GUSTAVO PORTO E SUZANA INHESTA - Agência Estado
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse nesta quinta-feira, 19, após participar do evento Fóruns Estadão Regiões, na sede do Grupo Estado, em São Paulo, que passará por um momento "de reflexão" sobre o futuro dele no partido, após a decisão do PSB de entregar os cargos no governo federal. "Após o desdobramento da decisão, vamos refletir e conversar com outras pessoas, mas eu continuo não cogitando sair do PSB", disse ele.
Cid avaliou que um dos caminhos para políticos que desejam deixar os partidos, tendo em vista candidaturas às eleições de 2014, são novas legendas, ação que poderia evitar questionamentos jurídicos sobre mandatos. Ele citou os partidos PROS, Solidariedade e Rede, que estão em processo de criação, para políticos cearenses de várias legendas que já o procuraram.
O governador avaliou que, com a decisão de deixar o governo Dilma Rousseff, o PSB faz e continuará fazendo muitas críticas ao modelo, mas admitiu que "avanços são visíveis" e que "o Brasil na era Lula e Dilma avançou e melhorou muito nas questões sociais".
Cid Gomes, no entanto, criticou a aliança do PT com o PMDB e disse que o acordo entre os dois partidos "nivelou por baixo e tornou a política espaço de poder pelo poder e não o poder pela causa em busca de melhora de vida da população".
Sobre a candidatura de seu correligionário, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Cid Gomes voltou a defender que a melhor estratégia é manter a aliança com PT em 2014 para preservar os ganhos conquistados em 2010. Ele afirmou ainda que a exigência que o PT entregue cargos estaduais após a decisão de ontem do PSB "não foi discutida em nenhum segundo na reunião do PSB". "O deputado (federal) Beto Albuquerque saiu da reunião e disse uma coisa que é coisa da cabeça dele", afirmou.
O governador cearense repetiu que a política tratada com fígado e com mágoa não é recomendada para questionar novamente a decisão do PSB tomada ontem e reafirmou que irá, nos próximos dias, refletir e pensar sobre a vida e o futuro, embora respeite a decisão do partido. "Eu acato decisões do partido e defendo que o ministro Leônidas entregue o cargo", afirmou, referindo-se a Leônidas Cristino, dos Portos.
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