O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) enviou sangue raro para Medellín, na Colômbia. Foi a primeira vez que um estado brasileiro fez uma doação desse tipo, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
O material foi enviado na última segunda-feira (10), sendo utilizado na transfusão realizada nesta quarta-feira (12). A bolsa de sangue viajou mais de quatro mil quilômetros para salvar a vida de uma criança de um ano e dois meses de idade.
Diretora geral do Hemoce, Luciana Carlos classificou o momento como histórico e ressaltou o bom trabalho que o hemocentro vem realizando na doação de sangue e medula.
O sangue era do tipo Bombay, raríssimo no mundo. Mais comum na Índia, ele foi identificado pela primeira vez na cidade de Bombaim, também conhecida como Mumbai, naquele país.
Denise Brunetta, coordenadora do laboratório de Imuno-hematologia do Hemoce, comentou sobre sua raridade.
Segundo Denise Brunetta, descobrir o doador (cearense de 23 anos) com esse fenótipo no Ceará só foi possível pelo trabalho desenvolvido no Hemoce.
Desde que o Hemoce foi comunicado da necessidade da transfusão, na última sexta-feira (7), médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes sociais e outros funcionários correram contra o tempo para viabilizar a doação de sangue.
A enfermeira Natalícia Azevedo foi a responsável por entregar o material coletado na Colômbia e descreveu sua satisfação em poder colaborar.
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