Reuters
O corpo do líder palestino Yasser Arafat será exumado na terça-feira, 27, oito anos após a morte, em meio à investigação que tenta descobrir se ele foi assassinado, disse neste sábado, 24, uma autoridade palestina.
Um corte francesa abriu um inquérito em agosto sobre a morte de Arafat depois de um instituto suíço ter descoberto altos níveis de polônio radioativo nas roupas dele, entregues pela viúva, Suha.
Tawfiq al-Tirawi, que chefia o comitê palestino que supervisiona a investigação, afirmou a repórteres em Ramallah, neste sábado, que "é uma dolorosa necessidade" exumar o corpo de Arafat, que veio para simbolizar a luta palestina por um Estado durante décadas de guerra e paz com Israel".
Tirawi afirmou que os palestinos tinham "provas de que Arafat foi assassinado por israelenses". Israel nega qualquer envolvimento.
A exumação e renovadas acusações de envolvimento de Israel podem aumentar a tensão entre palestinos e israelenses, que estão cumprindo uma trégua após uma semana de intensas batalhas em Gaza.
Qualquer resultado positivo para polônio pode reacender a hostilidade palestina em relação a Israel e as suspeitas de que um colaborador local possa ter envenenado Arafat sob ordens do Estado judaico.
Acusações de traição sempre estiveram ligadas à morte de Arafat. Ele morreu em um hospital de Paris em novembro de 2004, um mês após ser levado muito doente de Ramallah.
Médicos franceses que cuidaram do líder não conseguiram estabelecer a causa da morte, e nenhuma biopsia foi realizada, em respeito ao pedido da viúva quando Arafat morreu, aos 75 anos.
Oito anos são o limite para detectar qualquer traço de substância radioativa, de acordo com o Instituto Suíço de Física Radioativa.
Amostras do corpo de Arafat serão analisadas por especialistas forenses franceses e suíços, assim como uma equipe de especialistas russos, convidada pelos palestinos.
Após a investigação, "o corpo do líder Abu Ammar será retornado em cerimônia militar que o exaltará como líder do povo palestino", afirmou Tirawi, usando o nome de guerra de Arafat.
Tirawi afirmou que os resultados podem demorar meses para sair.
(Por Jihan Abdalla)
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