O atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo, na quarta-feira (7), vem repercutindo fortemente nas mídias sociais do Brasil. Estudo realizado pela Polis Consulting, utilizando o software de pesquisa de mercado em tempo real NetBase, revela que o impacto sobre os brasileiros nas primeiras 36 horas após o ato terrorista vem se consolidando na forma de preocupação em relação à liberdade de imprensa e aos mortos no ataque. A constatação parte das principais expressões utilizadas para comentar o incidente – “liberdade”, “imprensa”, “ataque”, “atentado” e “mortos”. Elas só não foram mais citadas que as palavras usadas para localizar o atentado – respectivamente “Paris” e “#JeSuisCharlie”.
Segundo a pesquisa Polis/NetBase, até o fim da tarde dde ontem (8), foram registradas mais de 83,7 mil menções em português sobre o atentado terrorista. Dos internautas cuja localização geográfica foi identificada – mais de dois terços da base pesquisada – 71% são do Brasil e outros 17% de Portugal. Só entre a tarde de ontem e a manhã desta sexta, 9, o total de menções às ações terroristas cresceu em 18 mil citações em português, e a tendência é que aumentem no decorrer do dia.
A ferramenta de pesquisa em mídias sociais criou uma “nuvem de expressões” com as palavras mais faladas. Embora as nuvens sejam móveis – isto é, seu conteúdo muda dinamicamente segundo o que se comenta nas redes – é possível verificar a indignação dos internautas por conta do cruzamento de expressões usadas. Por exemplo, a soma de repetições de “ataque terrorista”, “atentado”, “ataque” e “mortos” supera 5 mil. O estudo mostra, ainda, que a população de língua portuguesa da web vem conectando o ataque a causas religiosas: a palavra “Maomé” teve mais de 1,7 mil menções já nas primeiras 24 horas.
Mais informações sobre o levantamento podem ser obtidas no site da Polis Consulting (www.polisconsulting.com.br).
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