Agência Brasil
A maioria das assembleias dos servidores técnico-administrativos das universidades federais decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo governo. Com essa decisão, a categoria deve voltar ao trabalho na segunda-feira, 27.
De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), o placar parcial das assembleias realizadas pelo País apontava, no início da tarde desta quarta-feira, 22, um total de 36 universidades a favor da proposta do governo federal e 14 contra.
"A proposta ficou bem abaixo das nossas reivindicações. A categoria sairá da greve, mas continuará insatisfeita", disse Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, integrante da coordenação geral da Fasubra. "A proposta do governo não corrige as distorções salariais. Seguimos com o menor piso e o menor teto de toda a administração pública federal."
Conforme a proposta do governo federal, os técnicos das universidades receberão, nos próximos três anos, reajustes de 5% a cada mês de março, o que totaliza um reajuste de 15,8% até 2015.
"Nosso piso salarial chegará a R$ 1.197 daqui a três anos, o equivalente à metade do mínimo necessário recomendado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)", disse Santos.
O encerramento da greve foi uma recomendação do comando nacional da categoria, que sugeriu ainda o retorno unificado ao trabalho no dia 27. A decisão final cabe às assembleias, realizadas nos Estados.
Os técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná e do Instituto Federal do Paraná decidiram, em assembleias realizadas ontem, aceitar a proposta.
Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná houve divisão nos resultados das assembleias realizadas na capital e no interior, mas a tendência majoritária é de aceitação da proposta, de acordo com o sindicato. Na Universidade Federal da Integração Latino-Americana os servidores decidiram manter a greve.
A partir desta quinta-feira, 23, com o quadro consolidado das assembleias pelo País, a categoria voltará discutir o retorno ao trabalho. Segundo o sindicato do Paraná, mesmo aceitando a proposta do governo, algumas universidades podem optar pelo prosseguimento da greve em razão de reivindicações de âmbito local, entre elas a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
De acordo com o Ministério do Planejamento, a proposta de reajuste feita aos servidores técnico-administrativos das universidades terá um impacto orçamentário de R$ 2,9 bilhões.
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