A Petrobrás divulgou o plano de negócios para o período 2013-2017, apontando manutenção do nível de investimentos e da produção de petróleo e gás. Serão US$ 236,7 bilhões, com reforço na área de produção e exploração e redução na área de Abastecimento. O plano para 2012-2016, divulgado no ano passado, previa US$ 236,5 bilhões, valor apenas 0,08% inferior ao plano atual.
Em documento divulgado ao mercado, a companhia garantiu que não ultrapassará seus limites de endividamento, uma preocupação de investidores. Além disso, o volume de projetos "em avaliação" foi elevado de US$ 27,8 bilhões para US$ 29,6 bilhões. A categoria foi inaugurada no ano passado pela presidente Graça Foster para projetos que não têm ainda sua viabilidade financeira garantida. Ou seja, se ficarem caros demais ou acima do preço de mercado, podem ser cortados.
A área de produção e exploração receberá US$ 147,5 bilhões entre 2013-2017, 62% do total, uma alta de 4% em relação ao plano anterior. Já o Abastecimento ficou com US$ 64,8 bilhões, contra US$ 65,5 bilhões na área de refino, transporte e comercialização do plano 2012-2016.
A companhia também informou que espera um reforço importante para o caixa vindo da venda de ativos no exterior e também no Brasil. Estão previstos US$ 9,9 bilhões "em 2013, principalmente". O plano anterior previa desinvestimentos de US$ 14,8 bilhões para os cinco anos do programa.
Parte deste volume já foi executado, como com uma troca de títulos públicos e garantias feita entre a Petrobrás e a Petros, que liberou verba para investimentos. A companhia também vendeu sua participação de 40% em uma concessão na Bacia de Santos para a OGX, por US$ 270 milhões.
A petroleira também investirá menos na área internacional: US$ 5,1 bilhões até 2017. Serão US$ 3,2 bilhões na carteira em implementação, sendo 90% para exploração e produção. O plano anterior previa US$ 6 bilhões, considerando os projetos em implantação.
Os planos de produção foram mantidos, com a Petrobrás "ratificando sua exequibilidade". No caso de óleo e gás, serão 2 milhões de barris por dia em 2013, 2,5 milhões b/d em 2016 e 4,2 milhões em 2020.
A Petrobrás anunciou que não houve inclusão ou exclusão de novos projetos na carteira em implantação, o que significa que projetos como as refinarias Premium em análise para Ceará e Maranhão continuam com possibilidade de ser executados. "Os investimentos em expansão da capacidade de refino da carteira em avaliação avançaram na maturidade da fase de elaboração dos seus respectivos projetos", detalhou o comunicado.
A única área com mudanças efetivas na carteira de projetos foi a de E&P no Brasil. "Visando sustentar as metas de produção planejadas, houve inclusões e exclusões bem como antecipações e postergações de projetos", disse a empresa.
A Petrobrás informou que a alavancagem financeira não ultrapassará 35% e vai se manter no intervalo da meta de 25% a 35%. Também disse que o indicador dívida líquida/EBITDA retornará, a partir de 2014, ao limite definido pela companhia de até 2,5x, encerrando 2017 em 27% e 1,65x, respectivamente.
A área de gás e energia ficará com US$ 9,9 bilhões até 2017. Já a Petrobrás Biocombustíveis receberá US$ 2,9 bilhões. A Petrobrás Distribuidora receberá US$ 3,2 bilhões.
(Sabrina Valle, Mônica Ciarelli, Fernanda Nunes e André Magnabosco, da Agência Estado)
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