A atividade industrial caiu mais no segundo trimestre de 2015. As horas trabalhadas recuaram 2,9% e o emprego reduziu 2,6% frente aos primeiros três meses do ano, conforme dados com ajustes sazonais. O faturamento teve queda de 6,7% no período. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais de junho, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, 4 de agosto.
O recuo do mercado de trabalho provocou redução na massa salarial e no rendimento dos trabalhadores da indústria entre o primeiro e segundo trimestre. Enquanto a massa salarial ficou 3,4% menor, o rendimento recuou 0,9% no período. Conforme o levantamento, a utilização média da capacidade instalada (UCI) teve queda de 0,3 ponto percentual no segundo trimestre ante os primeiros três meses do ano.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a queda na atividade da indústria foi ainda maior. As horas trabalhadas recuaram 8,5% e o emprego caiu 5,4%. Já o faturamento teve retração de 8,6%, e a massa salarial diminuiu 5,4%.
DADOS MENSAIS – A indústria operou, em média, com 80,1% da utilização da capacidade instalada em junho ante 80% em maio, segundo dados dessazonalizados. De acordo com a pesquisa, essa variação mensal do indicador, que continua em baixo patamar, sinaliza estabilidade. Já o faturamento caiu 5,5%, e as horas trabalhadas reduziram 1,1% em junho em relação a maio.
O emprego registrou o quinto mês consecutivo de queda. Houve recuo de 0,7% frente a maio. Embora tenha havido retração no mercado de trabalho, a massa salarial cresceu 0,8% em junho em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Segundo os Indicadores, essa alta se deve ao pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário e aos valores pagos para rescisão de contratos. O rendimento cresceu 1,3% no período.
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