A inflação no Nordeste registrou, em fevereiro, crescimento de 0,41% em relação ao primeiro mês do ano, quando a taxa foi de 0,55%. Mesmo acima da média nacional (0,33%), o índice é considerado o menor para o mês de fevereiro desde 2009, ano de início da série histórica produzida pelo na Escritório de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) para a Região, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do alívio no processo inflacionário registrado na Região em fevereiro, Fortaleza permanece como a maior inflação do Brasil (+6,92%), se considerados os últimos 12 meses. O resultado é influenciado, principalmente, pelo aumento nos valores dos grupos de alimentos e bebidas, saúde e cuidados pessoais. Em janeiro, a capital cearense já havia sido considerada a de maior patamar inflacionário do país, graças à elevação nos preços de despesas pessoais (+1,99%) e transportes (+1,06%).
No mês de fevereiro, o grupo de transportes foi o que gerou maior impacto no índice no índice regional, com uma contribuição de 0,29 pontos percentuais, em decorrência da subida dos preços em 0,86%, 1,98% e 2,18%, nas cidades de Recife, Fortaleza e Salvador, respectivamente.
O grupo educação foi também relevante no índice regional, relativo a fevereiro, embora tenha sido superado pelo grupo de transportes em termos de intensidade do impacto no indicador inflacionário. Enquanto a variação do grupo educação em Fortaleza foi de 0,77%, em Salvador e Recife as variações foram de 7,20% e 6,80%, respectivamente. Neste cenário, o grupo educação contribuiu com um impacto de 0,26 pontos percentuais.
Cenário nacional
A inflação nacional acumulou 0,71% nos dois primeiros meses do ano, percentual inferior aos 2,18% referentes ao mesmo período de 2016. No apurado geral dos últimos 12 meses, a inflação no país caiu de 5,35% para 4,76%.
O grupo de alimentação e bebidas, um dos principais ofensores no Nordeste, apresentou queda de 0,45% no cenário nacional em fevereiro. Em contrapartida, os principais aumentos do país ocorreram nos preços do grupo educação, que teve alta de 5,04% e impacto de 0,23 pontos, ou quase 70% do índice inflacionário do mês.
A pesquisa integra o boletim Diário Econômico, publicação do Etene, órgão vinculado ao Banco do Nordeste.
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