"De esquerda, direita ou centro, próximo governo vai ter que tratar da Reforma da Previdência", diz Tasso
Foto: Reprodução TV Senado |
“A
reforma da Previdência será tema do próximo presidente da
República”, acredita o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE),
presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). De acordo com
ele, a Previdência tem um “deficit dramático” e para muita
gente “ainda não caiu a ficha” da real situação. As
declarações de Tasso foram dadas em entrevista à TV Senado.
Ele
acha difícil prever se a matéria vai ou não ser debatida na CAE no
próximo semestre, diante da inconstância vivida na política
brasileira. “Acho muito difícil uma reforma da Previdência que
seja votada na Câmara e já chegue aqui no Senado ano que vem.
Espero que aconteça. É muito importante para o país. Mas é
difícil prever isso”, avalia.
“De
qualquer maneira, qualquer governo – de direita, de esquerda ou de
centro, progressista ou conservador – vai ter que fazer uma reforma
da Previdência. De qualquer maneira. Porque a reforma da Previdência
da forma que ela já está não resolve de maneira definitiva a
questão do deficit público brasileiro. Esse deficit público está
ficando numa situação dramática. Acho que não caiu a ficha da
dramaticidade desse deficit, e a reforma da Previdência vai ser,
necessariamente, tema do próximo presidente da República”, diz o
tucano.
Ainda
na entrevista, o senador destacou a
contribuição de dois importantes grupos de trabalho da CAE.
O primeiro, sobre a Simplificação Tributária e Diagnóstico do
Sistema Fiscal e Tributário Brasileiro, coordenado pelo senador
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que promoveu diversas audiências
públicas na CAE e deve apresentar, já no início do segundo
semestre, diagnóstico sobre a situação do Sistema Tributário
Nacional.
O
segundo grupo, coordenado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), faz
levantamento de Reformas Microeconômicas, questões que influenciam
na perda de produtividade da economia brasileira.
Tasso
informa que esses dois grupos deverão apresentar um “diagnóstico
preciso” do sistema tributário nacional e, a partir dele,
propostas para dar um maior dinamismo à economia. Não seria a
reforma tributária, mas, nas palavras do senador, uma “simplificação
tributária”.
“Não
existe uma reforma tributária que possa ser aplicada de uma só vez.
A implantação deve ocorrer ao longo do tempo. São coisas que têm
que ser consideradas como processo de transformação ao longo dos
anos para dar essa competitividade e essa produtividade à economia
nacional”, pondera.
Comentários
Postar um comentário