O protesto de 5 mil pessoas em Juazeiro do Norte, a 540 quilômetros de Fortaleza, terminou no final da noite de ontem (18) com a saída do prefeito Raimundo Macedo (PMDB), da agência do Banco do Brasil (BB) da Praça Padre Cícero, no Centro da cidade. A manifestação "Fora Raimundão" protestava contra a redução de 25% nos salários dos professores que estão em greve há uma semana. O prefeito foi cercado pela multidão dentro da agência e só saiu com a ajuda da Polícia após seis horas sitiado.
Com medo da ação dos manifestantes, Raimundo Macedo, ficou na agência por mais de seis horas depois do seu fechamento às 16 horas. A assessoria do prefeito informou que ele ficou com receio de sair e ser agredido pelos manifestantes, que chegaram a pichar a sede da Prefeitura antes de encurralar o prefeito na agência do Banco do Brasil.
Já era quase meia noite, quando o prefeito deixou a agência dentro de um carro forte e sob a escolta de 150 policiais. Ele saiu sob intensa vaia dos manifestantes, que pedem que a Câmara Municipal faça o impeachment. O pedido não encontra ressonância na Câmara, onde o prefeito tem maioria e conseguiu aprovar mudanças no Plano de Cargos e Salários do Magistério, que teve registro de redução salarial de 25% caindo o piso de R$ 2,1 mil para entorno de R$ 1,6 mil.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, Raimundo Macedo diz que a lei aprovada na Câmara apenas readequou o Plano de Cargos e Salários do Magistério. "Apenas incorporamos 10% do que seria de gratificação para o salário base", informou prefeito.
Em outras duas cidades cearenses aconteceram manifestações nesta terça-feira. Em Iguatu, a 410 quilômetros de Fortaleza, o protesto foi contra o projeto da Prefeitura de municipalizar a previdência social. Já em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, o ato foi contra a construção de mais três presídios na cidade. Hoje Itaitinga tem sete presídios.
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