Na madrugada desta quinta-feira (24) aconteceu o maior tremor de terra no Ceará este ano. O terremoto de 2.5 graus na escala Richter assustou a população de três cidades cearenses: Sobral, Meruoca e Alcântaras, na Zona Norte do Estado. O subtenente da Defesa Civil de Sobral, Marcos Costa, está monitorando a área, onde se verifica os tremores com mais frequência desde 2008.
"São abalos diários de pequena monta, que às vezes só são sentidos pelas estações sismográficas que temos instaladas na região", adverte Marcos Costa. Num levantamento preliminar não houve danos humanos, apenas materiais com o abalo deste madrugada, que aconteceu por volta das cinco horas.
O abalo foi notado principalmente pelos moradores das comunidades Camilos e Jordão. "Não tem o que temer. Isso é comum na nossa área", tranquiliza Marcos Costa.
O Ceará vem registrando tremores desde 1807, quando aconteceu o primeiro anotado pelos cientistas, em Pereiro, em 1807. Mas somente em 1980 foi que foi instalada a primeira estação sismológica, na mina de urânio de Itatiaia, na cidade de Santa Quitéria. Desde 2008, as atividades sísmicas na Zona Norrte (Sobral, Meruoca e Alcântaras) são monitoradas pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O abalo mais forte na Região ocorreu em Sobral em 2009, com 4.3 graus de magnitude. Lá há uma falha geológica.
Ontem, às 22:39UTC (19:39 hora local), ocorreu um tremor em Sergipe que foi sentido em diversos municípios do estado. Segundo informações de Rosa Vasconcelos, editora da TV Sergipe, o tremor foi sentido em Gracho Cardoso, Itabi, N. Sra. de Lurdes, Feira Nova e Gararu. As pessoas sentiram um barulho como um relâmpago seguido depois por um tremor.
Com as informações disponíveis, o epicentro preliminar se encontra nas proximidades de Itabi. Esse evento foi registrado por algumas estações operadas pela UFRN e a magnitude preliminar foi estimada em 2.5.
O registro desse evento na estação PFBR (Pau dos Ferros-RN) é mostrado na Figura 1.
Figura 1. Registro do evento na estação PFBR.
Fonte: LabSis/UFRN; RSISNE; INCT-ET
Joaquim Ferreira, Regina Spinelli, Eduardo Menezes, Suélio Carolino, Rodrigo Pessoa
Comentários
Postar um comentário