Fortaleza com 288 anos é menina impúbere e inquieta, que protesta chorando seus quereres e se cala à menor menção de um novo doce. Descobrir seus becos e prazeres é tarefa de amantes abnegados. Como amadurecer este amor? Como preservar o afeto que nunca se encerra em lugar algum? Como fazer de Fortaleza a urbe que nos oferece um sentimento de pertença casado com pessoas, lugares, passeios, parques, tradições? Fortaleza não nos lembra de amá-la. Talvez por ser tão linda, ache que não precise.
A nós, porém, não nos é dado este luxo. O patrimônio material e imaterial de Fortaleza é um fluxo ininterrupto que precisa ser sedimentado por cada um, em palavras, sentimentos, orgulhos, canções, causos, personagens. Eu lhe abraço em mim, Fortaleza, pra não deixar o mar apagar seu nome na praia do tempo.
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