O serviço de fiscalização veterinária e fitossanitária da Rússia suspendeu temporariamente as importações de carne bovina do Brasil, em 9 unidades de produção: 6 plantas da JBS, 2 da Minerva e 1 da Marfrig. O embargo entra em vigor a partir de 2 de outubro, em caráter temporário de 60 dias. O Ministério da Agricultura do Brasil deverá se manifestar sobre o relatório de inspeção russa durante esse período. A Rússia é o principal destino da exportação de carne bovina brasileira. Em 2012, a Rússia respondeu por 24% de participação do total das exportações brasileira desse produto, somando R$ 1,057 bilhão. Entre janeiro e agosto deste ano, o valor exportado é de R$ 806,9 milhões. O rebanho bovino brasileiro é de cerca de 203 milhões de cabeças.
A Rússia possui um rebanho de um pouco mais de 19 milhões de cabeças. Segundo dados da USDA, o Brasil produziu em 2012, 9,2 milhões de toneladas de carne bovina, enquanto a Rússia produziu 1,3 milhões de toneladas. A Rússia consumiu em 2012, 2,4 milhões de toneladas de carne bovina. Acreditamos que, em grande parte, a medida possui caráter comercial e pontual. Historicamente, há eventos de embargo da carne brasileira pela Rússia, quer por questões de cotas, tarifas, subsídios e questões sanitárias. Acreditamos que, embora a dependência de importação de carne bovina ainda prevaleça por tempo determinado, a Rússia busca, estrategicamente, reduzir seu grau de dependência na importação de proteínas, ainda que o seu rebanho de carne bovina venha sofrendo redução ao longo do tempo, devido principalmente as condições climáticas.
JBS
Pode ter a suspensão de seis unidades de produção e adotará a estratégia de direcionar suas exportações para a Rússia através de uma planta no Brasil (sem restrição) e outras duas, localizadas no Paraguai e Uruguai, além de poder usar as plataformas nos Estados Unidos e Austrália, ou seja, não há mudança estratégica em relação ao mercado russo, apenas a realocação da origem da produção. Das exportações totais da JBS, o mercado russo tinha participação de 9,5% no 2T12, sendo que atualmente é de 5,5%, ou US$ 163 milhões no último trimestre.
Minerva
Pode ter a suspensão temporária de duas unidades, Araguaína e Barretos, e passará a direcionar o volume exportado para a Rússia através de suas unidades no Paraguai (Frigomerc e Friasa) e Uruguai (Melo). Não haverá mudança de capacidade instalada, apenas no mix de destino da produção. No Brasil, as duas plantas possuem capacidade conjunta de abate de 1.640 cabeças/ dia, enquanto as plantas no exterior possuem maior capacidade – ao todo, 3.100 cabeças/dia. Em 2012, dos R$ 4,6 bilhões em receitas líquidas, R$ 3,1 bilhões tiveram origem no mercado externo. Estimamos que 25% desse valor teve origem no mercado russo.
Marfrig
A empresa pode ter uma unidade afetada pelo embargo. Em comunicado, a Marfrig informou que realizará suas exportações para a Rússia através de outras unidades no Brasil e no Uruguai. Em 2012, o mercado russo teve participação de 2,7% no total das receitas líquidas da empresa, atingindo R$ 649,7 milhões.
Comentário
"Ainda que nenhuma empresa tenha sido notificada pelas autoridades brasileiras de que devam analisar e se pronunciar sobre o parecer preliminar das autoridades fitossanitárias russas, acreditamos que há risco considerável para as companhias frigoríficas, dentre eles: Risco de Receita – o mercado russo é o principal importador de carne bovina brasileira; Risco de Custos - relacionados à realocação das plantas produtora para exportação e Risco Comercial de exposição ao mercado russo – A Rússia diminuirá sua dependência de importação de proteínas. Neste primeiro momento não alteraremos nossos preços-alvo ou ratings, pois acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais. Acompanharemos os desdobramentos deste evento para incorporá-los de forma justa em nossas avaliações".
A Rússia possui um rebanho de um pouco mais de 19 milhões de cabeças. Segundo dados da USDA, o Brasil produziu em 2012, 9,2 milhões de toneladas de carne bovina, enquanto a Rússia produziu 1,3 milhões de toneladas. A Rússia consumiu em 2012, 2,4 milhões de toneladas de carne bovina. Acreditamos que, em grande parte, a medida possui caráter comercial e pontual. Historicamente, há eventos de embargo da carne brasileira pela Rússia, quer por questões de cotas, tarifas, subsídios e questões sanitárias. Acreditamos que, embora a dependência de importação de carne bovina ainda prevaleça por tempo determinado, a Rússia busca, estrategicamente, reduzir seu grau de dependência na importação de proteínas, ainda que o seu rebanho de carne bovina venha sofrendo redução ao longo do tempo, devido principalmente as condições climáticas.
JBS
Pode ter a suspensão de seis unidades de produção e adotará a estratégia de direcionar suas exportações para a Rússia através de uma planta no Brasil (sem restrição) e outras duas, localizadas no Paraguai e Uruguai, além de poder usar as plataformas nos Estados Unidos e Austrália, ou seja, não há mudança estratégica em relação ao mercado russo, apenas a realocação da origem da produção. Das exportações totais da JBS, o mercado russo tinha participação de 9,5% no 2T12, sendo que atualmente é de 5,5%, ou US$ 163 milhões no último trimestre.
Minerva
Pode ter a suspensão temporária de duas unidades, Araguaína e Barretos, e passará a direcionar o volume exportado para a Rússia através de suas unidades no Paraguai (Frigomerc e Friasa) e Uruguai (Melo). Não haverá mudança de capacidade instalada, apenas no mix de destino da produção. No Brasil, as duas plantas possuem capacidade conjunta de abate de 1.640 cabeças/ dia, enquanto as plantas no exterior possuem maior capacidade – ao todo, 3.100 cabeças/dia. Em 2012, dos R$ 4,6 bilhões em receitas líquidas, R$ 3,1 bilhões tiveram origem no mercado externo. Estimamos que 25% desse valor teve origem no mercado russo.
Marfrig
A empresa pode ter uma unidade afetada pelo embargo. Em comunicado, a Marfrig informou que realizará suas exportações para a Rússia através de outras unidades no Brasil e no Uruguai. Em 2012, o mercado russo teve participação de 2,7% no total das receitas líquidas da empresa, atingindo R$ 649,7 milhões.
Comentário
"Ainda que nenhuma empresa tenha sido notificada pelas autoridades brasileiras de que devam analisar e se pronunciar sobre o parecer preliminar das autoridades fitossanitárias russas, acreditamos que há risco considerável para as companhias frigoríficas, dentre eles: Risco de Receita – o mercado russo é o principal importador de carne bovina brasileira; Risco de Custos - relacionados à realocação das plantas produtora para exportação e Risco Comercial de exposição ao mercado russo – A Rússia diminuirá sua dependência de importação de proteínas. Neste primeiro momento não alteraremos nossos preços-alvo ou ratings, pois acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais. Acompanharemos os desdobramentos deste evento para incorporá-los de forma justa em nossas avaliações".
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