Zezinho Albuquerque fala sobre a Companhia Siderúrgica do Pecém (foto Máximo Moura) |
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), deputado Zezinho Albuquerque (PDT), celebrou o início das operações da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Casa de hoje. Durante o discurso, o presidente reforçou a participação da AL-CE na consolidação desse empreendimento. “Aprovamos matérias que tratavam da alocação de recursos de uma fonte para outra ou de empréstimos para desapropriação de terrenos, além de outras questões decisivas para o projeto”, lembrou.
Zezinho Albuquerque ressaltou que, em visita ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na última terça-feira (4), viu “um sonho de mais de 50 anos dos cearenses realizado”. “Vi seu funcionamento, a todo vapor, com as vendas acima da produção, que ainda não é total”, afirmou.
Sobre os benefícios do empreendimento para o Ceará, o presidente informou que o Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado deve crescer 50%, o que repercutirá no PIB total do Estado. “São mais de cinco mil empregos, chegando a picos de 17 mil empregos se considerarmos os indiretos; reflexos que serão sentidos em todas as regiões do Ceará”, enfatizou.
Além disso, Zezinho Albuquerque informou que “há muitas indústrias se instalando em toda a região que abrange o Complexo Industrial e Portuário do Pecém e a CSP, o que também repercutirá na nossa economia”.
O presidente destacou, também, a participação do ex-governador Cid Gomes (PDT) e do atual gestor Camilo Santana (PT) na implantação do projeto. “Foi em 2007, na gestão de Cid Gomes, que ele voltou a caminhar, e Camilo Santana deu prosseguimento em sua gestão”, disse. Agora, Zezinho Albuquerque defendeu a continuidade da luta para atrair uma refinaria.
Apoio dos parlamentares
Em aparte, os deputados Julinho (PDT), José Sarto (PDT), Sérgio Aguiar (PDT), Evandro Leitão (PDT), Leonardo Pinheiro (PP), Carlos Felipe (PCdoB), Ferreira Aragão (PDT), Audic Mota (PMDB), Fernando Hugo (PP), Ely Aguiar (PSDC) e Carlos Matos (PSDB) elogiaram o discurso do presidente.
O deputado Julinho reforçou que a siderúrgica é resultado de “grande empenho do ex-governador Cid Gomes e Camilo Santana com o setor industrial cearense”. Segundo ele, a CSP irá atrair várias empresas, fazendo com que os investimentos no Ceará cresçam. “E continuaremos nessa luta por mais desenvolvimento”, antecipou.
Já Sérgio Aguiar projetou que o PIB cearense deve crescer até 20% com as atividades da CSP. “(O Ceará) tem potencial para crescimento, mesmo localizado no meio do semiárido”, comentou. “Podemos até criar a perspectiva de uma indústria automobilística em nosso Estado, o que alavancaria nossa economia e seria um orgulho para todos”, afirmou.
O líder do governo na AL, Evandro Leitão, ressaltou a importância do empreendimento. “Serão 5.500 empregos diretos e aproximadamente 12 mil indiretos, além de investimentos que podem se transformar em recursos a serem investidos em áreas essenciais”, disse.
Leonardo Pinheiro frisou que a refinaria trará “dinamismo” à economia cearense; enquanto Carlos Felipe analisou que a CSP “cria uma nova base para que o Estado volte a crescer”. “O início dessas operações não poderia ser mais oportuno, considerando o cenário de crise atual”, observou.
Ferreira Aragão também enfatizou o trabalho realizado por Cid Gomes e Camilo Santana pela instalação do projeto e avaliou que “agora o Ceará deixará de ser um Estado pedinte para se projetar internacionalmente”.
Para Audic Mota, a atuação do Parlamento cearense será importante para implantação de uma futura refinaria. “Questões estratégicas passarão por esse Parlamento”, antecipou.
Fernando Hugo lembrou que o processo de industrialização do Estado, assim como sua expansão para o Interior, foi encabeçada durante a gestão de Ciro Gomes (PDT) como governador do Estado, em 1993, prosseguindo na gestão de Tasso Jereissati (PSDB) e consolidada na gestão Cid Gomes.
Em contrapartida, Ely Aguiar afirmou que o pontapé inicial para a industrialização do Estado foi dado por Tasso Jereissati. “O Ceará se divide em antes e depois de Tasso, pois foi ele quem nos tirou de um estado de trevas e incrementou nossas indústrias, nosso lazer e nosso turismo”, comentou.
Já Carlos Matos disse que chegou a hora de “pensarmos uma nova economia para o Ceará”. Ele elogiou, também, as potencialidades do Porto do Pecém e considerou que “é preciso dar vida nova a ele, avançar nessa gestão e buscar novos investimentos no sentido de aumentar e expandir nossa produção”.
E o deputado José Sarto lembrou que a refinaria é “um projeto de Estado e não de Governo”. “Ela vai mudar nosso perfil socioeconômico, e as mudanças já são sentidas”, avaliou.
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