“Estamos assistindo a um governo à beira do ataque de nervos”, diz Aécio Neves sobre investigação da Petrobras
Pré-candidato tucano à presidência da República defende a criação de uma CPI exclusiva para investigar a compra da refinaria de Pasadena
O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que a proposta de autoria do Governo Federal de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista com foco em outras denúncias, além do caso da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, é um “movimento desmoralizante” de quem tem “culpa do cartório”. Segundo ele, em entrevista ao jornalista Evandro Nogueira, no programa Sábado Show deste sábado (19), esta seria uma manobra desesperada do governo para impedir a investigação da estatal, em ano eleitoral.
“Eles [PT] têm a maioria da composição da CPI e podem incluir lá duas, três ou quatro outras questões que não têm absolutamente nada a ver com a Petrobras. Então, no momento de fazer a audiência e requisitar as informações, a maioria vai decidir por fazer em relação a temas que nada tenham a ver com a estatal. Nós estamos assistindo a um governo à beira de um ataque de nervos”, acredita o senador de Minas Gerais.
Duas CPIs propostas pela oposição sugerem investigar apenas assuntos relacionados à Petrobras, enquanto as duas CPIs governistas propõem, além da apuração da estatal, a inclusão de denúncias do cartel do Metrô de São Paulo e irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco. Os oposicionistas foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a comissão exclusiva e a palavra final sobre o impasse será da ministra Rosa Weber.
Ouça entrevista completa:
“Se precisarem da minha assinatura, quero ser o primeiro a assinar qualquer CPI, seja sobre trens, portos brasileiros, portos cubanos ou BNDES. Que investiguem o que quiserem, é direito deles. Agora, não impeçam que a população brasileira saiba o que aconteceu com a Petrobras”, defende Aécio.
Caso seja eleito, pré-candidato propõe o fim da reeleição
Sobre as propostas de campanha, o pré-candidato tucano destacou que, caso seja eleito presidente da República, irá iniciar uma reforma política para acabar com a reeleição. Ele sugere que os mandatos passem a ser de cinco anos, com eleições unificadas.
“O que nós estamos assistindo hoje, no plano nacional, é uma utilização absurda da máquina pública em privilégio daquele que está no poder. Como o presidencialismo, no Brasil, é quase imperial é preciso que se tenha cuidado”, afirmou.
Aécio faz elogios a Tasso Jereissati
Durante a entrevista, Aécio também demonstrou interesse em ter Tasso Jereissati de volta ao Senado e elogiou o ex-senador do Ceará. “Tasso é uma das melhores figuras públicas que conheci ao longo da minha história. O Senado precisa do Tasso. Um homem independente, defensor intransigente do Ceará e um dos melhores quadros da política brasileira”, disse o presidenciável.
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