LAURIBERTO BRAGA / FORTALEZA , ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo
A paciência do governo do Estado e da Assembleia Legislativa com a falta da construção da Refinaria Premium II, no Pecém, no Ceará, que se arrasta há dez anos, chegou ao limite ontem. O presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque (PSB), cobrou em pronunciamento na Casa o início imediato das obras. Albuquerque lançou uma campanha de mobilização para que a Petrobrás comece a construir a refinaria ainda neste semestre.
A Assembleia Legislativa percorrerá, a partir do fim deste mês, 12 cidades de todas as macrorregiões do Estado, mobilizando os cearenses em defesa do início imediato das obras. Serão realizadas atividades públicas nos municípios de Aquiraz, Baturité, Camocim, Crato, Crateús, Fortaleza, Iguatu, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Quixadá, Sobral e Tianguá.
"Compromisso assumido pelo ex-presidente Lula e confirmado pela presidente Dilma, a Refinaria Premium do Ceará precisa começar a virar realidade", destacou o deputado em seu discurso.
O presidente da Assembleia cobrou maior empenho da presidente Dilma Rousseff e da presidente da Petrobrás, Graça Foster, de honrar o que classificou de "compromisso firmado com o povo cearense". "O terreno, parte do acordo que cabe ao Governo do Estado, já está pronto e foi entregue pelo governador Cid Gomes à presidente Dilma", informou.
Segundo Albuquerque, a Refinaria Premium II será a redenção econômica para o Ceará, Ele lembrou que, com a refinaria, "a economia cearense terá substantivo avanço". "Serão criadas novas empresas, gerando empregos, aumentando a arrecadação de impostos e promovendo a melhoria das condições de vida da população."
Albuquerque estima que, com um ano de funcionamento, a Refinaria Premium elevará em 50% o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará. Na construção, serão gerados 90 mil empregos diretos e indiretos.
Para o deputado, a Refinaria Premium do Ceará é fundamental para que o Brasil reduza custos logísticos na exportação de petróleo e na importação de derivados. Mesmo a entrada em operação da Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, segundo Albuquerque, não será suficiente para cobrir o crescimento da demanda, e o País tende a continuar precisando comprar no exterior o volume de combustível que é incapaz de produzir.
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