No Brasil, de acordo com a legislação autoral, todos os estabelecimentos que veiculam música ambiente, devem obrigatoriamente pagar uma taxa de execução pública ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD).
O problema - além dos valores altos que são cobrados - é que o dinheiro nem sempre vai para os titulares das músicas tocadas: O ECAD utiliza um sistema de distribuição baseado em amostragem, remunerando apenas os titulares das músicas mais executadas nas rádios. Ou seja, milhares de compositores e interpretes, mesmo que tenham suas músicas veiculadas, se não estiverem no "top" das rádios, nada recebem.
Virada no jogo - Depois de anos, ouvindo músicas dos artistas de sua gravadora Azul Music, sendo veiculadas em diversos locais e não receber por isso, o músico e compositor paulistano Corciolli, resolveu mudar a história: Após três anos pesquisando e estudando as legislações brasileira e internacional de direitos autorais, criou um sistema inovador e pioneiro que dispensa os pagamentos de execução pública ao ECAD. “Conforme estabelece a Lei 9.610/98 de Direitos Autorais no Brasil, é permitido aos titulares dispensarem o ECAD na cobrança da execução pública de suas músicas” explica Corciolli.
De posse das autorizações de todos os envolvidos, o músico criou o Music Delivery, um serviço que oferece seleções de músicas totalmente liberadas para veiculação nos estabelecimentos, com custos até 60% inferiores aos usualmente cobrados pelo ECAD. “Nosso sistema é interessante para os dois lados: Os clientes pagam bem menos por um repertório preparado especialmente de acordo com cada perfil e em contrapartida, os titulares autorais passam a receber diretamente do Music Delivery, onde nada recebiam, pelo fato de suas músicas não estarem no top das rádios” complementa.
Corciolli seu estúdio em São Paulo: produzindo música ambiente com qualidade e critério (Divulgação)
Identidade musical das marcas - O Music Delivery agrega um outro diferencial, pois desenvolve o “music branding” para seus clientes, ou seja, a identidade sonora da marca, item indispensável na comunicação de uma empresa com seu público-alvo. Esse conceito foi criado há 40 anos pelo norte-americano Philip Kotler - considerado a maior autoridade mundial em marketing e um dos homens mais influentes no mundo dos negócios. Em 1973, Kotler publicou um estudo revolucionário de como o ambiente de uma loja pode afetar o comportamento de seus clientes. De lá pra cá, inúmeras pesquisas acrescentaram um impressionante conjunto de dados, apresentando relações entre os estados emocionais dos consumidores, o tempo de permanência nos locais, a propensão ao consumo e o grau de satisfação com sua experiência.
A forma como o ambiente influencia o estado de espírito do consumidor passou a ter enorme importância no ponto de venda, alertando as empresas para a necessidade de atingir um perfeito equilíbrio dos múltiplos aspectos sensoriais, que se tornaram poderosas ferramentas para o posicionamento das marcas: temperatura ambiente, iluminação, cores, layout, aromatização e em especial a veiculação da música ambiente adequada.
O Music Delivery já atende diversos clientes, entre eles, a rede de joalherias Dryzun; Ale Tedesco Bakery (SP), Naoum Plaza Hotel (DF) e diversos shoppings tais como Casa &Gourmet (RJ), Estação Curitiba (PR), Campo Grande (MS); Center Uberlândia (MG) Tamboré e Ribeirão Shopping (SP). As perspectivas são excelentes: “Segundo as associações de classe, o Brasil conta atualmente com cerca de 40.000 supermercados, 500 shoppings, 80 mil lojas, mil spas e mais de 1.000.000 de restaurantes/cafés que utilizam música ambiente, ou seja, temos bastante trabalho pela frente”. A nova plataforma oferece uma alternativa inteligente e inédita ao sistema de arrecadação monopolizado até então pelo ECAD. Para os clientes, além da economia gerada, o Music Delivery fornece documentação emitida pelo próprio ECAD, garantindo juridicamente a legalidade do serviço: “Trabalhamos com absoluta transparência, proporcionando aos clientes, segurança, qualidade e agilidade nas liberações”, finaliza Corciolli.
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