A jornalista Miriam Leitão participou ontem do Fórum Ideias em Debate Edição Especial Cariri, realizado no hotel Iu-à, em Juazeiro do Norte. O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), contou com a presença de uma comitiva de Fortaleza com 40 empresários liderados pelo presidente da FIEC, Beto Studart.
Miriam Leitão analisou o momento atual do país, e o que chama de "crise gêmea", de viés político e econômico. "O Brasil é muito imediatista, não faz planejamento, não se prepara". De acordo com a jornalista, o país precisa olhar quais riscos corre e o que o futuro recomenda.
Sobre o atual governo, Miriam disse que a situação da presidente Dilma Rousseff é difícil e que precisa primeiro sair da crise econômica para conseguir governabilidade. Segundo ela, é difícil governar num momento em que todos fogem. Ao comentar o argumento de que a crise econômica é decorrente do fim do ciclo das commodities, a jornalista alertou que vários países da América Latina passam pela mesma situação, mas não estão na mesma crise, citando os casos da Colômbia e do Chile. "Não se trata do que o ciclo faz com a gente, mas do que os países fizeram no seu bom momento desse ciclo. O governo federal, principalmente o da presidente Dilma, não foi prudente."
Para atravessar esse momento de turbulência do país, Miriam Leitão sugeriu que as cidades de pequeno e médio porte atentem para suas vocações. "O Brasil parou de crescer mas não parou de mudar. Estamos num momento difícil mas não somos isso. Não perdemos o país, perdemos crescimento. Fizemos investimentos importantes nas últimas décadas. Fizemos muitas coisas certas. Temos muitas vantagens no século XXI sobre outros países."
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