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Estas são as 40 localidades que a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) começa a partir da conta desde mês de dezembro de 2012 a cobrar pelo consumo médio de suas usuários.
Devido a Operação Águas Claras, a Cagece decidiu cobrar temporariamente a partir da conta de água e esgoto dos usuários de dezembro através do consumo médio de 2012. São afetados consumidores de 40 localidades cearenses que a Cagece atende.
Em comunicado aos usuários, a Cagece esclarece que a medida é "temporária", mas não diz quando terminará. "A Cagece vem a público informar que o cálculo das faturas de água e esgoto será realizado, a partir deste mê de dezembro, com base no consumo médio de cada imóvel. A medida é temporária e refere-se aos clientes residenciais em quarenta localidades do Estado", diz o comunicado da Companhia. A Cagece diz apenas que "já adotou providências para agilizar o quanto antes o restabelecimento do faturamento normal, com o lançamento do procedimento licitatório para realizar a contratação do serviço".
Citada na Operação Águas Claras, a Cagece abriu sindicância para investigar a acusação de irregularidade no contrato de renovação com a empresa Allsan, responsável pela leitura de medidores e faturamento das contas. O contrato foi suspenso. "Desde o momento da divulgação das suspeitas, a Cagece", diz o comunicado "empenhou-se em colaborar com as investigações externas e adotou medidas para apurar eventuais irregularidades". Segundo a Cagece, "atualmente está em andamento uma auditoria interna". A Cagece ainda aguarda os pronunciamentos do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público do Ceará sobre a Operação Águas Claras.
Uma das primeiras atitudes da Cagece foi aceitar o pedido de demissão do diretor comercial da Companhia, Antônio Alves Filho, acusado de ser o elo de empresários com a Cagece na suposta irregularidade do contrato com a Allsan. Quando de sua demissão, em 14 de novembro passado, Alves Filho disse que o contrato de prorrogação com a Allsan "atendeu a critérios técnicos e gerenciais, obedecendo aos trâmites legais, analisados pela Procuradoria Jurídica". Segundo ele, o novo contrato representou economia de R$ 1,2 milhão à Cagece. "Os contatos entre os representantes da prestadora (Allsan) e da Cagece se deram no contexto da relação profissional necessária entre as partes", relatou Alves Filho.
A Cagece finaliza o comunicado dizendo que "atua de forma correta e ética, respeitando a legislação vigente e não compactuando com condutas irregulares praticadas por quaisquer de seus parceiros".
A Operação Águas Claras apontou empresas investigadas pelo Ministério Público de São Paulo por práticas ilegais em processos licitatórios em vários estados do Brasil, dentre eles o Ceará.
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