O Estado de S.Paulo
A costura de apoios ao candidato do PT, Fernando Haddad, em São Paulo, vai restringir os palanques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Lula não poderá fazer todos os comícios que pretendia. Não vai a Mauá, por exemplo, como pretendia, para apoiar o petista Donisete Braga, que disputa com Vanessa Damo, do PMDB. Essa foi a condição exigida pelo partido do vice-presidente Michel Temer em troca do apoio a Haddad na capital.
Lula pretende participar diretamente da campanha em Guarulhos, Santo André, Diadema e Campinas, em apoio, respectivamente aos petistas Sebastião Almeida, Carlos Grana, Mário Reali e Márcio Pochmann. Ele esperava ter espaço na agenda para ir a Taubaté, para apoiar o petista Isaac do Carmo, mas o tempo pode ficar curto em razão do atraso na definição da agenda. "São cidades estratégicas, mas temos de definir nosso trabalho no segundo turno olhando as forças políticas que estarão no palanque da reeleição de Dilma em 2014", diz o presidente do PT paulista, deputado estadual Edinho Silva.
Fora de São Paulo, a agenda de Lula também enfrenta problemas. Ele quer ir a Salvador, mas o PMDB se aliou a ACM Neto (DEM), um dos principais opositores do PT. O ex-presidente também não ficará confortável se confirmar a ida a Fortaleza, onde o petista Elmano de Freitas enfrenta Roberto Cláudio, do PSB, partido aliado no plano nacional. Com tantas arestas para aparar, Lula só vai a comícios depois que retornar da Argentina, para onde viaja no dia 17. / JOSÉ MARIA TOMAZELA
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