Antes do início do debate sobre os filmes de ficção e animação, exibidos na noite de quarta-feira, 18, no Cine Brasília, dentro das Mostras Competitivas do 46º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO, o coordenador geral do evento, Sérgio Fidalgo, fez questão de esclarecer os problemas técnicos que levaram à interrupção da exibição do longa-metragem Os Pobres Diabos, de Rosemberg Cariry.
Segundo informou Sérgio Fidalgo, o equipamento para exibição de filmes no formato DCP apresentou problemas que levaram ao travamento do filme. “Essas coisas acontecem, ainda é uma tecnologia muito nova. Vamos trabalhar para que novas questões desta ordem não aconteçam, mas não há um culpado. Continuaremos tentando o DCP”, disse Fidalgo. E agradeceu a compreensão do diretor Rosemberg Cariry e equipe: “Todos foram muito sensíveis, apesar da frustração que nós sabemos que o incidente gerou”.
O filme Os Pobres Diabos terá duas novas exibições no Cine Brasília:
. às 22h30, amanhã, sexta-feira, dia 20 (logo após a exibição da programação das mostras competitivas de documentário, ficção e animação, aberta ao público)
. às 10h, sábado, dia 21 (sessão fechada para júri e crítica)
O debate sobre o filme ocorrerá logo após sua exibição no sábado, dia 21, às 12h00, no Salão Caxambu do Kubitschek Plaza Hotel.
Sobre “Os Pobres Diabos”
O “Gran Circo Teatro Americano” perambula por pequenas cidades dos sertões, até chegar à cidade de Aracati, onde monta uma peça teatral. No cotidiano do circo, acontecem aventuras, nas quais os personagens agem ao modo picaresco dos anti-heróis da literatura de cordel e do romanceiro popular. As dificuldades se acumulam, mas a arte ajuda a superar desventuras e tragédias. O espetáculo não pode parar.
Sobre Rosemberg Cariry
Filósofo de formação, cineasta por vocação, Antônio Rosemberg de Moura, de nome artístico Rosemberg Cariry, nasceu em Farias Brito – Ceará, no ano de 1953. Realizou doze filmes de longa-metragem, entre eles “Corisco e Dadá” e “O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto”. Paralelamente à sua atividade de cineasta, Rosemberg Cariry desenvolveu todo um trabalho como escritor, poeta e pesquisador das culturas populares, tendo publicado vários livros.
Um traço marcante da obra de Rosemberg Cariry é a busca sempre renovada das fontes e dos encontros culturais: procura extrair o universal do particular, estabelecer ligações entre as diferenças culturais e, em particular, entre as formas eruditas e populares. Assim, o seu trabalho, profundamente imerso na cultura no Nordeste do Brasil, chega ao universal, por meio de uma dimensão essencialmente humanista.
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