tribunal no Rio Grande do Sul tem ampliado as penas aplicadas pelos juiz Sérgio Moro, que têm sido brandas para a gravidade dos fatos em estão sob consideração".
Dallagnol credita o sucesso da Lava Jato as investigações bem feitas. "Quando as provas são fortes, os fatos são graves e as investigações são cuidadosas não resta outra defesa que não seja a política, de que está sendo perseguido. Se buscar desqualificar e atacar a credibilidade dos investigadores".
Sobre a polêmica entre o atual procurador geral da República, Rodrigo Janot e a futura procuradora Raquel Dodge quanto ao orçamento para a Lava Jato, Dallagnol elogiou Janot "que até ampliou nosso trabalho e este foi compromisso dele e da nova procuradora, que toma posse em setembro, que inclusive foi promessa dela de campanha de preservar na integra o trabalho da Lava Jato e vejo com muito bons olhos isso com o atendimento adequado à força tarefa em Curitiba. Então nada em relação a nenhuma demanda nossa foi dito não por Janot. Se isso aconteceu no papel isso seria revisto diante demanda nossa e acredito na luta dos procuradores na luta contra a corrupção".
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