O reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), professor Henry Campos, em nota à comunidade acadêmica defende punição para todos envolvidos em casos de corrupção, inclusive o presidente Michel Temer.
O reitor conclama na nota a comunidade universitária a se manter vigilante: "No momento em que profunda crise abala o País, comprometendo as estruturas do Estado Democrático de Direito, a Reitoria da Universidade Federal do Ceará conclama a comunidade universitária a se manter vigilante em defesa dos valores republicanos, da ética, dos direitos conquistados e dos avanços sociais contabilizados nos últimos anos e que ameaçam sucumbir", inicia a nota.
Segundo o reitor da UFC: "Os sucessivos escândalos de corrupção, nos diferentes escalões do Poder, deitaram por terra a credibilidade de homens públicos e comprometeram, por completo, a legitimidade de seus atos no exercício do mandato popular. Lamentavelmente, a confraternização entre corruptos e corruptores, que a Nação – perplexa e indignada – tem testemunhado, acontece no momento mesmo em que se trama contra os mais legítimos interesses da classe trabalhadora."
Para Henry Campos, "Nas ruas e no interior do Congresso, recentes episódios de violência vieram somar novas preocupações, assinalando uma radicalização que não condiz com os valores democráticos, e que somente nos afasta daquela trilha capaz de nos levar a uma retomada segura do crescimento e a um resgate da dignidade nacional".
O reitor reclama dos cortes orçamentários para as universidades federais: "Enquanto isto, no ambiente universitário, observa-se uma escalada das restrições orçamentárias, que, a esta altura, já comprometem a prestação de serviços à sociedade e põem em risco o próprio cumprimento de nossa missão institucional nas áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão".
Ele finaliza a nota destacando que: "O que desejamos é a entronização dos postulados éticos na seara pública; é a preservação incondicional da democracia brasileira; é a apuração de todas as denúncias, em todos os escalões da República, e a severa punição dos agentes envolvidos nas negociatas que, diariamente, vêm a lume. A Universidade continuará, por sua vez, sendo aquilo que sempre foi: um território onde se preservam ardorosamente as liberdades democráticas, os direitos individuais e coletivos, e onde prevalece um inabalável compromisso com a verdade".
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